O Núcleo Regional da Guarda da Quercus A.N.C.N. vem por este meio dar conhecimento da sua posição no que respeita ao abate de árvores previsto para o Parque Municipal da Guarda dadas as recentes utilizações do nome desta associação para justificar ações ou discursos nos quais não nos revemos.
Este Núcleo poucos dias depois da apresentação pública do dia 20 de junho interpelou pelos meios legais e oficiais o Município da Guarda no que respeita ao previsto no projeto do Gabinete Barbosa & Guimarães pedindo esclarecimentos e peças escritas e desenhadas do projeto. A forma como o município disponibilizou o projeto permitindo apenas a consulta na autarquia possibilitou uma análise pouco profunda do mesmo.
Independentemente de todos os desenvolvimentos desde a apresentação pública, a associação procurou seguindo os meios legais ao seu dispor apresentar o seu desacordo com algumas das opções do projeto que envolvem o abate de árvores sem justificação aparente, simplesmente por opção de projeto e ao mesmo tempo procurou sempre por via do diálogo apresentar a sua disponibilidade, bem como dos seus sócios, no desenvolvimento de uma solução bem mais equilibrada desde que o município da Guarda assim o pretendesse.
O Município da Guarda veio entretanto solicitar o apoio da associação na melhoria do projeto, realizando-se até à data apenas uma reunião com um dos técnicos desta associação, no intuito de se organizar o método mais adequado de análise procurando tomar em consideração as reivindicações dos cidadãos bem como o estudo por eles solicitado ao Prof. Luís Martins da UTAD e disponibilizado nas redes sociais para consulta pública.
A Quercus não proferiu até à data qualquer afirmação qualitativa ou quantitativa de análise de projeto, mas tem todo o interesse em contribuir para a resolução de toda esta situação. Para que tal possa acontecer é essencial termos conhecimento de toda a informação técnica de projeto para complementar a análise do professor Luís e conjuntamente com a equipa de projeto encontrar-se a melhor solução.
Terminamos este comunicado referindo mais uma vez que a nossa posição sempre foi e sempre será contra a destruição do património arbóreo sem justificação. Voltamos a reiterar a nossa total disponibilidade na procura de uma solução equilibrada através do diálogo e com todas as partes interessadas.
Guarda, 21 de novembro de 2016