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História

 

 

A fundação

Em finais de 1984, alguns ativistas provenientes de diversas associações ambientalistas, decidiram criar uma nova organização que desse corpo à necessidade que se fazia sentir da existência de uma associação mais atuante na área da Conservação da Natureza.


Esta nova associação, sediada no início em Braga, passava a designar-se por Quercus-Grupo para a Recuperação da Floresta e Fauna Autóctones, e adotou para seu símbolo uma folha de carvalho e uma bolota. A própria denominação, utilizando o termo Quercus, nome científico do género a que pertencem os carvalhos, sobreiros e azinheiras, as árvores predominantes do coberto vegetal primitivo do nosso País, e o seu símbolo – uma folha e uma bolota de carvalho-negral (Quercus pyrenaica) – eram reveladores das preocupações dos seus fundadores, com a conservação da vida selvagem. A associação inicia em 1985 a publicação do jornal Quercus, jornal de estudo e proteção da Natureza, um dos seus principais objetivos iniciais, e a sua atividade começa a ser conhecida por todos. De um projeto à volta de uma publicação, a Quercus tornava-se rapidamente uma associação com intervenção multifacetada com ações em todo o País. Durante o ano de 1985 foram muitas as atividades conjuntas com o GEPFA – Grupo para o Estudo e Proteção da Flora e Fauna do Alto Alentejo, sediado em Portalegre e com o Centro Ecológico de Lisboa. A associação participa também no 1º Encontro Nacional de Ecologistas realizado em Troia em março de 1985.


Compreendendo que existia a necessidade de criar uma estrutura mais forte, de âmbito nacional, vários elementos do Centro Ecológico acabaram por deixar esta organização e o GEPFA de Portalegre acaba também por se extinguir ficando assim criados os núcleos de Lisboa e Portalegre. Entretanto nessa altura a associação que era conhecida por “Grupo Quercus” já possuía outros núcleos em Aveiro, Viseu, Barcelos e Vila Real.

Finalmente em 31 de outubro de 1985 é assinada no sexto cartório notarial do Porto a escritura de constituição formal da associação dando-se assim mais um passo importante para a sua institucionalização. Mais tarde já no 3º Encontro Nacional que decorreu a 1 de novembro de 1987 no Porto, o “Grupo Quercus” altera a sua denominação para “Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza”, mais concordante com a maturidade e o estatuto de intervenção que a associação já atingira.


Uma Organização sempre em crescimento
Desde a sua fundação a Quercus revelou grande capacidade de crescimento. De facto, aos núcleos iniciais já referidos, rapidamente se juntaram nos anos seguintes outras estruturas de norte a sul do País. Em 1987 dava-se a integração do Projeto Setúbal Verde, importante organização regional da época que se constituía agora como núcleo de Setúbal. Mais tarde, já em 1996, outra conhecida organização regional, o Grupo Lontra de St. André, passava a constituir o Núcleo da Quercus do Litoral Alentejano. Nos anos 90 a Quercus chegava também, aos Açores (S.Miguel), à Madeira e já em 2000 foi criado o mais recente núcleo na ilha Terceira, também nos Açores. A associação está hoje implantada em todo o território nacional, podendo contar-se 20 núcleos locais, a maioria deles com sedes e outras estruturas locais em funcionamento. Nestes 20 anos registámos a inscrição de cerca de 19.000 cidadãos, que ajudaram a constituir assim a maior associação deste género no nosso País.

As primeiras lutas dos anos 80

As primeiras lutas dos anos 80


Uma referência histórica importante logo após a fundação da organização foi a dedicação da Quercus à defesa dos abutres, com a criação da zona de alimentação de Abutres de Castelo de Vide.

Durante o ano de 1987 – Ano Europeu do Ambiente – a Quercus projeta-se com bastante dinamismo e inicia-se um período de grande intervenção na oposição à eucaliptização desordenada que então tinha lugar no nosso País, campanha esta que vai ter o seu auge no ano de 1989.

Nesse ano decorrem algumas ações importantes contra a eucaliptização indiscriminada, como as que tiveram lugar em janeiro na Serra da Aboboreira, em março na região de Valpaços, em junho na manifestação de Mirandela e em novembro numa ação na herdade dos Cachopos em Mértola em conjunto com a Associação de Defesa do Património desta localidade.

