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Quercus pede suspensão de milho transgénico

A Quercus pediu hoje ao governo que suspenda imediatamente a circulação de todo o milho transgénico, após notícia sobre a morte de animais alimentados com ração à base de milho transgénico.

 

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Doze vacas foram alimentadas, entre 1997 e 2001, com ração composta por milho transgénico – e morreram. Isto passou-se no estado de Hesse, Alemanha, e as investigações levadas até agora a cabo excluiram já outras possíveis razões para as mortes, como doenças comuns ou erros na prática pecuária.

 

O milho transgénico (variedade Bt-176) envolvido nestas mortes misteriosas é produzido pela Syngenta (ex-Novartis), que pagou já uma indemnização ao agricultor embora se recuse a reconhecer oficialmente a sua responsabilidade.

 

O milho Bt176 está aprovado na União Europeia desde 1997 e é também empregue na alimentação humana, para além das rações animais. Este milho é geneticamente alterado por forma a produzir o seu próprio pesticida e assim tornar a planta resistente a alguns insectos. A Espanha é o único país europeu a permitir o seu cultivo comercial.

 

Enquanto não se esclarecer qual o papel do milho transgénicos na morte destes animais, é essencial e da mais elementar precaução retirá-lo da cadeia alimentar humana. Este tipo de medidas está previsto na actual legislação comunitária e, se tal não for feito, o governo estará a transformar os portugueses em verdadeiras cobaias de laboratório. O Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, em consonância com os Ministérios da Agricultura e da Saúde, tem de actuar imediatamente.

 

Do ponto de vista científico sabe-se, entretanto, que a proteína transgénica presente no milho Bt-176 não se degrada no aparelho digestivo de acordo com o que seria de esperar: aparece nos estômagos, intestinos e excrementos das vacas e ratos em que tal foi testado.

 

Este caso é particularmente importante visto estar na calha a aprovação para fins alimentares de uma outra variedade de milho da Syngenta, o milho Bt-11, que forma o mesmo tipo de proteína transgénica.

 

Lisboa, 16 de Dezembro de 2003

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza