A Quercus iniciou o seu trabalho na área dos pesticidas em 2006, participou numa ação sobre resíduos de pesticidas em produtos alimentares de supermercados a pedido da PAN-Alemanha. Mais tarde, desenvolveu algum trabalho de acompanhamento e crítica do processo de transposição da Diretiva Europeia de Uso Sustentável de Pesticidas. Esse contexto e a lacuna existente no panorama das ONG portuguesas no acompanhamento e intervenção públicas sobre o uso de pesticidas em Portugal, aumentaram o sentido de urgência de uma intervenção nesta área. A Quercus veio a aderir à Pesticides Action Network – Europe (PAN-Europe) em 2013 e trabalha desde essa altura em articulação com essa associação europeia sediada em Bruxelas.
Toda a colaboração na área dos pesticidas até à data presente tem sido feita exclusivamente em regime de voluntariado e atualmente a Quercus conta com voluntários especializados de formações diversas, como veterinária, biologia e ciências agrárias.
Em 2014, a Quercus lançou uma campanha sobre o glifosato e os herbicidas em espaços públicos que se iria desenvolver bastante nos anos seguintes, com bom impacto na opinião pública e junto das autarquias portuguesas, interligando-se também com a campanha europeia Pesticide Free Towns.
Através do Grupo de Trabalho Pesticidas, a Quercus participa ativamente na Semana Europeia Sem Pesticidas, publica artigos e posições, participa em consultas públicas e em petições e campanhas diversas e organiza eventos, entre outras atividades.
– Colaborar com a Pesticides Action Network-Europe e outras organizações congéneres, dando apoio, dentro do possível às campanhas que visem a redução do uso de pesticidas, em particular os químicos de síntese.
– Acompanhar a política nacional relativa ao uso dos pesticidas e intervir criticamente sempre que adequado;
– Procurar participar em consultas públicas e outros processos afins, a nível nacional e europeu;
– Desenvolver campanhas, se possível a nível nacional, que promovam a redução da utilização dos pesticidas químicos de síntese, em especial os que apresentam maiores riscos e perigosidade para a saúde e o ambiente, com destaque para a campanha sobre o uso dos herbicidas, em curso;
– Abordar e divulgar a temática dos disruptores endócrinos associados aos pesticidas;
– Abordar a temática abelhas e pesticidas.
AGRICULTURA E PESTICIDAS
A Quercus defende a redução do uso de pesticidas e promove a divulgação de alternativas viáveis. Apresenta-se um relatório com informação abrangente sobre este tema, em particular sobre as alternativas ao uso de herbicidas, produzido pela PAN-Europe, associação europeia da qual a Quercus é membro ativo.
Métodos Alternativos ao Uso de Herbicidas
Embora o uso de pesticidas sintéticos na agricultura possa ter ajudado a aumentar a produção de alimentos, isso não ocorreu sem grandes custos para a saúde humana, o meio ambiente e os recursos naturais. O relatório da ONU 2017 do Relator Especial sobre o direito à alimentação destaca o impacto negativo da utilização de pesticidas sobre os direitos humanos, a saúde humana (trabalhadores, suas famílias, residentes e consumidores) e do ambiente. O relatório também revela que a agricultura intensiva baseada no uso de pesticidas não contribuiu para reduzir a fome no mundo, mas sim ajudou a aumentar o consumo de alimentos e o desperdicio alimentar, especialmente nos países industrializados[1].
Os herbicidas têm sido introduzidos na agricultura (e horticultura) principalmente para combater as ervas daninhas que competem com as culturas no consumo de nutrientes e luz solar, resultando numa redução no rendimento das colheitas.
Existe a percepção errada e geral de que os herbicidas são seguros para a saúde humana e têm pouco impacto no meio ambiente. Com base neste equívoco, os humanos desenvolveram práticas agrícolas e investiram em desenvolvimento tecnológico que depende completamente do uso de pesticidas e herbicidas.