Em 1988 foi também lançada uma campanha nacional de proteção das aves de rapina e a 3 de junho do mesmo ano é lançada a Campanha de Proteção do rio Tejo Internacional numa ação conjunta com a associação congénere ADENEX da Extremadura Espanhola.

Em setembro desse ano, a associação promove a descida do rio Paiva e em 21 de outubro elementos da Quercus ocupam o navio “Reijin”, encalhado junto à praia da Madalena, em protesto contra o afundamento previsto para a sua carga de automóveis.

Surgem muitos projetos levados a cabo pelas diversas estruturas regionais, nomeadamente o Projeto Barrinha de Esmoriz, o Projeto da Reserva Biológica de Castelo de Vide, a defesa do Estuário do rio Minho, da mata do Camarido e da reserva ornitológica do Mindelo entre outros. Surgem também trabalhos de estudo e proteção de diversas espécies dos quais se destacam pelo seu maior impacto os projetos Cegonha-branca, o projeto águia de Bonelli, o projeto águia-real e a campanha de estudo e proteção da águia-caçadeira. A Quercus desenvolve também a campanha Peneda-Gerês 87, onde além de outro material de sensibilização foram publicados alguns números do “Jornal da Peneda-Gerês”, já no ano de 1988.

Neste mesmo ano a associação participa com bastante empenho na luta contra o projeto de instalação da lixeira nuclear de Aldeiadávila junto ao rio Douro Internacional e na luta contra o alargamento do Campo de Tiro de Alcochete.

Em 1990 são de destacar, em janeiro, a nossa participação no “julgamento de Coruche” numa ação em tribunal que foi por nós despoletada, e relativa ao derrube de árvores com a maior colónia de cegonhas do Ribatejo. A 17 de março teve também lugar uma ação de bloqueio de uma estrada ilegal em plena várzea de Setúbal, numa área abrangida pela Reserva Agrícola Nacional.

A consolidação das estruturas

Os anos 90 iniciam-se com uma fase de alguma estagnação e dificuldade em termos de direção e orientação depois de ter ocorrido uma cisão que levou ao afastamento de alguns fundadores da região norte do País situação que só é ultrapassada a partir de 1992 ano em que a Associação entra numa fase mais dinâmica.

É aprovada uma Declaração de Princípios, até aí inexistente, e novos estatutos que dão maior funcionalidade e eficácia à associação. No mesmo sentido são criados o Conselho Científico, que funciona como suporte das tomadas de posição da Associação e é criado o Gabinete Técnico que será encarregue da concretização de determinados projetos de maior envergadura.

Estas estruturas darão lugar mais tarde aos Grupos de Trabalho, alguns deles com técnicos em regime profissional e semi-profissional como acontece com o CIR – Centro de Informação de Resíduos, o mais atuante grupo de trabalho da Quercus na atualidade. Nesta matéria podemos reconhecer que apesar da crise de voluntariado que também atinge a Quercus, estamos a conseguir nos últimos 2 anos estruturar outros grupos de trabalho nas áreas da conservação da natureza, da energia e alterações climáticas, formação e educação ambiental e brevemente também na área dos recursos hídricos.

No âmbito do Projeto Tejo Internacional, entretanto considerado como a mais importante Ação Comunitária do Ambiente em 1989, a Quercus concretiza uma iniciativa inédita a nível das associações ambientalistas portuguesas com a aquisição ao longo de 1990 e 1991 de diversas parcelas de terreno na área deste projeto, processo que irá culminar com a aquisição do Monte Barata em 1992. A Quercus passava assim a dispor de uma área de cerca de 600 hectares onde pode desenvolver diversos projetos de conservação da Natureza e de agricultura sustentada. Já no ano 2000, através do Programa Operacional do Ambiente, a associação passou a dispor de novas instalações no Rosmaninhal, estando este Centro Ambiental a funcionar também no âmbito do projeto Rio Tejo Internacional.

De modo a dar mais consistência às atividades de acolhimento e recuperação de animais feridos e debilitados surgem os CRAS – Centros de Recuperação de Animais Selvagens, cabendo neste momento à Quercus a gestão do CRAS de St. André (desde 1996), do CRAS de Castelo Branco que iniciou a sua atividade no ano 1999 ou o CRAS de Montejunto, praticamente concluído e com a inauguração prevista para breve.

