Objetivos
Criado em 2004, o Prémio Quercus possui como principal objetivo distinguir entidades, empresas ou cidadãos que se destaquem enquanto defensores do ambiente e promotores do desenvolvimento sustentável em Portugal ou em qualquer parte do mundo.
Processo de Candidatura
As sugestões de candidatos para o Prémio Quercus deverão ser apresentadas à Direção Nacional até ao final do mês de junho de cada ano. As candidaturas poderão ser apresentadas pelos núcleos, grupos de trabalho e associados(as) da Associação, e poderão conter mais do que uma sugestão.
O envio da candidatura é dirigido exclusivamente por correio eletrónico para quercus@quercus.pt com a referência “PRÉMIO QUERCUS”.
Organização da Candidatura
A apresentação das candidaturas deverá conter os seguintes elementos:
– Nome/designação do candidato
– Contactos
– Principais razões que justificam a candidatura
Poderão ser candidatos ao Prémio Quercus qualquer entidade, instituição, empresa ou cidadão que pela sua atividade (regular ou pontual) tenha contribuído, de forma significativa, para promover a defesa do ambiente e a sustentabilidade em Portugal ou em qualquer parte do mundo.
Processo de Decisão
A decisão final sobre o vencedor do prémio Quercus será tomada pela Direção Nacional até ao final do mês de agosto.
Entrega do Prémio
A entrega do Prémio Quercus é anual, por ocasião da comemoração do aniversário da Quercus, que se assinala a 31 de outubro.
Em 2021, o prémio Quercus foi atribuído ao Prof. Jorge Paiva, em reconhecimento do seu trabalho científico, de divulgação e defesa da nossa floresta e biodiversidade autóctones. Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Coimbra e doutorado em Biologia pelo Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha). Investigador principal no Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra. Lecionou na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, nos Departamentos de Biologia das Universidades de Aveiro e da Madeira, na licenciatura de Arquitetura Paisagista da Universidade Vasco da Gama de Coimbra, no Departamento de Engenharia do Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia de Viseu e no Departamento de Recursos Naturais e Medio Ambiente da Universidade de Vigo (Espanha). No seu trabalho científico destaca-se a identificação e classificação de novas espécies botânicas, assim como a realização de explorações botânicas em diversos países da Europa, África e ainda Azerbaijão (Ásia Central) e Brasil.
Em 2019, a Quercus galardoou com o Prémio Quercus a ADENEX – Asociación para la Defensa de la Naturaleza y los Recursos de Extremadura, pelos seus 40 anos de trabalho ativo ligados à defesa do Ambiente, com especial destaque à promoção de campanhas educativas, a edição de inúmeras publicações, exposições, e a organização de centenas de congressos e reuniões. Para além deste trabalho meritório, a ADENEX tem sido, desde há mais de 30 anos, um parceiro fundamental das Associações de Defesa do Ambiente portuguesas em várias lutas transfronteiriças.
Em 2017, a Quercus galardoou com o Prémio Quercus, o Doutor Nuno Gomes de Oliveira e o Movimento proTEJO, ex-aequo, o primeiro galardoado destacando-se por quatro décadas de envolvimento em inúmeras questões e lutas pelo património natural e cultural e a autoria de vários projetos como o Parque Biológico de Gaia, e o segundo galardoado pelas diversas atividades desenvolvidas na defesa do rio Tejo e dos seus afluentes, incluindo de caráter institucional, de relação com as entidades competentes pelas políticas da água, de caráter científico, de caráter interventivo e de caráter mais lúdico.
Em 2015, a Quercus galardoou com o Prémio Quercus, o Professor Filipe Duarte Santos, professor catedrático de Física na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e que dedica sobretudo à investigação nas Ciências do Ambiente e em especial às Mudanças Globais e Alterações Climáticas, ex-aequo com o projecto Vale da Sarvinda, situado na zona o Tejo Internacional e que tem a ambição de fixar pessoas à terra, sendo auto-suficiente no que respeita à produção de alimento, energia e rendimento.
