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Linha de alta velocidade (TGV) e novo aeroporto: A não solução

Quercus apresenta 5 motivos para contestar as opções apresentadas em ambas as obras públicas e aponta alternativas

 

5 motivos da “Não solução”:

  • Novo aeroporto sem garantias de encerramento do aeroporto da Portela
  • Incentivo ao aumento da operação aeroportuária e consequente aumento das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE)
  • Inexistência de ligação ferroviária à Europa Continental
  • Destruição de ecossistemas, solos agrícolas e diminuição da qualidade de vida das populações
  • Desperdício de dinheiros públicos

Aumentar as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) com obras públicas que não resolvem problemas de mobilidade quando vivemos em emergência climática não é uma escolha acertada.

No momento em que os recordes de temperatura, impulsionados pelo fenómeno El Niño, foram ultrapassados (o mês de julho teve recordes sucessivos de temperaturas desde o início das medições de temperatura no planeta), a Organização Meteorológica Mundial veio avisar que até 2027 existe uma possibilidade de cerca de 66% de que o limite de aquecimento global de 1,5 graus Celsius seja ultrapassado.

A Quercus manifesta a sua preocupação pelas escolhas feitas pelo governo português quanto a construção da linha de alta velocidade para ligações nacionais, em vez de ligação a Madrid, e quanto à decisão de avançar com a construção de um novo aeroporto sem garantias de encerramento da Portela, deixando claro que se pretende aumentar a operação aeroportuária mantendo Portugal sem ligação ferroviária à Europa incentivando o uso de avião de forma indireta.

Ambas as obras que implicam destruição de ecossistemas, solos agrícolas e outras áreas produtivas, emissões de gases com efeitos de estufa e diminuição da qualidade de vida das populações e prejuízos graves para outras espécies.

Quando o planeta caminha para o caos climático o investimento de dinheiros públicos na diminuição em trinta minutos na ligação entre Porto e Lisboa ou o investimento num novo aeroporto é um desperdício de dinheiros públicos.

Alternativas:

  • Ligação a Madrid por via ferroviária
  • Redução do tráfego aéreo
  • Medidas para mitigar impacto do ruído do aeroporto da Portela

Como organização de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, e de Defesa do Ambiente em geral, a Quercus entende que se devem criar formas de reduzir o tráfego aéreo e ao invés de favorecer o seu aumento. Para esse fim a ligação ferroviária a Madrid é a opção estratégica e prioritária. Segundo consulta da página do aeroporto de Lisboa – partidas e chegadas podemos verificar que só num dia temos 17 partidas com destino a Madrid e 17 chegadas de Madrid, o que representa um total de 34 movimentos diários só para essa ligação.

Por outro lado, importa mitigar o impacto do ruído do aeroporto da Portela nas comunidades próximas, através de:

  1. Restrições de horário de voos entre as 23h e 7h
  2. Cumprimento de plano para o isolamento sonoro de habitações

Quando na Europa se desinveste em aeroportos favorecendo as ligações ferroviárias as escolhas do governo português apontam no caminho inverso, e por isso são a não solução.

Lisboa, 27 de julho de 2023

A Direção Nacional da Quercus AN