Sendo a educação ambiental uma das vertentes onde a associação é mais atuante, desde 1992 que gerimos diversos Centros de Educação Ambiental, alguns deles entretanto encerrados como o de Palmela (com uma atividade importante durante alguns anos nomeadamente no desenvolvimento de ateliers e campos de trabalho e de férias para jovens) e o de Monsanto em Lisboa, mas com outros ainda em funcionamento como o do Porto (desde 1992), o de Matosinhos (1997) , o de Ourém (1998) ou o do Machico inaugurado já no ano 2000.

Em 2000 é criado o FCN – Fundo Quercus para a Conservação da Natureza, instrumento de angariação de fundos para projetos específicos de conservação de habitats e espécies prioritárias e que neste momento é suporte da criação da nossa rede de micro-reservas biológicas espalhadas por todo o País.

Intervenção pública diversificada

A partir dos anos 90 e de forma gradual, para além dos temas diretamente ligados à conservação da natureza, a Associação passou a intervir em muitas outras áreas que vão dos resíduos aos recursos hídricos, da política de transportes à qualidade do ar e às alterações climáticas e mais recentemente aos alimentos geneticamente modificados (a Quercus é membro parte da Plataforma Transgénicos Fora do Prato), entre muitos outros temas.

Embora a Associação já tivesse concretizado alguns cursos de formação profissional em 1992, é efetivamente em 1993 e depois em 1995 que se dá o grande passo com a concretização de quatro cursos de longa duração, dois para técnicos de Proteção do Litoral, no Porto e em Setúbal e dois em Coimbra para Técnicos de Animação na Natureza.

Surgem projetos de certa envergadura nomeadamente o Projeto “Por Um Rio Mais Limpo” e o Projeto “Reciclar é Desenvolver” e a partir do ano de 1996 têm início dois projetos de turismo ambiental aprovados no âmbito do programa LIFE (“Projeto Alto Nabão” e “Projeto do Litoral para o Interior”).

Em 1994, cabe realçar a presença ativa da Quercus, através do seu Presidente e dos núcleos regionais, ao longo da Presidência Aberta de Ambiente desenvolvida pelo Presidente da República na primavera desse ano.

O problema da caça e o controle dos predadores, que se efetua de forma desordenada nas áreas de regime cinegético especial, passou a ser uma das prioridades da associação, através de ações como a “operação Egas Moniz” e o “ataque” com invólucros de cartuchos à DGF e à Secretaria de Estado da Agricultura. A aprovação e regulamentação do “direito à não caça” constitui um marco importante para o movimento ambientalista e foi também uma reivindicação nossa durante muitos anos.

Entre outras ações da Quercus que também marcaram esta década, está a tentativa de bloqueio do esgoto das celuloses na praia da Leirosa em 1992, como forma de protesto contra a poluição; a oposição à opção tomada relativamente à construção da nova ponte sobre o Tejo; o acompanhamento e as inúmeras tomadas de posição em relação à qualidade da água para consumo humano e à qualidade das águas balneares; as posições face ao Sistema Integrado de Tratamento de Resíduos Tóxicos e Perigosos; a denúncia dos projetos de incineração de resíduos sólidos urbanos na Figueira da Foz, no Porto e em Lisboa; ou ainda a contestação à excessiva urbanização da península de Tróia.

Estas últimas campanhas contaram com a realização de algumas ações públicas como a que ocorreu em 1994 na ponte de D. Luís, onde alguns ativistas da associação desfraldaram uma tarja alusiva à incineração de resíduos urbanos, ou ainda, em 1997, o “desembarque” e manifestação em Tróia protesto contra a destruição do litoral.

A Quercus realizou também ações publicas conjuntas com a Greenpeace na área dos resíduos (retirada de resíduos da Metalimex do aterro de Setúbal em 1994), na área dos organismos geneticamente modificados (tentativa de impedir a atracagem de navio com milho transgénico em 1997) ou na proteção das florestas tropicais (tentativa de impedir o desembarque de madeira tropical em Leixões no ano 2000 e o bloqueio à entrada da fábrica VICAIMA em Vale de Cambra já no ano 2005).