De forma semelhante a outros pesticidas, os ingredientes ativos dos herbicidas são compostos biologicamente ativos projetados para passar através das membranas e se difundir para dentro das células vivas de forma a exercer a ação tóxica desejável. Devido às suas propriedades, quando essas substâncias são usadas em campos abertos, elas também afetam outras espécies de plantas não-alvo na área e nos arredores, e através de uma cascata de interações ecológicas acabam afetando a biodiversidade. Além disso, essas mesmas propriedades possibilitam a interação com células vivas de espécies animais, incluindo seres humanos, e provocando toxicidade.
O presente relatório pretende destacar que já temos todas as ferramentas necessárias para começar gradualmente a construir um modelo agrícola livre de pesticidas e mostrar que o controle de ervas daninhas é possível usando outros meios além de herbicidas.
Ao integrar as diferentes práticas agrícolas disponíveis (por exemplo, métodos preventivos, agronómicos e mecânicos) com o amplo conhecimento que adquirimos sobre as características biológicas e ecológicas das ervas e culturas de plantas, hoje os agricultores são capazes de superar os principais desafios agrícolas e gerir o crescimento das ervas daninhas com sucesso, mantendo um alto rendimento agrícola, evitando espécies resistentes, protegendo a biodiversidade e a erosão do solo e reduzindo as emissões, entre outros. Este relatório apresenta e discute as diferentes práticas agrícolas alternativas ao uso de herbicidas no controle de ervas daninhas na agricultura que, quando combinadas, resultam num maneio sustentável de toda a cultura.
Este relatório mostra que, ao combinar e integrar os diferentes métodos de cultivo disponíveis (por exemplo, métodos preventivos, agronómicos e mecânicos) com o amplo conhecimento adquirido sobre as características biológicas e ecológicas das ervas e culturas vegetais, hoje certos agricultores são capazes de superar grandes desafios agrícolas e gerir o crescimento das ervas daninhas com sucesso, mantendo um alto rendimento agrícola, evitando espécies resistentes, protegendo a biodiversidade e a erosão do solo e reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, entre outros.
Muitos agricultores já adotaram, com sucesso, métodos alternativos ao uso de herbicidas.
Este trabalho foi realizado em paralelo com o projeto “Filming farmers across European Union on alternatives to herbicides (with specific reference to glyphosate)”, ambos apoiados pelos The Greense / EFA da UE.
Relatório sobre Alternativas aos Herbicidas
Neste vídeo, cuja produção teve a colaboração da Quercus, agricultores portugueses e de outros países da Europa, falam em primeira mão da sua experiência, porque optaram por alternativas aos e como o fizeram.
Vídeo – Testemunhos de agricultores sobre alternativas aos herbicidas
Programa de formação
A Quercus – ANCN no âmbito da Campanha Autarquias sem Glifosato/Herbicidas apresenta um programa de formação destinado a técnicos e operacionais das autarquias e das empresas prestadoras de serviços em higiene pública e espaços verdes e convida à colaboração de potenciais formadores.
Se tem qualificações e está interessado(a) em participar contacte-nos!
Alexandra Azevedo
Coordenadora da Campanha Autarquias sem Glifosato / Herbicidas
Telf 927986193
E-mail: alexandraazevedo@quercus.pt
No período pós 2ª guerra mundial iniciou-se a utilização de pesticidas de síntese com o advento da agricultura industrial ou química, que rapidamente se expandiu a outras áreas, nomeadamente as áreas urbanas, mas o crescente alerta público e as evidências dos impactos destas substâncias no ambiente e na saúde pública o quadro legal tem evoluído no sentido de impor sucessivas restrições em particular na União Europeia.
Os herbicidas são o grupo de pesticidas mais utilizado e a Campanha Autarquias sem Glifosato/Herbicidas, lançado pela Quercus em 2014, desafia e apoia as autarquias a abandonarem o seu uso.
