Sabia que hoje em dia comprar um chapim-real está à distância de um clique? Ao navegar na Internet em sites de vendas (como o OLX, Custo Justo, etc.) é comum encontrar ao lado daquela bicicleta em segunda mão ou mesmo ao lado do par de sapatos ainda por estrear, um pica-pau-malhado, um pisco-de-peito-ruivo, um melro ou mesmo alguma ave de rapina. A venda destas espécies pode até ser legal, caso se trate de um criador autorizado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), mas na maioria dos casos estes anúncios representam a venda ilegal de aves por parte de pessoas que não estão registadas como criadores.
Hoje em dia também continuamos a encontrar por todo o país estabelecimentos que vendem “passarinhos fritos”, também conhecidos por “voadores”, ou pessoas que os consomem em sua casa, como pretexto para uma boa patuscada entre amigos. “Aquilo não tem nada que comer” é algo que se ouve frequentemente, mas a prática continua a subsistir por ser algo culturalmente aceite, sem alvo da devida punição pelas autoridades. No entanto, a captura de aves silvestres, não cinegéticas, para consumo é uma prática ilegal e prejudicial à natureza.
Neste sentido, a Quercus associou-se à campanha “Diga NÃO aos passarinhos na gaiola e no prato”, lançada pela SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, que tem como objetivo colocar na ordem do dia o tema da captura e venda ilegal de aves. Esta campanha conta também com a parceria da ALDEIA (particularmente através dos centros de recuperação de fauna selvagem CERVAS e RIAS), da A Rocha, da LPN, da ATN e do Parque Biológico de Gaia.
Mais informação sobre a campanha:
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