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BIGORNE: Como não resolver o problema dos resíduos em Portugal!

A Quercus lamenta os acontecimentos, nomeadamente a violência desnecessária, que ocorreram esta manhã em Bigorne. Este assunto tem sido alvo de um aprofundado acompanhamento por parte desta associação, uma vez que consideramos que já que a política de RSU foi desenvolvida para resolver os problemas levantados pelas lixeiras, deve evitar a criação de novos problemas, nomeadamente os provocados pelo tipo de infraestruturas escolhidas e pela sua implementação e localização.

 

Embora a Quercus reconheça algum exagero na contestação de alguns locais, no caso de Bigorne foi claramente verificado que o processo de escolha do local, bem como as suas características representam um erro que consideramos importante apresentar como exemplo a não seguir.

 

A Quercus tem disponível um dossier técnico que realmente difere das análises que foram feitas pelo Instituto dos Resíduos, pela Direcção Regional do Ambiente do Norte e pelo Instituto da Conservação da Natureza, e que foi feito com seriedade e sem qualquer tipo de fundamentalismo.

 

A Quercus tem tentado, de todas as formas possíveis , viabilizar soluções alternativas e que a sua implementação seja o mais rápido possível, quer em termos de local, quer em termos do próprio tratamento e destino a dar aos resíduos.

 

Ainda nas ultimas semanas a Quercus procurou obter um compromisso por parte do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território (MAOT) que incluísse a aceitação do local em causa, mas envolvendo a construção de uma estação de compostagem permitindo que a matéria fermentável, responsável pela principal fonte de problemas de poluição, não tivesse por destino o aterro.

 

Dado que quer as autarquias, quer o MAOT insistem em avançar com a construção do aterro contra a vontade das populações, cujas preocupações , neste caso, consideramos legitimas, não nos resta outra solução que não seja a de denunciar esta situação, particular, mas exemplificativa de má aplicação dos fundos comunitários, para alem dos esforços que vão ser conduzidos junto dos tribunais portugueses para evitar a construção deste aterro nas condições incorrectas em que está projectado.

 

Já percebemos que realmente é através da força, da prepotência e das politiquices que alguns autarcas e o governo querem resolver os problemas de ambiente em áreas conflituosas.

 

A Quercus, não sendo dona da verdade defende que o diálogo e a discussão técnica entre as partes, mesmo quando isso implicar alguns atrasos, só reforçam a democracia, a participação e o esclarecimento dos cidadãos.

 

Esta posição da Quercus será abordada numa conferência de imprensa sobre resíduos a realizar amanhã (dia 22 de Marco as 10.30h) junto ao Ministério do Ambiente, na rua do Século, em Lisboa.

 

Lisboa, 21 de Marco de 2000

Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Direcção Nacional / CIR – Centro de Informação de Resíduos