O Prémio Quercus 2013 distinguiu o Professor Doutor Eugénio Sequeira, pelo trabalho meritório que tem realizado na área do Ambiente, tanto ao nível nacional, como internacional, e na defesa exemplar das múltiplas causas ambientais em que se tem envolvido.
Eugénio Sequeira licenciou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia, ISA, em 1961, onde foi posteriormente professor e investigador. Lecionou também como Professor Catedrático na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e na Escola Universitária Vasco da Gama. Do seu vasto currículo destaca-se o trabalho que desenvolveu no combate à desertificação e na gestão responsável da Floresta. Foi Presidente da Liga para a Protecção da Natureza entre 1996 e 1999 e, novamente, entre 2005 e 2009. Desde 2011 é Vogal da Direção Nacional desta ONGA. Em representação da LPN participa no Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural de Sintra Cascais e dirige os projetos da LPN referentes a agricultura e floresta e participa em actividades de formação ambiental de professores e técnicos. É representante das Organizações Não Governamentais para o Ambiente em diversas Comissões, tais como a Convenção de Combate à Desertificação das Nações Unidas ou a Comissão da Seca, entre outras. Desde 2000 é Conselheiro do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, tendo participado em inúmeros pareceres, tais como, a Revisão do Regime Legal da Reserva Ecológica Nacional (REN), entre muitos outros. Foi autarca, exercendo as funções de Presidente da Assembleia Municipal de Cascais entre 1976 e 1979, e Vereador com os pelouros “Espaços Verdes” e “Ambiente”, entre 1989 e 1993.
O Prémio Quercus 2011 distinguiu o Parque Biológico de Gaia e o Professor Doutor Viriato Soromenho-Marques, ex-aequo.
O Parque Biológico de Gaia foi distinguido pelos quase 30 anos de trabalho ao nível da Educação Ambiental em Portugal e pela revista “Parques e Vida Selvagem”, o único órgão de informação sobre conservação da natureza e biodiversidade com circulação nacional. De destacar também o seu trabalho meritório na salvaguarda de dezenas de hectares de terrenos com importância em termos de conservação, nas preocupações ambientais na gestão do Município de Gaia, no apoio à criação da Reserva Natural Local do Estuário do Douro e do Parque de Dunas da Aguda e ainda no assegurar do seu Centro de Recuperação de Animais (o mais antigo do país).
Viriato Soromenho-Marques foi distinguido pela intensa actividade ligada à defesa do ambiente que desenvolve desde 1978. Do seu extenso e vasto currículo destaca-se, entre 1992 a 1995, a Presidência da Direcção Nacional da Quercus, a nomeação em 2006 como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e durante os anos de 2005 e 2006 a colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian no domínio do Ambiente e da Saúde, onde assumiu, em Fevereiro de 2007 a coordenação científica do Programa Gulbenkian Ambiente. Destaca-se igualmente, em Março de 2007, a integração no High Level Group on Energy and Climate Change, composto por 12 personalidades, encarregues de aconselhar a Comissão Europeia na viragem estratégica em matéria de energia sustentável.
O Prémio Quercus 2009 distinguiu o Eng. António Facco Viana Barreto e, a título póstumo, o Dr. Veríssimo de Freitas da Silva Borges, ex-aequo.
António Facco Viana Barreto, Engenheiro Silvicultor e Arquitecto Paisagista, foi distinguido por toda uma longa carreira de mais de meio século dedicada à prossecução dos objetivos do Ordenamento do Território, tentando a integração dos aspectos físicos, biológicos e culturais com os socioeconómicos e as infra-estruturas urbanísticas.
Veríssimo de Freitas da Silva Borges, Biólogo e ambientalista, foi, a título póstumo, distinguido pelo contributo de toda uma vida à causa ambiental revelando-se um dos mais ativos dirigentes da Quercus e, no contexto açoriano, uma das vozes mais insistentes na defesa dos valores ambientais.
O Prémio Quercus 2007 foi atribuído ao programa Biosfera.
