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A meio da época balnear, a Quercus faz balanço da qualidade da água nas praias

A Quercus – ANCN analisou em detalhe a informação oficial do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território disponibilizada no site www.vivapraia.com relativa às análises da qualidade da água das 365 praias de Portugal Continental durante a corrente época balnear.

 

Até 8 de Agosto, estavam reportadas 2217 análises que constituíram o universo da avaliação efectuada pela Quercus.

 

4% das praias de Portugal Continental já tiveram pelo menos uma análise má; só 62% das praias tiveram até agora sempre qualidade boa; praias interiores com pior qualidade

 

Até ao momento, 13 praias (7 costeiras e 6 interiores) (aproximadamente 4% do universo total), reportaram pelo menos uma análise de má qualidade (ver detalhes no final do comunicado). Destas, quatro tinham obtido bandeira azul que foi arreada face à má qualidade identificada pela análise.

 

Por outro lado, não chega a dois terços o número de praias que apresentou consistentemente qualidade boa (isto é, não tiveram nem análises aceitáveis – que cumprem os valores-limite mas não os denominados valores-guia – nem análises más – que não cumprem os valores-limite).

 

Das 225 praias que apresentaram sempre qualidade boa, a percentagem maior ocorre em relação ao caso das praias costeiras (70%), sendo notória a pior qualidade das praias interiores (só 14% – 8 num total de 55 – apresentaram sempre resultados bons).

 

Quercus alerta para degradação da qualidade da água devido à chuva dos últimos dias

 

A chuva que tem vindo a cair desde domingo pode fazer piorar o diagnóstico agora efectuado. Todos os anos, a ocorrência de precipitação tem sido responsável por uma degradação da qualidade da água nalgumas zonas balneares interiores e nalgumas praias costeiras, principalmente quando desaguam ribeiras em locais próximos. Após um longo período sem chuva e tendo também em conta que algumas praias estão próximas de zonas afectadas pelos incêndios, a Quercus alerta para os banhistas terem especial atenção na consulta das análises mais recentes, cuja afixação relembramos é obrigatória.

 

Os três principais problemas das praias nesta época balnear

 

Numa avaliação efectuada pelo grupo de trabalho da Quercus que acompanha as questões relacionadas com as zonas balneares através de visitas efectuadas a diversas zonas balneares, consulta da imprensa e queixas recebidas, os três principais problemas até agora identificados na presente época balnear são os seguintes:

 

Acessibilidades:

A falta de planificação de acessibilidades, criando parques de estacionamento de retaguarda, promovendo o transporte por bicicleta ou por transporte público, é uma das maiores falhas das praias portuguesas, onde é verdadeiramente caótica a forma de estacionamento, pondo em causa a segurança das praias e também o ambiente envolvente, na maior parte das vezes muito sensível.

 

Falta de infraestruturas essenciais:

Uma zona balnear deverá dispor de infraestruturas mínimas, entre elas casas de banho limpas e em número suficiente de acordo com a capacidade da praia. Infelizmente, tal não acontece na maioria dos casos, agravando assim as condições de higiene da água e areia, e tornando desconfortável a sua utilização pelos banhistas.

 

Limpeza do areal:

Apesar de um esforço muito significativo dos concessionários, a falta de educação e formação ambiental leva a que muitas praias apresentem ainda uma quantidade de lixo grande (beatas, pequenas embalagens, vidros) que constitui um risco para a saúde pública. A presença de cães continua também a verificar-se nalguns casos, constituindo geralmente um incómodo, para além de que podem ser portadores de microrganismos prejudiciais à saúde humana e originarem a contaminação do areal.

 

Açores sem informação no site oficial do Instituto da Água; praias interiores da região de Lisboa e Vale do Tejo com informação muito atrasada; continuam a existir zonas balneares “ilegais”

 

Todos os dados relativos à qualidade das zonas balneares são disponibilizados através da Internet no site www.vivapraia.com. Assim, qualquer cidadão consegue ter uma informação rápida e detalhada sobre a praia que pretende utilizar. Os dados de todas as análises estão presentes e permanentemente actualizados excepto no que se refere às praias da Região Autónoma dos Açores. Admitindo que não se trata de uma obrigação legal devido à autonomia da Região, seria desejável que todos os resultados referentes ao país fossem apresentados da mesma forma.

 

Relativamente às análises disponibilizadas, a Quercus identificou um substancial atraso nas análises relativas às praias interiores da região de Lisboa e Vale do Tejo, cuja última análise presente é da terceira semana de Junho estando em causa análises semanais ou quinzenais).

 

A Quercus continua a alertar para o facto de continuarem a existir praias que não estão classificadas como zonas balneares e que como tal não devem estar a ser utilizadas por banhistas. Como exemplo, a Quercus assinala o caso da praia da Albufeira da Tapada Grande, na Mina de São Domingos, concelho de Mértola, já objecto de um plano de ordenamento, cujos apoios foram inaugurados com a presença do Presidente da República em Abril deste ano, mas que até agora não está classificada como zona balnear, não estando presentes análises no local nem se verificando vigilância, o que não se compreende.

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

Lisboa, 10 de Agosto de 2004

 

 

 

 

LinkPágina da Quercus sobre Praias