Quanto às soluções técnicas alternativas aos herbicidas não basta muitas vezes substituir por métodos ou equipamentos alternativos. Para se obterem melhores resultados, é necessário uma abordagem abrangente que passa pela maior aceitação pública da presença de algumas ervas e uma progressiva adaptação dos espaços para que o uso de meios alternativos para controlo das plantas espontâneas seja reservado ao mínimo indispensável; e isso permite também aliviar o orçamento das autarquias.
Esta abordagem configura uma mudança de paradigma na gestão dos espaços públicos, em que o controlo generalizado e não ponderado da vegetação dá lugar a uma maior cooperação com a natureza. Dar mais espaço à natureza e renaturalizar as mais diversas tipologias do território, como linhas de água, bermas e taludes de estradas e caminhos, jardins e parques urbanos e redimensionar áreas pavimentadas, é o elemento-chave.
Uma conceção mais natural dos espaços não implica necessariamente um aspeto mais descuidado ou inestético, pelo contrário conduzirá a uma paisagem (urbana e não urbana) mais verde e mais florida, e irá gerar e acrescentar valor ao território!
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza e seus parceiros.
O objetivo geral da presente proposta formativa é apoiar as autarquias no processo de transição para uma abordagem sem herbicidas e contribuir para uma melhoria contínua no desempenho das autarquias na gestão dos espaços numa abordagem sem herbicidas, e outros pesticidas, de acordo com as melhores práticas.
Objetivos específicos que abrangem todos os formatos formativos são:
Sensibilizar para os riscos dos herbicidas e dos pressupostos de uma abordagem sem herbicidas;
Conhecer e identificar meios alternativos à utilização de herbicidas;
Conhecer a flora autóctone, algumas técnicas de propagação, potencialidades do seu uso na renaturalização de espaços de diversas tipologias e para uma gestão de baixa manutençã
Técnicos e operacionais das autarquias e das empresas prestadoras de serviços em higiene pública e espaços verdes.
Desenhou-se um programa formativo subdividido em vários módulos de modo a melhor se ajustarem às necessidades e meios disponíveis. Estes módulos são um ponto de partida podendo por sua vez ajustarem-se os conteúdos de acordo com as necessidades sentidas e a avaliação ao longo do processo.
Módulo 1 – Abordagem sem herbicidas na gestão dos espaços públicos – Noções gerais
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
1.30h |
Impactos dos herbicidas Pressupostos da abordagem sem herbicidas Meios alternativos não químicos |
Teórica |
Módulo 2 – Flora autóctone
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
1.30h |
Região bioclimática Etapas da sucessão biológica Espécies mais representativas |
Teórica e prática |
3 h |
Plantas herbáceas espontâneas: Identificação e usos alimentares e medicinais |
Teórica e prática |
3 h |
Árvores e arbustos autóctones: Identificação, usos alimentares, e técnicas de propagação |
Teórica e prática |
Módulo 3 – Jardins ecológicos e jardins alimentares
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
2h |
Solo, compostagem, tudo o que se produz no jardim, fica no jardim |
Teórica e prática |
3h |
Biodiversidade em jardim, cintura aromática, sebes, plantações (escolher o melhor momento: fases da lua, calendário de culturas) |
Teórica e prática |
3h |
Práticas culturais: rotações e consociações, podas, rega e métodos fáceis de recolha de água, doenças e pragas |
Teórica e prática |
Contacto:
Alexandra Azevedo
Coordenadora da Campanha Autarquias sem Glifosato / Herbicidas
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Centro Associativo do Calhau, Bairro do Calhau
Parque Florestal de Monsanto, 1500-045 Lisboa
Telemóvel: 927986193
Email alexandraazevedo@quercus.pt
Website:https://quercus.pt/campanha-autarquias-sem-glifosato-herbicidas
Campanha europeia: Localidades sem Pesticidas (Pesticide free Towns)
http://www.localidades-sem-pesticidas.info/
ReFlorestar o Campus da Universidade de Coimbra
Folheto_Autarquias Sem Glifosato- Herbicidas
Linhas orientadoras Controlo de Plantas Infestantes em Espaços Públicos
Requalificação de bermas e taludes | Maio de 2019
Embelezamento de passeios e espaços verdes | Maio de 2019
Alternativas a herbicidas em áreas urbanas e outros espaços públicos
Artigos Científicos | Glifosato e Impactos na Saúde
Anexo 2 – Técnicas de propagação seminal
PESTICIDAS EM ÁREAS URBANAS_análise legislação_2019
ReFlorestar Torres Vedras_proposta_final_21nov2019
Renaturalização Rio Grande da Pipa_proposta_out2019
Brochura “Desenvolvemos a biodiversidade nas nossas autarquias”
Aceda à informação da Campanha Europeia Localidades sem Pesticidas (Pesticides Free Towns) e conheça as lições e a experiências de autarquias europeias na abordagem livre de herbicidas, e outros pesticidas, algumas das quais há décadas estes tóxicos, em https://www.localidades-sem-pesticidas.info/.
