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Indústria automóvel falha compromisso relacionado com as alterações climáticas

Lisboa / Bruxelas – Dados recentes e agora divulgados mostram que os construtores de automóveis estão a falhar os objectivos de combater as alterações climáticas. No passado ano, os esforços da indústria automóvel para melhorar a eficiência no uso do combustível atingiram um terço da taxa necessária para atingir o compromisso que fizeram perante a União Europeia em 1998.

 

Melhorar a eficiência é um factor chave no combate às alterações climáticas porque quanto mais combustível um carro usa, mais dióxido de carbono é emitido para a atmosfera.

 

Os construtores Europeus venderam no passado ano, carros que produzem em média 160 gramas de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro, apenas 1 por cento menos que no ano anterior, de acordo com as figuras das vendas analisadas pela Federação Europeia de Transporte e Ambiente (T&E).

 

A Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) prometeu à Comissão Europeia em 1998 atingir uma média de emissões para os carros novos de 140 gramas de CO2 até 2008.

 

Os construtores precisam agora de uma taxa de melhoria sem precedentes de 4,3 por cento ao ano para nos próximos três anos alcançarem a promessa efectuada. À data, a melhor performance foi de 2,9 por cento registada em 2000.

 

“A Comissão do Presidente Barroso tem estado sentada a olhar enquanto os construtores de automóveis põe toda a tecnologia criando veículos mais pesados e mais potentes, em vez de os tornar mais eficientes” disse Jos Ding, Director do T&E.

 

“O Presidente Barroso, ele próprio dono de um Volkswagen Touareg com um elevado consumo de combustível, deve reconhecer que o compromisso voluntário de uma indústria que é responsável por 15% das emissões de CO2 na UE não é suficiente e está a falhar de forma dramática. É necessária urgentemente legislação se se pretender um verdadeiro progresso” disse Dings.

 

Futuras melhorias na eficiência não são dispendiosas e podem ser efectuadas com tecnologia já completamente disponível. Um relatório da Comissão Europeia do ano passado mostrou que o custo de atingir a meta da própria União Europeia de 120 gramas de CO2 por quilómetro seria em média de € 557 por veículo.

 

Alcançar a meta da EU resultará em gastos de combustível 25 por cento menores. Aos preços de hoje isso significaria uma poupança de € 1000 para um automóvel médio ao longo de três anos.

 

“Regras que tornem os carro mais eficientes em termos de combustível poupam muito dinheiro e preservam o clima. É altura do Presidente Barroso estacionar o seu carro pouco económico e colocar os construtores de automóveis na estrada para uma maior eficiência no consumo de combustível” disse Dings.

 

Portugal foi em 2005 o país da União Europeia onde os novos veículos automóveis vendidos emitem em média menos dióxido de carbono por quilómetro; redução de 1% nas emissões entre 2004 e 2005 pode e deve ser ainda melhorada

 

No que respeita a Portugal, os dados revelam que o nosso país no quadro da União Europeia (dos quinze) é aquele em que a média das emissões de dióxido de carbono associada aos veículos novos vendidos é menor: 145 g/ CO2 por quilómetro. Tal deve-se aos elevados custos dos veículos e à sua manutenção face ao poder de compra (conduzindo à aquisição de veículos mais pequenos e económicos), acabando por ser uma vantagem ambiental. Infelizmente esta vantagem é pouco aproveitada, porque depois o número de quilómetros percorridos é muito elevado. Em comparação com os outros quinze países da União Europeia, Portugal foi no entanto apenas o 10º melhor país em termos de redução das emissões associadas aos veículos novos entre 2004 e 2005 (cerca de 1% de redução).

 

“Numa altura em que o preço do petróleo atinge recordes e as metas do Protocolo de Quioto estão bem longe de serem cumpridas por Portugal, é fundamental que a indústria automóvel, os consumidores, e o governo através da política fiscal e de incentivo ao transporte público assumam as suas responsabilidades nesta matéria” disse Francisco Ferreira da Direcção Nacional da Quercus.

 

Quercus e T&E – European Federation for Transport and Environment

 

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Notas para os editores A fonte dos dados de vendas e de CO2 data para 2005 foi R.L. Polk Marketing Systems GmbH na Alemanha. Os dados têm sido analisados para o T&E pelo IEEP, o Institute for European Environmental Policy, UK. Em 1998 a Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) assumiu o compromisso de reduzir em média as emissões de dióxido de carbono nos novos automóveis vendidos nos (então) 15 Estados-Membros da União Europeia para 140 g/km, reduzindo de 186 g/km em 1995.

 

Acerca do T&E / Quercus T&E é a principal organização ambiental europeia que efectua campanhas sobre transportes à escala europeia. A Federação tem 45 membros em 21 países entre as quais a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza. www.t-e.nu / www.quercus.pt