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Em comparação com o sistema de ecopontos, a recolha selectiva porta-a-porta incrementa as quantidades recolhidas de papel e cartão em 7% e de plástico e metal em 485%.
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O custo da recolha e triagem de embalagens pelo sistema porta-a-porta (393,99 euros por tonelada) representa apenas 41,09% do custo da recolha por ecopontos (958,81 euros por tonelada).
O sistema de recolha selectiva porta-a-porta sai reforçado com as conclusões deste estudo, no entanto pode ainda ser mais valorizado se tivermos em atenção os seguintes aspectos:
a) A adopção da recolha porta-a-porta através de um sistema de recolha por substituição, em que alternadamente se recolhem materiais recicláveis e resíduos indiferenciados, torna menos onerosa a gestão global dos resíduos urbanos, dado reduzir a frequência da recolha dos resíduos indiferenciados.
b) Quando a Sociedade Ponto Verde passar a suportar os custos reais de recolha selectiva e triagem, o sistema porta-a-porta torna-se ainda mais atractivo, uma vez que é o que atinge níveis mais elevados de captação de embalagens para reciclagem.
c) Os custos de eliminação dos resíduos urbanos tendem a aumentar, pelo que o sistema porta-a-porta, ao reduzir substancialmente os resíduos a eliminar, permite grandes poupanças às autarquias.
d) Ao contrário dos ecopontos, a recolha porta-a-porta permite a introdução da recolha de resíduos orgânicos ao domicílio, à semelhança do que é feito em diversas municipalidades da Catalunha e do Norte de Itália, indo ao encontro aos objectivos da Estratégia para os Resíduos Urbanos Biodegradáveis.
Lisboa, 22 de Novembro de 2004
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Contactos: Pedro Carteiro 934285343; Rui Berkemeier 934256581
Para mais informações: – Recolha Selectiva e Reciclagem – A RECOLHA PORTA-A-PORTA NO SISTEMA DE RECOLHA DIFERENCIADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS; ISCTE, Dezembro 2002 (Ficheiro ZIP) – Recolha selectiva Porta-a-porta em Vilassar de Mar (Espanha)