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O papel das culturas energéticas para o futuro da UE

biofuel2O estudo “Space for energy crops – assessing the potential contribution to Europe’s energy future”, publicado em maio de 2014 e realizado pelo Institute for European Envuironmental Policy (IEEP), a pedido de várias associações de defesa do ambiente europeias – a Birdlife Europa, o Secretariado Europeu para o Ambiente (EEB) e a Federação Europeia para os Transportes e Ambiente (T&E) – evidencia o papel das culturas energéticas para o futuro da política energética da UE.

 

As culturas energéticas estão entre as matérias-primas mais procuradas e utilizadas para a produção de biocombustíveis. O objetivo deste estudo é avaliar a disponibilidade de terras agrícolas na UE para a produção sustentável de culturas energéticas e qual o contributo realista que estas culturas poderiam dar para responder à procura de energia na EU, em 2012. O estudo analisa os dados mais atuais sobre a disponibilidade de terras para o cultivo de culturas energéticas, sem deslocar a produção de alimentos para outros locais causando as designadas alterações indiretas de uso do solo (ILUC, da sigla em inglês) e perda da biodiversidade. São também avaliados quais os tipos de culturas energéticas que poderiam ser utilizados e a quantidade de energia que poderia ser produzida a partir destas culturas, tendo em conta a eficiência de conversão dos diferentes usos finais de energia.

 

Entre as principais conclusões do estudo, destacam-se as seguintes:

 

1. Não existem dados consistentes sobre os usos de solo no espaço da UE, o que pode influenciar de forma substancial a definição de políticas com impactos sobre os usos do solo.

 

2. A disponibilidade de terras para a produção sustentável de culturas energéticas é muito limitada e equivalente a 1.350.000 hectares, o correspondente a um terço da quantidade de terras agrícolas utilizadas para a produção de biocombustíveis em 2010. Este valor é muito inferior às estimativas da Comissão Europeia de 7.000.000 hectares, um valor referido no seu Estudo de Impacte sobre o Pacote Energia-Clima para 2030, o que levanta questões sobre a disponibilidade real de terras agrícolas por Estado-membro e a sustentabilidade do uso de terras agrícolas para a produção de energia.

 

3. A contribuição das culturas energéticas para o mix energético na UE é muito limitada, sobretudo em alguns sectores como os transportes rodoviários (até um máximo de 0.5-1% do consumo de energia) ou produção de eletricidade (até 0.4-0.9%). Já na climatização, as culturas energéticas podem ter um potencial bastante significativo, contribuindo para a produção de calor (entre 5.3-11.4%). À escala regional e local, as culturas energéticas podem, porém, desempenhar um papel mais importante.

 

4. Para a pequena quantidade de energia produzida a partir das culturas energéticas nas terras disponíveis na Europa, existem impactos ambientais muito negativos – ao nível da biodiversidade, solos e água – que não são compensados. Deverão ser equacionados usos alternativos para essas terras disponíveis, nomeadamente a restauração da vegetação natural, com enormes benefícios para a biodiversidade e, ao mesmo tempo, o armazenamento de carbono, oferecendo uma gama de serviços para os ecossistemas e até mesmo produzir bioenergia.

 

O estudo pode ser encontrado aqui: http://www.eeb.org/EEB/?LinkServID=F6E6DA60-5056-B741-DBD250D05D441B53