Destacam-se os separadores: Políticas & Estratégias, Métodos & Técnicas, Rede Europeia de Localidades sem Pesticidas e Pioneiras.
AGRICULTURA E PESTICIDAS
A Quercus defende a redução do uso de pesticidas e promove a divulgação de alternativas viáveis. Apresenta-se um relatório com informação abrangente sobre este tema, em particular sobre as alternativas ao uso de herbicidas, produzido pela PAN-Europe, associação europeia da qual a Quercus é membro ativo.
Métodos Alternativos ao Uso de Herbicidas
Embora o uso de pesticidas sintéticos na agricultura possa ter ajudado a aumentar a produção de alimentos, isso não ocorreu sem grandes custos para a saúde humana, o meio ambiente e os recursos naturais. O relatório da ONU 2017 do Relator Especial sobre o direito à alimentação destaca o impacto negativo da utilização de pesticidas sobre os direitos humanos, a saúde humana (trabalhadores, suas famílias, residentes e consumidores) e do ambiente. O relatório também revela que a agricultura intensiva baseada no uso de pesticidas não contribuiu para reduzir a fome no mundo, mas sim ajudou a aumentar o consumo de alimentos e o desperdicio alimentar, especialmente nos países industrializados[1].
Os herbicidas têm sido introduzidos na agricultura (e horticultura) principalmente para combater as ervas daninhas que competem com as culturas no consumo de nutrientes e luz solar, resultando numa redução no rendimento das colheitas.
Existe a percepção errada e geral de que os herbicidas são seguros para a saúde humana e têm pouco impacto no meio ambiente. Com base neste equívoco, os humanos desenvolveram práticas agrícolas e investiram em desenvolvimento tecnológico que depende completamente do uso de pesticidas e herbicidas.
De forma semelhante a outros pesticidas, os ingredientes ativos dos herbicidas são compostos biologicamente ativos projetados para passar através das membranas e se difundir para dentro das células vivas de forma a exercer a ação tóxica desejável. Devido às suas propriedades, quando essas substâncias são usadas em campos abertos, elas também afetam outras espécies de plantas não-alvo na área e nos arredores, e através de uma cascata de interações ecológicas acabam afetando a biodiversidade. Além disso, essas mesmas propriedades possibilitam a interação com células vivas de espécies animais, incluindo seres humanos, e provocando toxicidade.
O presente relatório pretende destacar que já temos todas as ferramentas necessárias para começar gradualmente a construir um modelo agrícola livre de pesticidas e mostrar que o controle de ervas daninhas é possível usando outros meios além de herbicidas.
Ao integrar as diferentes práticas agrícolas disponíveis (por exemplo, métodos preventivos, agronómicos e mecânicos) com o amplo conhecimento que adquirimos sobre as características biológicas e ecológicas das ervas e culturas de plantas, hoje os agricultores são capazes de superar os principais desafios agrícolas e gerir o crescimento das ervas daninhas com sucesso, mantendo um alto rendimento agrícola, evitando espécies resistentes, protegendo a biodiversidade e a erosão do solo e reduzindo as emissões, entre outros. Este relatório apresenta e discute as diferentes práticas agrícolas alternativas ao uso de herbicidas no controle de ervas daninhas na agricultura que, quando combinadas, resultam num maneio sustentável de toda a cultura.