Outros temas da atualidade também acompanhados de perto foram a construção da autoestrada do sul, o projeto de Alqueva ou a barragem do Sabor (a Quercus integra a Plataforma Pelo Alentejo Sustentável e da Plataforma Sabor Livre), a política florestal e os incêndios, a política de transportes e os problemas que decorrem das alterações climáticas, tendo a Quercus estado presente de forma regular nas conferências internacionais das Nações Unidas sobre o clima.

Surgem novos projetos

Na área da Conservação da Natureza não podemos deixar de destacar projetos nacionais importantes que decorrem desde 2003, um deles em parceria com a SPEA, dedicado ao estudo do impacte das Linhas Elétricas na Avifauna e outro visando o estabelecimento da rede de micro-reservas biológicas no âmbito das atividades do Fundo Quercus para a Conservação da Natureza.

Em 2004, surgiu o ‘Projeto Ecocasa’, que se inicialmente se centrou na sensibilização para o uso eficiente da energia a nível doméstico, e hoje já abarca diversas áreas temáticas na sensibilização dos cidadãos (energia; água; mobilidade; consumo) estando integrado no grupo trabalho de Energia e Alterações Climáticas. Além de realizar várias ações de educação ambiental no terreno, conta com inúmeras parcerias privadas e públicas que deram já origem a diversos projectos específicos.

 

 

Em 2007, foi criado o projeto ‘Empresas e Biodiversidade’, cujo objectivo principal é sensibilizar as empresas para a integração da biodiversidade nas suas políticas, gestão e operações.

Em 2008, foram apresentados os projectos ‘Condomínio da Terra, Cuidar das Partes Comuns do Planeta’ e o ‘Greencork – Campanha de Reciclagem de Rolhas de cortiça’, este último desenvolvido em parceria com a Corticeira Amorim, a Biological e o Continente. Este programa pioneiro reciclagem, canaliza os proveitos económicos são convertidos para financiamento de recuperação e conservação dos ecossistemas e em particular da floresta autóctone portuguesa, através dos Programas ‘Floresta Comum’ e ‘Criar Bosques – Conservar a Biodiversidade’.

 

Em 2009, decorreu, em Gaia, primeiro fórum internacional do Condomínio da Terra – Gaia Commitment, reuniu especialistas e personalidades nacionais e internacionais em volta da organização da vizinhança global, além de várias centenas de participantes. A partir desta conferência, que apresentou um quadro conceptual de conciliação do interesse individual com o interesse coletivo desenhado pelo modelo do condomínio, iniciou-se um trabalho de concretização de uma proposta para a criação de um suporte jurídico global para uma governança global, e de um sistema de contabilidade e de compensações (EcoSaldo) para uma Economia Verde e Humana. Esta proposta foi apresentada por ocasião da Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – RIO+20, decorrida em 2012, no Rio de Janeiro.

Ainda no âmbito do Condomínio da Terra, a Quercus é um importante parceiro do projeto ‘Embaixadores da Floresta’ . Esta iniciativa pretende reflorestar cerca de 100 hectares de áreas ardidas, livres ou que necessitam de reconversão com cerca de 100.000 árvores de espécies espontâneas da região ao mesmo tempo que se espera informar e formar os cidadãos da região sobre a importância da floresta nativa.

 

A Quercus foi também uma das fundadoras e dinamizadoras de uma plataforma que congrega vários parceiros e que lançou o Programa Antídoto Portugal. É objetivo deste projeto combater a problemática do uso de veneno que atinge a fauna selvagem atuando preventivamente desde o nível de sensibilização e formação até à fiscalização e criminalização.

Através dos projetos ‘De Olhos na Floresta’ e ‘Florestas com Vida’, tentou-se mobilizar os cidadãos e, no caso do segundo, o público escolar, para uma intervenção mais ativa na problemática dos incêndios florestais. Outro projeto que se dirigiu ao público escolar foi o ‘Poupar Água, Prevenir o Futuro”, com vista à sensibilização para a preservação deste recurso.

A educação ambiental está sempre presente nas atividades desenvolvidas pelos Núcleos Regionais, tendo anualmente um dos seus pontos altos com a concretização das Olimpíadas do Ambiente, projeto que decorre a nível nacional com a participação de centenas de escolas.