O magazine semanal Biosfera, produzido para a RTP pela Farol de Ideias, foi distinguido pela forma exemplar como manteve as questões de ambiente em discussão. O programa apresenta dossiers temáticos sobre proteção do ambiente, biodiversidade, energia e resíduos e tem por objetivo promover a sustentabilidade ambiental. Tendo começado em 2005 na RTPN, em 2006 passou a ser emitido na RTP2, onde obteve maior visibilidade. O formato foi também ampliado para 45 minutos, o que permitiu tratar de forma mais detalhada alguns temas bem como criar rubricas diversas.
O Prémio Quercus 2005 foi atribuído ao Professor Gonçalo Ribeiro Telles e ao Dr. José Sá Fernandes, duas individualidades que deram grandes contributos na salvaguarda dos valores ambientais e promoção da qualidade de vida das populações.
O Prof. Gonçalo Ribeiro Telles, na sua passagem por vários governos, lançou legislação estruturante nas áreas do ordenamento do território e do ambiente, destacando-se dois instrumentos fundamentais: a Reserva Ecológica Nacional e a Reserva Agrícola Nacional.
O Dr. José Sá Fernandes tem desenvolvido uma extensa e prolongada atividade na área da cidadania ambiental, tendo apoiado inúmeras pessoas e organizações com ações judiciais para a defesa do património natural e construído de Portugal.
Em, 2022 o prémio Quercus foi atribuído a José Maria Serra Saraiva, fundador e presidente da ASE – Associação Amigos da Serra da Estrela, com uma vida dedicada aos valores da conservação da natureza e do ambiente no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE).
Destaca-se a sua ação informativa e pedagógica durante os incêndios ocorridos em 2022 no PNSE, e áreas envolventes, assim como a defesa da atividade agro-pastoril tradicional.
José Maria Serra Saraiva foi fundador de 2 cooperativas e 2 associações: Coopoito – Cooperativa de consumo Oito de Janeiro, CRL e Cooperativa Jornalística de Manteigas, CRL, ambas em 1077; 1981 Associação do Centro Cívico de Manteigas, em 1981 e a ASE – Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela, em 1982, da qual é atualmente Presidente da Direção.
De 1983 a 2008 organizou 25 edições do Nevestrela, a maior atividade invernal de montanha em Portugal; de 1991 a 1993 foi representante da ASE no Conselho Geral do Parque Natural da Serra da Estrela; de 1995 a 2005 fundou e coordenou a equipa de salvamento em montanha/ SOS-Estrela tendo, de forma graciosa, dado formação nesta área a bombeiros de 5 Corporações da área da Serra da Estrela e a 30 elementos da Proteção Civil dos Açores a convite do Governo Regional; de 2002 a 2005 criou e coordenou o projeto “Trilhos do Passado Numa Perspetiva Com Futuro” destinado a jovens com idades entre os 14 e os 17 anos; de 2006 a 2008 criou e coordenou o projeto “UM MILHÃO DE CARVALHOS PARA A SERRA DA ESTRELA”.
Em 2008 apresentou aos 17 municípios que constituem a bacia hidrográfica do rio Zêzere a ideia para a criação do projeto “Da Nascente à Foz/Rio Acima”, o que foi aceite por unanimidade, estando presentemente em fase de execução.
Obteve várias distinções ao longo do seu percurso. Uma menção honrosa e um prémio, no âmbito do Prémio Nacional de Ambiente atribuído pela CPADA – Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente, em 2004-2005, e 2006-2007, respetivamente. Em 2007 é distinguido como o melhor ambientalista do Ano pelo jornal Metro e Rádio Clube.
Em 2020, a Quercus decidiu atribuir dois prémios, um na categoria individual e outro na categoria coletiva. O prémio na categoria individual foi atribuido à biológa e beachcomber Ana Pêgo, autora do Projeto “Plasticus maritimus”. Ana Pêgo passeia há vários anos pelas praias de Cascais à procura de plástico que transforma em arte para nos fazer pensar sobre o presente e o futuro dos oceanos. Com o reportório de resíduos em plástico que recolheu ao longo destes anos transformou em algo artístico. Tudo começou em 2014 com a escultura “Balaena plasticus” um esqueleto de baleia-de-barbas, feito com 250 peças de plástico branco, com cerca de 10 metros de comprimento, apanhados na orla costeira de Almada e Cascais, que desenvolveu em parceria com Luís Quinta, exposta em diversos locais e contextos, trabalho que veio a ser premiado com o “B Green Innovation Award”, no Greenfest 2015″. Este projeto deu origem ao livro Plasticus maritimus – uma espécie invasora”, assinado por Ana Pêgo e Isabel Minhós Martins com ilustrações de Bernardo P. Carvalho, uma obra já traduzida em diversos idiomas.