Este relatório mostra que, ao combinar e integrar os diferentes métodos de cultivo disponíveis (por exemplo, métodos preventivos, agronómicos e mecânicos) com o amplo conhecimento adquirido sobre as características biológicas e ecológicas das ervas e culturas vegetais, hoje certos agricultores são capazes de superar grandes desafios agrícolas e gerir o crescimento das ervas daninhas com sucesso, mantendo um alto rendimento agrícola, evitando espécies resistentes, protegendo a biodiversidade e a erosão do solo e reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, entre outros.
Muitos agricultores já adotaram, com sucesso, métodos alternativos ao uso de herbicidas.
Este trabalho foi realizado em paralelo com o projeto “Filming farmers across European Union on alternatives to herbicides (with specific reference to glyphosate)”, ambos apoiados pelos The Greense / EFA da UE.
Relatório sobre Alternativas aos Herbicidas
Neste vídeo, cuja produção teve a colaboração da Quercus, agricultores portugueses e de outros países da Europa, falam em primeira mão da sua experiência, porque optaram por alternativas aos e como o fizeram.
Vídeo – Testemunhos de agricultores sobre alternativas aos herbicidas
Programa de formação
A Quercus – ANCN no âmbito da Campanha Autarquias sem Glifosato/Herbicidas apresenta um programa de formação destinado a técnicos e operacionais das autarquias e das empresas prestadoras de serviços em higiene pública e espaços verdes e convida à colaboração de potenciais formadores.
Se tem qualificações e está interessado(a) em participar contacte-nos!
Alexandra Azevedo
Coordenadora da Campanha Autarquias sem Glifosato / Herbicidas
Telf 927986193
E-mail: alexandraazevedo@quercus.pt
No período pós 2ª guerra mundial iniciou-se a utilização de pesticidas de síntese com o advento da agricultura industrial ou química, que rapidamente se expandiu a outras áreas, nomeadamente as áreas urbanas, mas o crescente alerta público e as evidências dos impactos destas substâncias no ambiente e na saúde pública o quadro legal tem evoluído no sentido de impor sucessivas restrições em particular na União Europeia.
Os herbicidas são o grupo de pesticidas mais utilizado e a Campanha Autarquias sem Glifosato/Herbicidas, lançado pela Quercus em 2014, desafia e apoia as autarquias a abandonarem o seu uso.
Quanto às soluções técnicas alternativas aos herbicidas não basta muitas vezes substituir por métodos ou equipamentos alternativos. Para se obterem melhores resultados, é necessário uma abordagem abrangente que passa pela maior aceitação pública da presença de algumas ervas e uma progressiva adaptação dos espaços para que o uso de meios alternativos para controlo das plantas espontâneas seja reservado ao mínimo indispensável; e isso permite também aliviar o orçamento das autarquias.
Esta abordagem configura uma mudança de paradigma na gestão dos espaços públicos, em que o controlo generalizado e não ponderado da vegetação dá lugar a uma maior cooperação com a natureza. Dar mais espaço à natureza e renaturalizar as mais diversas tipologias do território, como linhas de água, bermas e taludes de estradas e caminhos, jardins e parques urbanos e redimensionar áreas pavimentadas, é o elemento-chave.
Uma conceção mais natural dos espaços não implica necessariamente um aspeto mais descuidado ou inestético, pelo contrário conduzirá a uma paisagem (urbana e não urbana) mais verde e mais florida, e irá gerar e acrescentar valor ao território!
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza e seus parceiros.
O objetivo geral da presente proposta formativa é apoiar as autarquias no processo de transição para uma abordagem sem herbicidas e contribuir para uma melhoria contínua no desempenho das autarquias na gestão dos espaços numa abordagem sem herbicidas, e outros pesticidas, de acordo com as melhores práticas.