O debate interno sempre presente

Pontos altos da atividade associativa foram os que decorreram com os Encontros Nacionais e Congressos realizados ao longo destes anos. Alguns ainda recordarão o 1º Encontro do Porto em 1985, ou o 2º Encontro Nacional em 1986 na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto e 3º Encontro Nacional em 1987 no Porto, reuniões estas onde já participaram cerca de uma centena de ativistas.

Depois são ainda de recordar os Congressos de Bragança em 88 e o de Valadares em 89, este último já após a cisão que se deu na associação e que se centrou especialmente nas estruturas do Porto. Outro ponto alto de confraternização foi o 1º Acampamento Nacional que reuniu mais de uma centena de ativistas em 1988 na Reserva Biológica de Castelo de Vide.

Mais tarde, o 3º Congresso realizado em 1990, em Setúbal, ficou marcado pela primeira atribuição da versão inicial dos “Prémios Quercus”, uma forma da Associação destacar e valorizar as entidades e personalidades que se afirmam na defesa e promoção de um ambiente equilibrado e de um desenvolvimento sustentável. Esta distinção ganhou novos moldes a partir de 2004, podendo ser o histórico consultado aqui.

Em 1996, 1999 e 2004, tiveram lugar os Congressos da Lousã, de Gaia e de Castelo Branco, respetivamente.

Destaque-se também outras iniciativas como os Encontros temáticos, como o Encontro de Associações de Defesa do Ambiente dos Países Lusófonos em 1998; os Encontros Nacionais de Conservação da Natureza realizados em Gaia e Lisboa em 1999 e 2000; a Conferência “Política Europeia de Transportes e Ambiente” também em Lisboa em 2000 ou ainda o Seminário sobre Regeneração de Óleos Usados que se realizou em Gaia nesse mesmo ano.

Pela sua regularidade e qualidade, são também de referir as Jornadas de Ambiente da Quercus que se realizam desde 1990.

Em 2010, ano em que a Quercus comemorou um quarto de século de trabalho em prol do ambiente, realizou-se o Congresso de Comemoração dos 25 Anos,  no Parque Biológico de Gaia. Este evento, aberto a associados, dirigentes e colaboradores da Associação, pretendeu fazer um trabalho de reflexão sobre o que tem sido a atuação da Quercus e, principalmente, a sua linha de intervenção estratégica e activa no futuro. Na mesma ocasião, foram entregues os Prémios Quercus 2011.

Das primeiras publicações à internet

Desde sempre foi grande a preocupação com a comunicação interna, até porque a Quercus foi a primeira associação do género a possuir uma verdadeira distribuição nacional, com muita gente dispersa pelo País. Havia também que fazer chegar as posições da Associação até à opinião pública.

Neste sentido, a primeira publicação periódica foi o jornal ‘Quercus’ do qual saíram 8 números entre 1984 e 1988. Após um interregno, foi publicada sob forma de revista o primeiro número da ‘Quercus’, que devido a diversas circunstâncias não teve continuidade.

A partir daqui, foram ensaiadas experiências diversas. Em 1985, é publicado o primeiro e único número do boletim interno “Bolota”.

Inicia-se então, de forma regular, em 1986, a publicação da 1ª série do boletim interno que adota a designação de ‘O Teixo’ e do qual se editaram 63 números até 1994. É então tentada nova experiência de transformar o boletim em revista. A partir do seu nº 4 passou a ser editada em colaboração com o Diário de Notícias até ao final de 1996. A sua publicação como suplemento deste jornal possibilitou a distribuição de 75.000 exemplares por todo o País, tornando-a uma das revistas de maior divulgação dentro da sua área temática.
Por fim ‘O Teixo’ voltou ao formato de boletim e deixa de ser editado no número 11 desta sua segunda série, já em 1999.

Dá-se então um salto qualitativo quando o jornal ‘ABC Ambiente’, que já era publicado há algum tempo pelo núcleo de Lisboa e passa a ser enviado a todos os associados da Quercus. Com esta distribuição mais alargada, constituiu simultaneamente um veículo de informação interna e um pólo difusor das preocupações e posições da Associação perante a política ambiental. Após 36 edições deste jornal,  é reformulada a sua edição que passa a ser da exclusiva responsabilidade da Quercus. O formato mantém-se, mas o nome evolui para ‘Quercus Ambiente’, a designação atual.

