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Ambientalistas desafiam a Vicaima e outras empresas a regularizar o comércio de madeiras e revelam evidência de comércio com empresas envolvidas em actividades ilegais

Porto, 14 de Abril de 2005. A GREENPEACE e a QUERCUS divulgam hoje provas que mostram como o grupo Vicaima (i) tem adquirido madeira de companhias envolvidas em actividades de exploração ilegal (ii) nas florestas tropicais da Africa Central e Ocidental. A divulgação desta informação coincide com a presença, esta manhã, de 9 activistas da GREENPEACE no tribunal de Vale de Cambra acusados de obstrução de propriedade privada, em sequência de um protesto contra o comércio ilegal e destrutivo de madeiras que decorreu em frente à sede da Vicaima no passado mês (iii). A sentença será lida a 26 de Abril às 14 horas.

 

Depois do protesto de Março foram desenvolvidas novas investigações que mostram que o grupo Vicaima estava a comprar madeira tropical não certificada à DHL, uma empresa conhecida por fornecer madeira proveniente de exploração ilegal da Amazónia. Madeira da Amazónia da DHL foi fotografada nas instalações da Vicaima a 11 de Março de 2005 (iv). A GREENPEACE e a QUERCUS pediram à Vicaima para acabar com as suas relações comerciais com empresas ligadas à exploração ilegal de madeiras mas até à data ainda não assumiram esse compromisso.

 

A GREENPEACE e a QUERCUS divulgam hoje imagens fotográficas, captadas o mês passado, que mostram madeira, nas instalações da Vicaima, proveniente da República do Congo fornecida através da Interholco, uma subsidiária da empresa Suiça/Alemã Danzer. Um relatório confidencial, escrito por um dos dois directores executivos da Interholco, revela que a empresa estava a oferecer subornos às entidades locais. O relatório diz, se existe alguma ameaça à situação, ele (empregado da companhia) é preparado para tratar do assunto oferecendo uma prenda. As empresas do grupo Danzer têm estado também envolvidas na compra de madeiras a traficantes de armas identificados pelas Nações Unidas (v).

 

Madeira da FipCam e Rougier foi também fotografada nas instalações da Vicaima. Estas duas empresas foram condenadas nos Camarões em 2004 por actividades ilegais de exploração de madeira (vi).

 

A compra de madeiras por parte da Vicaima a empresas como a Danzer e a Rougier constitui provas adicionais do seu envolvimento irresponsável na aquisição de madeiras. A empresa está a contribuir assim para a destruição da floresta tropical envolvendo-se comercialmente com empresas ligadas à exploração ilegal de madeiras e à corrupção, disse Andy Tait, da GREENPEACE Internacional.

 

A Vicaima deverá agora comprometer-se publicamente a terminar as suas relações comerciais com as empresas envolvidas em actividades ilegais e adoptar apenas a comercialização de madeiras comprovadamente provenientes de origem legal e sustentável, disse Luís Galrão da QUERCUS. O Banco Mundial estima que a exploração ilegal custa aos países produtores de madeira entre 10 a 15 mil milhões de euros por ano (vii).

 

Na Amazonia Brasileira estima-se que cerca de 80% da extracção de madeira seja ilegal (viii). A madeira é frequentemente introduzida no mercado recorrendo à utilização de documentos oficiais fraudulentos ou falsos, escondendo a sua origem criminosa. A madeira é então fornecida a empresas europeias e outras que fecham os olhos a esta situação e escudando-se nesses documentos falsos. As entidades alfandegárias e a polícia pouco podem fazer para acabar com esta situação pois não existe legislação em vigor adequada para combater o comércio de madeiras ilegalmente obtidas.

 

A GREENPEACE Internacional e a QUERCUS estão a pedir a todas as empresas Portuguesas do sector das madeiras e à associação industrial AIMMP para suportarem os pedidos para legislação Europeia que proíbam a importação de madeiras ilegais. As empresas que comercializam madeiras devem adoptar imediatamente planos para aumentar a aquisição de madeira independentemente certificada pelo Conselho Mundial Florestal (FSC). Comprar madeira certificada é actualmente a única forma das empresas terem a certeza de que estão a adquirir madeira de florestas geridas de forma sustentável.

 

Se as empresas que comercializam madeiras e a AIMMP estão na verdade empenhadas em travar o comércio de madeiras ilegais, devem assinar uma declaração suportando a nova legislação europeia que pretende proibir a importação de madeira ilegal, da mesma forma que a federação de comércio de madeiras Holandesa fez, disse Luís Galrão.

 

 

Fotos de madeira africana e brasileira proveniente de empresas envolvidas em actividades de abate ilegal nas florestas tropicais de África e do Brasil. As fotos foram obtidas no parque de madeiras da Vicaima a 11 de Março de 2005.

 

Pilha de madeira serrada proveviente de África através da Interholco, uma subsidiária do Grupo Danzer

 

Pilha de madeira serrada proveviente de África através da empresa Rougier

 

Pilha de madeira serrada proveviente de África através da empresa FipCam

 

Pilha de madeira serrada não certificada da DLH proveviente da Amazónia

 

Etiqueta da madeira da DLH com informação sobre o porto de origem e destino

 

(i) The Vicaima group of companies includes Madeiporto and Jomar. The company is one of the largest door manufacturers in Europe, but is also involved in the production of panel and other wood products. (ii) Illegal logging activities include the harvest, transportation, purchase or sale of timber in violation of national laws. The harvesting procedure itself may be illegal, including using corrupt means to gain access to forests; extraction without permission or from a protected area; the cutting of protected species; or the extraction of timber in excess of agreed limits. Illegalities may also occur during transport, such as illegal processing and export; fraudulent declaration to customs; and the avoidance of taxes and other charges. (iii) Greenpeace and Quercus activists held a protest in front of the group headquarters in Vale de Cambra on 29th March 2005. 9 Greenpeace activists were arrested and charged with the obstruction of private property. (iv) DLH Amazon timber was onboard the vessel «Skyman» which docked at Leixoes, Porto during March. Among the timber supplied by DLH on this vessel was wood from Rancho da Cabocla, whos owner (Moacir Ciesco) was arrested at the end of 2004 for illegal land grabbing in Pará and Milton Schnorr, fined for illegal logging in 2001, 2002 and 2004. Information passed to Quercus confirmed that Vicaima subsidiary Madeiporto was intending to buy timber from the «Skyma». (v) A Greenpeace International report from November 2004 «Danzer involved in Bribery, illegal logging, dealings with Blacklisted arms trafficker and suspected of forgery» can be downloaded from www.greenpeace.org. (vi) FIPCAM was fined in January 2004 for exploiting 35.5 cubic meters of wood beyond authorised limits. Rougier SOCIB fined in 2004 for exploiting 280 cubic meter of wood outside of its concession areas. Minef Communiqué/ press release no. 147, 19 April 2004 (vii) World Bank (2002) Revised Forest Strategy (viii) WWF, Timber footprint of the G8 2002

 

Comunicados anteriores terça-feira, 29 de Março de 2005 Associações protestam contra o uso de madeira ilegal pela Vicaima quarta-feira, 23 de Março de 2005 Greenpeace e Quercus exigem que o Governo Português actue contra o comércio ilegal de madeiras terça-feira, 22 de Março de 2005 Greenpeace e Quercus bloqueiam carregamento de madeira da Amazónia e desafiam o Governo português a parar o comércio de madeira ilegal