A Associação Biodiversidade Para Todos, mais conhecida por BioDiversity4all, pelo trabalho na promoção da ciência cidadã ao serviço da biodiversidade. É uma associação portuguesa sem fins lucrativos, criada em 2011, que assumiu como sua missão “unir o maior número de pessoas no conhecimento da biodiversidade” e que convida qualquer pessoa a tornar-se num naturalista, registando as suas observações de espécies, compartilhando com outros naturalistas e trocando ideias sobre as suas descobertas. A Biodiversity4all promove a aplicação Inaturalist, que permite ao interessado registar online as espécies que encontra e fotografa e interagir com milhares de outros naturalistas, bastando para isso ter um telemóvel. A plataforma conta já com centenas de milhares de observações registadas pelos participantes.
Em 2018, o Prémio Quercus foi atribuído a José Manuel Caetano, pelo trabalho meritório que este tem realizado na área do Ambiente, e pela sensibilização e defesa das várias causas ambientais em que se tem envolvido, nomeadamente na liderança da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta e da CPADA – Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente – CPADA.
Em 2016, o Prémio Quercus foi atribuído a Armindo Jacinto, Presidente do Executivo do Município de Idanha-a-Nova, pelo forte compromisso na promoção do desenvolvimento social, económico e ambiental deste concelho e à AMO Portugal – Associação Mãos à Obra Portugal, herdeira da organização de base do Projecto Limpar Portugal, pela promoção de diversas iniciativas de voluntariado de âmbito nacional.
O Prémio Quercus foi atribuído ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, pelo importante trabalho realizado ao nível da prevenção, vigilância e deteção de incêndios florestais e outras agressões ambientais, assim como pela colaboração activa em ações de formação, sensibilização, informação e educação em matéria ambiental.
O Prémio Quercus 2012 distinguiu ao Professor Doutor Raimundo Quintal, ex-aequo, e à Herdade do Freixo do Meio, pelo trabalho meritório que ambos têm realizado na área do Ambiente, tanto ao nível nacional, como internacional.
Raimundo Quintal nasceu no Funchal (Madeira), em 1954, tendo-se licenciado e doutorado em Geografia, pela Universidade de Lisboa. É autor de diversos livros e numerosos artigos nas áreas da Ecologia, Biogeografia e Educação Ambiental, assim como realizador de documentários sobre património natural e cultural, exibidos em televisões nacionais e internacionais. É igualmente sócio fundador e Presidente da Direcção da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal.
Foi Vereador do Pelouro do Ambiente, Educação e Ciência da Câmara Municipal do Funchal, de Janeiro de 1994 a Janeiro de 2002. Entre os projectos de conservação da natureza, de requalificação paisagística e de educação ambiental que liderou, destacam-se a criação do Parque Ecológico do Funchal. Posteriormente tem tido uma acção muito prática na reflorestação das serras do Funchal e na defesa do património natural da região, manifestando-se contra alguns projectos megalómanos que atentam contra o Ambiente e defendendo políticas mais interventivas, nomeadamente no que respeita aos inúmeros riscos que a Região corre devido à acção humana e orografia, por exemplo aquando aluviões (como o de 20 de Fevereiro de 2010) e os incêndios (como o de 2010 e 2012).
A Herdade do Freixo do Meio é uma herdade alentejana, actualmente com 440ha de montado de sobro e azinho, próxima de Montemor-o-Novo, totalmente convertida ao Modo de Produção Biológico, desde 2001. A actual gestão, efectuada pela Sociedade Agricola Freixo do Meio, Lda, iniciou-se em 1990 após o período em que a herdade foi nacionalizada. Na procura de uma actuação responsável, o projecto do Freixo do Meio desenvolveu-se centrado no desempenho de funções sociais de forma compatível com o funcionamento do nosso planeta. Trabalho, alimento, energia, saúde, lazer, formação, investigação, preservação, cultura, procurando uma redução progressiva da pegada ecológica, a transição para uma realidade pós-carbono e uma crescente autonomia de recursos. Para além da produção da maioria das matérias-primas da dieta mediterrânica, a Herdade apostou também nos serviços turístico-didacticos, que surgiram naturalmente com o objectivo principal de aproximar a sociedade em geral do projecto.