Objetivos específicos que abrangem todos os formatos formativos são:
Sensibilizar para os riscos dos herbicidas e dos pressupostos de uma abordagem sem herbicidas;
Conhecer e identificar meios alternativos à utilização de herbicidas;
Conhecer a flora autóctone, algumas técnicas de propagação, potencialidades do seu uso na renaturalização de espaços de diversas tipologias e para uma gestão de baixa manutençã
Técnicos e operacionais das autarquias e das empresas prestadoras de serviços em higiene pública e espaços verdes.
Desenhou-se um programa formativo subdividido em vários módulos de modo a melhor se ajustarem às necessidades e meios disponíveis. Estes módulos são um ponto de partida podendo por sua vez ajustarem-se os conteúdos de acordo com as necessidades sentidas e a avaliação ao longo do processo.
Módulo 1 – Abordagem sem herbicidas na gestão dos espaços públicos – Noções gerais
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
1.30h |
Impactos dos herbicidas Pressupostos da abordagem sem herbicidas Meios alternativos não químicos |
Teórica |
Módulo 2 – Flora autóctone
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
1.30h |
Região bioclimática Etapas da sucessão biológica Espécies mais representativas |
Teórica e prática |
3 h |
Plantas herbáceas espontâneas: Identificação e usos alimentares e medicinais |
Teórica e prática |
3 h |
Árvores e arbustos autóctones: Identificação, usos alimentares, e técnicas de propagação |
Teórica e prática |
Módulo 3 – Jardins ecológicos e jardins alimentares
Duração |
Conteúdo |
Tipo de formação |
2h |
Solo, compostagem, tudo o que se produz no jardim, fica no jardim |
Teórica e prática |
3h |
Biodiversidade em jardim, cintura aromática, sebes, plantações (escolher o melhor momento: fases da lua, calendário de culturas) |
Teórica e prática |
3h |
Práticas culturais: rotações e consociações, podas, rega e métodos fáceis de recolha de água, doenças e pragas |
Teórica e prática |
Contacto:
Alexandra Azevedo
Coordenadora da Campanha Autarquias sem Glifosato / Herbicidas
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Centro Associativo do Calhau, Bairro do Calhau
Parque Florestal de Monsanto, 1500-045 Lisboa
Telemóvel: 927986193
Email alexandraazevedo@quercus.pt
Website:https://quercus.pt/campanha-autarquias-sem-glifosato-herbicidas
Campanha europeia: Localidades sem Pesticidas (Pesticide free Towns)
http://www.localidades-sem-pesticidas.info/
ReFlorestar o Campus da Universidade de Coimbra
Folheto_Autarquias Sem Glifosato- Herbicidas
Linhas orientadoras Controlo de Plantas Infestantes em Espaços Públicos
Requalificação de bermas e taludes | Maio de 2019
Embelezamento de passeios e espaços verdes | Maio de 2019
Alternativas a herbicidas em áreas urbanas e outros espaços públicos
Artigos Científicos | Glifosato e Impactos na Saúde
Anexo 2 – Técnicas de propagação seminal
PESTICIDAS EM ÁREAS URBANAS_análise legislação_2019
ReFlorestar Torres Vedras_proposta_final_21nov2019
Renaturalização Rio Grande da Pipa_proposta_out2019
Brochura “Desenvolvemos a biodiversidade nas nossas autarquias”
Aceda à informação da Campanha Europeia Localidades sem Pesticidas (Pesticides Free Towns) e conheça as lições e a experiências de autarquias europeias na abordagem livre de herbicidas, e outros pesticidas, algumas das quais há décadas estes tóxicos, em https://www.localidades-sem-pesticidas.info/.
Destacam-se os separadores: Políticas & Estratégias, Métodos & Técnicas, Rede Europeia de Localidades sem Pesticidas e Pioneiras.
Grupo de Trabalho dos Pesticidas: pesticidas@quercus.pt
Campanha “Autarquias sem Glifosato/Herbicidas”: alexandraazevedo@quercus.pt
Alexandra Azevedo – Coordenadora da Campanha “Autarquias sem Glifosato/Herbicidas”
Telefone: 927 986 193