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Poupança de energia: o efeito indireto sobre os preços da energia na Europa | Maio 2012

extensao corte correnteO estudo “Saving Energy: Bringing Down Europe’s Energy Prices” publicado em Maio de 2012 e divulgado pela consultora Ecofys, mostra que a poupança no consumo de energia não só traz efeitos diretos na redução de custos para a economia europeia, mas também indiretamente na baixa dos preços da energia. Este estudo evidencia que o impacto indireto sobre o preço da energia é da mesma ordem de grandeza do que o impacte direto sobre a poupança de energia, ou seja, por cada euro poupado no consumo de energia, o preço da energia poderá descer 1 euro equivalente.

 

Em Junho de 2011, a Comissão Europeia propôs uma nova Diretiva sobre a Eficiência Energética (em inglês, Energy Efficiency Directive), para atingir o objetivo da União Europeia (UE) de reduzir o seu consumo de energia primária em 20% até 2020. Este objetivo está entre os cinco grandes alvos da Estratégia Europa 2020 que assenta no crescimento sustentável. As últimas estimativas da Comissão Europeia, que levam em linha de conta as diversas medidas nacionais de eficiência energética estabelecidas pelos Estados-Membros no contexto da Estratégia Europa 2020, sugerem que a UE apenas atingirá 50% do objetivo em 2020.

 

Para além dos benefícios ambientais – sobretudo na redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) – a poupança de energia traz benefícios económicos muito importantes, nomeadamente a redução dos custos das empresas e dos consumidores com o consumo de energia, efeitos positivos na criação de emprego e diminuição das importações de combustíveis fósseis. Mas a escala real dos benefícios é muitas vezes subestimada, sobretudo a contribuição indireta para a baixa dos preços da energia.

 

Este estudo da Ecofys mostra que as poupanças no consumo de energia não só trazem efeitos diretos na redução de custos, mas também indiretamente na baixa dos preços da energia. A economia de energia pode reduzir os preços da energia por três vias:

 

1) Pela diminuição do preço dos combustíveis fósseis : os mercados internacionais de combustíveis fósseis estão sob pressão porque não existe grande capacidade de reserva. Este facto torna os preços mais sensíveis a flutuações do padrão de procura de energia. A poupança de energia, a verificar-se na Europa, tem repercussões em outras regiões do mundo, com efeitos na redução da procura global de energia e nos preços da energia.

 

2) Pela diminuição do preço da eletricidade: os combustíveis fósseis mais baratos permitem reduzir substancialmente o custo da eletricidade produzida (cerca de 50% da eletricidade na Europa é produzida a partir de combustíveis fósseis). Para além disso, uma menor procura vai ter impacto no mix energético, o que vai contribuir para um efeito de redução adicional no custo da eletricidade.

 

3) Pela diminuição do preço da energia a longo prazo: cumprir a meta de aumentar a eficiência energética em 20% até 2020 permitirá à economia europeia poupar várias dezenas de milhares de milhões de euros por ano em investimentos na rede de infraestruturas de produção, distribuição e armazenagem de energia, bem como em importações de combustíveis fósseis. A poupança nos custos de investimento levará a uma diminuição dos custos da fatura energética para os consumidores, favorecendo a economia europeia.

 

O estudo está disponível aqui.