Compreendem hoje a visita guiada, percursos pedestres, refeições tradicionais, alojamento, passeios de burros, a cavalo. O projeto compreende ainda uma área de gestão ambiental e de preservação, onde se destaca o plano de conservação do gato bravo, a reserva genética do Cavalo sorraia, e a Microreserva do Carvalhal da Barranca da loba. Iniciou-se em 2012 a multiplicação certificada de sementes regionais de leguminosas e de hortícolas.
O Prémio Quercus 2010 distinguiu a socióloga Luisa Schmidt e o Engº Carlos Pimenta.
Carlos Pimenta foi distinguido com o Prémio Quercus 2010 por ter deixado uma marca de competência e determinação na promoção da sustentabilidade aquando da sua passagem pelo governo de Portugal, entre 1983 e 1987, como Secretário de Estado do Ambiente. Nesse cargo, Carlos Pimenta destacou-se a sua firmeza em medidas políticas corajosas e vanguardistas como foi o caso da demolição de construções clandestina em Áreas Protegidas ou a criação da Lei de Bases do Ambiente e da Lei das Organizações Não Governamentais de Ambiente.
Luísa Schmidt foi galardoada com o Prémio Quercus 2010 pela promoção da análise social acutilante das questões ambientais e da sustentabilidade através de projetos de investigação e divulgação.
O Prémio Quercus 2008 distinguiu a Junta de Freguesia da Ericeira e, a título póstumo, o Dr. José Cardoso da Rocha, ex-aequo.
A Junta de Freguesia da Ericeira foi distinguida por ter vindo a demonstrar, através de um conjunto alargado de projetos, o seu empenho e a sua insistência em ser um contributo para a minimização dos problemas ambientais, como o Projeto Ericeira Recicla, a utilização de biodiesel produzido a partir de óleo alimentar usado, a reutilização de móveis e roupas, o fecho do centro da vila ao trânsito, entre outras.
O Dr. José Cardoso da Rocha, reputado Cirurgião-Pediatra, foi, a título póstumo, distinguido por ter sido um dos pioneiros da Agricultura Biológica em Portugal. Foi o primeiro produtor português de vinho em Agricultura Biológica e dedicou-se com extremo afinco ao tema da agricultura sustentável, à preservação de espécies autóctones e à proteção da biodiversidade em meio agrícola.
O Prémio Quercus 2006 foi atribuído à Câmara Municipal da Chamusca e o Eng. Gomes Pedro.
A Câmara Municipal da Chamusca foi distinguida pela forma exemplar como desenvolveu o processo de participação pública na discussão da instalação de um CIRVER (Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) no seu concelho. Com a atribuição deste Prémio à Câmara da Chamusca a Quercus teve também por objetivo distinguir o esforço desta autarquia na promoção do Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) para os resíduos urbanos.
O Eng. Gomes Pedro, eminente botânico Português, foi distinguido por toda uma vida dedicada ao estudo e preservação da flora, quer em Portugal, com um trabalho extenso desenvolvido sobre a vegetação da Arrábida, quer no continente Africano, particularmente em Moçambique.
O Prémio Quercus 2004 foi atribuído à Plataforma Nunca Mais em reconhecimento do excelente trabalho desenvolvido por esta Organização galega em sequência do desastre ocorrido com o petroleiro “Prestige”, em Novembro de 2002, que contaminou de forma extensa o mar e a costa da Galiza, ameaçando também o território português.
A Plataforma Nunca Mais foi criada a 21 de Novembro de 2002, poucos dias depois do navio Prestige se afundar frente à costa galega. Esta organização aglutinou desde então a resposta da sociedade civil contra o desastre ecológico e exigiu responsabilidades pela sua má gestão.