 

Em paralelo, e um pouco por todo o País, os Núcleos Regionais publicaram em períodos diversos e de forma mais ou menos regular boletins informativos: a revista ‘Raízes’, os boletins ‘Salgueiro’, “Xara”, ‘O Iró’, ‘O Vidoeiro’, ‘Azinheira’, ‘Ecografia’, ‘Planeta Azul’, entre outros. Contam-se também por centenas as publicações que a Direção Nacional e os núcleos têm editado, alusivas aos mais diversos temas. Livros, brochuras, folhetos, cartazes e outras publicações têm contribuído para a divulgação de informação e para a educação ambiental da população.

Através do site www.quercus.pt, e especialmente a partir de 2003, esta passou a ser o mais importante elo de ligação com a comunidade sendo, visitado mensalmente por milhares de cidadãos que ali procuram informação sobre a associação e sobre questões ambientais de interesse geral.

Em 2010, a Quercus aderiu às redes sociais, com a criação da página no Facebook, atualmente seguida por mais de 13 mil pessoas, e do perfil no Twitter, que tem quase 1000 seguidores.

Participação internacional e integração nacional

A partir de 1987, a Quercus passou a integrar o EEB – European Environmental Network (Secretariado Europeu do Ambiente), que reúne associações congéneres de todos os países da Europa comunitária.

Em 1989, a Quercus passa a ser também membro do YEE – Youth Environment Europe, uma federação de jovens ambientalistas europeus.

A Associação fez-se representar na CNUAD 92 (Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento) e no Fórum Global, eventos que decorreram no Rio de Janeiro, em 1992.

Desde 1996 que a Quercus é membro português do T&E – Federação Europeia dos Transportes e Ambiente.

 

No final da década, passou a integrar o GENET – Rede Europeia sobre Transgénicos.

 

Por essa altura, passou a ser também membro do CIDN – Conselho Ibérico de Defesa da Natureza e também a ser membro da Climate Action Network (CAN) Internacional fazendo parte do núcleo regional da Europa, a CAN Europe.

A nível internacional a Quercus é também membro da Sharkalliance,  coligação internacional para a conservação dos tubarões; e da ECOS – European Environmental Citizens Organization for Standardization, organização que luta pela definição de padrões ecológicos e especificações de produtos e serviços na União Europeia.

Desde 2000, a Associação marca presença, na Conferência anual das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

Em finais de 2011, a Quercus passou a ser também membro da IUCN (International Union for Conservation of Nature).

Em 2012, a Quercus passou a integrar PAN-Europe (Pesticide Action Network).

A nível nacional, desde 1997, que integra o Elo Verde – Rede de Associações de Defesa do Ambiente do Espaço Lusófono e, desde 2000,o CIDAMB – Associação Nacional Para a Cidadania Ambiental, de que é sócia fundadora.

Faz igualmente parte da Plataforma Transgénicos Fora, Plataforma Pelo Alentejo Sustentável, da Plataforma Sabor Livre, Plataforma por Monsanto, da PONG Pesca (Plataforma de ONGs portuguesas sobre a pesca) e do Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural de Sintra-Cascais.

A Quercus é ainda uma das organizações subscritoras da Campanha Europeia pelas Sementes Livres e parceira, através do projeto Ecocasa, da Sustainable Energy Europe Campaign.

Comemoração

25 anos

Comemorar 25 anos de existência, em 2010, foi um momento importante pelo que representou em termos de história, mas também pelo maior sentido de responsabilidade ao olhar para o futuro.

No balanço dessas duas décadas e meia de existência, a Quercus conheceu significativas transformações, ainda que se tenha mantido fiel a alguns princípios basilares da sua atuação.

Um deles prende-se com a aposta contínua numa estrutura de Núcleos Regionais. De facto, esta estrutura regional é uma das grandes mais valias e uma das grandes forças que permitem à Quercus estar mais perto das situações e intervir de forma mais informada e rápida.

 

Um outro princípio basilar é o da abrangência temática. É certo que em alguns momentos alguns temas assumiram maior protagonismo, mas ainda assim, procurou-se manter sempre uma capacidade de intervenção em múltiplas temáticas.

Não se pode deixar de frisar outro princípio basilar, o da intervenção informada e visível.

