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Dia Internacional dos Abutres

Dia Internacional dos Abutres celebrado este sábado para sensibilizar sobre a importância destas espécies e alertar para risco de extinção.

Quercus junta -se ao evento mundial de celebração e divulga resultados na conservação de espécies em perigo.

O Dia Internacional dos Abutres celebra-se anualmente no primeiro sábado de setembro. Nesta
efeméride, por todo o mundo, comemora-se a importância da conservação destas aves, vitais
para os ecossistemas, e alerta-se a sociedade para as sérias ameaças que as mesmas
enfrentam.

O Dia Internacional dos Abutres surgiu no âmbito da iniciativa “Vulture Awareness Days”,
promovida pelo Birds of Prey Programme of the Endangered Wildlife Trust, na África do Sul, e
pela Hawk Conservancy Trust, em Inglaterra, que decidiram trabalhar em conjunto para tornar
esta ação num evento internacional e com abrangência global.
Atualmente, o Dia Internacional dos Abutres tem como objetivo sensibilizar a comunidade
internacional para a conservação dos abutres e para a sua importância ecológica e destacar o
trabalho fundamental desenvolvido por conservacionistas em todo o mundo em prol da
preservação destas espécies.
As aves necrófagas são aquelas que têm a sua alimentação baseada em cadáveres de
animais. Estas espécies cumprem uma função essencial e contribuem para o equilíbrio dos
vários ecossistemas, visto que, ao consumirem animais mortos, eliminam, de forma rápida e
eficaz, as carcaças desses animais no campo, evitando, assim, a propagação de doenças
contagiosas e assegurando o bom funcionamento da rede trófica na Natureza.
A QUERCUS celebra este dia participando neste evento mundial com a libertação no PNTI-
Parque Natural do Tejo Internacional de dois abutres recuperados no CERAS em Castelo
Branco e fazendo o balanço da época de reprodução de 2022 de várias espécies de Abutres
ameaçadas deste Parque Natural.

 

Abutres enfrentam várias ameaças

Dados da Quercus provenientes de vários projectos de conservação e dos CRAS (Centros de
Recuperação de Fauna) recolhidos entre 1999 e 2021 , permitem concluir que em 197
registos de mortalidade não natural das três espécies de abutres presentes em Portugal (Gifo,
Abutre-preto e Abutre do Egipto) as principais ameaças as aves necrófagas foram os
envenenamentos (45%) seguida das electrocuções em postes elétricos de media tensão (20%)
e a falta de alimento (12%), entre outras como o tiro e colisões com aerogeradores.
Nos últimos anos tem ocorrido um aumento de intoxicações provocadas por chumbo. As
amostras de sangue e penas recolhidas foram analisadas pelo departamento de Toxicologia da
Universidade de Murcia para metais pesados (mercúrio, chumbo, cadmio, arsénico, zinco e
cobre) e resíduos de medicamentos veterinários (antibióticos e anti-inflamatórios não
esteroides). Os resultados gerais apresentaram valores baixos com exceção do chumbo,
antibióticos e anti-inflamatórios. Para o chumbo foram encontrados valores médios de 46.1
(μg/dL) de chumbo no sangue e 1045,14 (ng/g) nas penas. Os resultados das analises aos
níveis de chumbo nas penas reafirmam a necessidade de continuar com o monitorização
analítica destas aves necrófagas em próximas campanhas dado os valores detectados.
A Quercus tem vindo a trabalhar activamente para minimizar estas ameaças através do
trabalho dos seus CRAS e de vários projectos de conservação da biodiversidade como o
Projecto Linhas elétricas e Aves, o Programa Antidoto, o SAANTI -Sistema de Alimentação de
Aves Necrófagas do Tejo Internacional assim como no Programa de Monitorização de Avifauna
em parceria com o ICNF. Estes trabalhos de monitorização enquadram-se no âmbito do Projeto
“Investigação e monitorização de avifauna no PNTI”, ao abrigo do protocolo de colaboração
assinado entre o ICNF, a Quercus e o Fundo Ambiental.

Aumenta a população de abutre preto em Portugal

O abutre-preto (Aegypius monachus) é uma ave necrófaga ameaçada, classificada no nosso
país como Criticamente em Perigo. Deixou de nidificar em Portugal no início da década de
1970. Só em 2010 esta espécie regressou como reprodutora ao nosso país no Tejo
Internacional , nesse ano com 2 casais, no Douro Internacional e, desde 2015 também no
Alentejo.

O PNTI alberga a maior colónia nidificante de abutre-preto em Portugal, a segunda maior
população nacional de abutre do Egipto e de grifo e diversas espécies de avifauna criticamente
ameaçadas e de elevado valor biológico.
Este ano nidificaram 31 Casais de Abutre-preto no Tejo Internacional o que representa uma
tendência de recuperação da espécie em Portugal, e que representa já mais de 70% da
população nacional da espécie. Destes, três casais reproduziram-se em terrenos propriedade
da Quercus, no Parque Natural do Tejo Internacional, um deles numa plataforma ninho artificial
e os outros dois em ninho natural. Esta época de reprodução voaram 10 crias de Abutre-preto
no PNTI. As crias foram marcadas, foi monitorizado o seu estado sanitário e recolhidas
amostras para dar continuidade aos estudos de toxicologia.

Lisboa, 4 de Setembro de 2022
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Direção Regional de Castelo Branco da Quercus – Associação Nacional de Conservação da
Natureza

Clique aqui e assista à Reportagem da RTP