+351 217 788 474

Login

Sign Up

After creating an account, you'll be able to track your payment status, track the confirmation.
Username*
Password*
Confirm Password*
First Name*
Last Name*
Email*
Phone*
Contact Address
Country*
* Creating an account means you're okay with our Terms of Service and Privacy Statement.
Please agree to all the terms and conditions before proceeding to the next step

Already a member?

Login

Quercus e Greenpeace pedem ao Grupo INAPA que deixe de colaborar com a destruição das florestas da Indonésia

O Grupo INAPA compra e distribui na península ibérica produtos papeleiros de Asia Pulp & Paper, empresa implicada no abate ilegal e em violações dos direitos humanos.

 

pastedGraphic_1.pdf

Madeiras exóticas (foto: Domingos Patacho)

 

As associações ecologistas Quercus e Greenpeace Espanha contactaram com o Grupo Inapa para lhe pedir que suspenda as suas relações comerciais com a empresa papeleira da Indonésia Asia Pulp & Paper (APP).

 

A APP tem um currículo ambiental repleto de ilegalidades, denunciadas por várias associações ecologistas e sociais. Na província de Riau, na Ilha de Sumatra, a APP converteu florestas de elevado valor para a conservação em florestas degradadas e em plantações de eucaliptos e acácias. Uma parte da sua produção de madeira provém de abates ilegais. Entre 1988 e 2005 a cobertura florestal de Riau reduziu de 68% para 33% e a empresa APP é a responsável de 29% desta desflorestação.

 

A denúncia da Greenpeace y Quercus é efectuada quando a Comissão Europeia vai promover um processo de consultas sobre as diferentes opções legislativas existentes para proibir a importação de produtos florestais procedentes de abates ilegais.

 

“É inadmissível que a UE proponha medidas voluntárias para acabar com os abates ilegais; é como pedir às empresas que paguem impostos voluntariamente. A legalidade deveria ser condição prévia para qualquer relação comercial” declarou Miguel Ángel Soto, responsável da Campanha de Bosques da Greenpeace-. “

 

A APP é um gigante com muitas dívidas e os seus credores já tomaram medidas legais contra a empresa. A bolsa de Nova Iorque teve que suspender a cotização da empresa. Mas a gestão económica da APP, apesar de ser um autêntico pesadelo financeiro, permite-lhe vender o papel a preços muito inferiores aos da concorrência.

 

Uma investigação recente da Greenpeace sobre a presença no mercado espanhol de produtos papeleiros procedentes da destruição das florestas da Indonésia, revelou que papéis fabricados pela empresa papeleira Asia Pulp & Paper (APP) estão a ser importados e distribuídos em Espanha pela empresa IDISA, que pertence ao Grupo Inapa.

 

“A empresa INAPA não pode fechar os olhos quando a APP está a ser denunciada internacionalmente pela destruição das florestas da Indonésia e por não pagar as dívidas contraídas”, declarou Hélder Spínola, presidente da Quercus.

 

Para evitar a destruição das florestas da Indonésia, é fundamental que o sector papeleiro internacional rejeite os produtos da APP. Grandes empresas como Metro (Alemanha), Office Depot (EUA) e Ricoh (Japão) suspenderam nos últimos anos os contratos que tinham com a APP.

 

Em Espanha, administrações públicas como a Junta de Andaluzia devolveram o papel de escritório da APP que estava a ser utilizado em algumas das suas dependências. O Grupo Editorial Random House Mondadori comunicou ao seu fornecedor de material de escritório que não quer receber papel de escritório da empresa papeleira Asia Pulp & Paper, pedindo-lhe também que retirasse o papel desta empresa que ainda tinha em sua posse.

 

“A Greenpeace tem vindo a informar numerosas empresas e administrações públicas sobre o que significa consumir papel de APP e a cumplicidade das empresas distribuidoras do Grupo Inapa” declarou Miguel Angel Soto, responsável da Campanha de Bosques da Greenpeace “Se o Grupo Inapa quer deixar de perder clientes tem que mudar a sua política de fornecimento”.

 

“Os esforços para impedir os abates ilegais não serão efectivos sem que exista uma legislação que proíba a entrada de produtos madeireiros procedentes de origens destrutivas e ilegais” afirmou Hélder Spínola.

LIsboa, 21 de Dezembro de 2006

 

pastedGraphic_2.pdf

 

0 relatório “Crímen Forestal en la Oficina” expõe com maior detalhe a denúncia contra a papeleira APP e pode ser encontrado em:

http://www.greenpeace.org/espana/reports/crimen-forestal-en-la-oficina