A procura de expor publicamente situações consideradas lesivas para o ambiente foi sempre um objetivo da Quercus, desde logo pela capacidade de amplificação da mensagem que os meios de comunicação social conseguem ter. Claro que tal nunca seria possível sem um amplo trabalho de base que sustentasse as posições tomadas.

A posição hoje assumida pela Associação na sociedade portuguesa parece apontar para o sucesso que as apostas feitas ao longo destes primeiros 25 anos acabaram por ter. |

Não menos importante é reconhecer os desafios que se colocam hoje e no futuro próximo a uma organização como a Quercus. Por esta razão, a comemoração dos 25 anos fez-se, sobretudo, com os olhos no futuro.

Comemoração

Distinções e prémios

2012 – Prémio Ones Mediterrania da Mare Terra Fundación Mediterrània, categoria “Reconhecimento Internacional” (projectos de conservação da Natureza desenvolvidos no Tejo Internacional)

2012 – Menção honrosa no âmbito do Prémio BES Biodiversidade 2012 atribuída à Rede de Micro-reservas biológicas da Quercus

2012 – Prémio Energy Globe Awards Portugal, atribuído pela Energy Global Foundation, categoria “Juventude” (Projecto Ecobrigadas)

2011 – Prémio Informação atribuído pela APCOR (Associação Portuguesa da Cortiça), na 6ª Feira a Gala Anual da Cortiça 2011

2011 – Prémio Tégula Romana, atribuído pela Plataforma Ciudadana Refinería NO

2010 – Galardão Rede Climática, da APEA, categoria “Associações” (prata)

2010 – Prémio Energy Globe Awards Portugal, atribuído pela Energy Global Foundation, categoria “Fogo” (Projecto Ecofamílias 225)

2010 – Prémio da ANECRA, Associação Nacional de Comércio e Reparação Automóvel (trabalho na área dos resíduos de veículos em fim de vida)

2010 – ANECRA – Cristal do Centenário “Qualidade, Ambiente e Segurança” (acção em prol da gestão do residual automóvel)2009 – Prémio Adenex 2008, atribuídos pela ADENEX, Associação de Defesa da Natureza e dos Recursos da Estremadura

1997 – Galardão dos Ford European Conservations Awards, no âmbito dos projetos destinados à juventude (Projeto Campos Ambientais dos Golfinhos do Sado)

1994 – Galardão de Prata dos Ford European Conservation Awards do ano de 1993 (Tejo Internacional)

1992 – Título de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República, Dr. Mário Soares

1992 – Prémio GLOBAL 500 atribuído pelo PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)

Comemoração

30 anos

Links

Lançamento de Guia Prático sobre Ervas Comestíveis

– 30 Março |Livraria Ler Devagar, LX Factory em Lisboa

Ação de Sensibilização sobre Amianto

– 17 Abril | Auditório da Agência Portuguesa do Ambiente

Sessão de Apresentação das Comemorações – Com a presença do Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva

– 18 Maio |Espaço Conhecimento, Edifício AXA, Parque das Nações em Lisboa

GreenCork Escolas

– Maio – Dezembro | Campanha nacional de sensibilização para a recolha de rolhas de cortiça

Campanha pelos Polinizadores

– Junho – Julho | Disponível em 99 lojas Pingo Doce

1ª Edição A.K.A. – Concurso de Ideias pelo Ambiente

– Junho – Julho

Atribuição da Classificação Praias de Ouro 2015

– Junho

2º Edição do Concurso de Fotografia Quercus – BMWi

– Julho – Outubro

2ª Edição da Campanha “Uma Árvore Pela Floresta”

– Agosto – Outubro

Concurso de Fotografia FoodVision

– Agosto

Jornada do 9º aniversário do Projeto Cabeço Santo

– 29 Agosto | Aveiro

Limpeza nas margens do Rio Tinto

– 29 Agosto | Porto

Libertação de Aves

– 29 Agosto | Santo André

Workshop Aromas que Curam – Aromaterapia

– 5 Setembro | Maia

Contos da Natureza – Hora do Conto

– 12 Setembro | Faro

Conferência 30 Anos Quercus “Cidadania pelo Ambiente”

31 Outubro e 1 de Novembro| Vila Real

Ação de Sensibilização sobre Amianto

– 26 de Novembro |Auditório Fórum da Maia

Mecenas

 

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