A Quercus em reunião com a entidade gestora das embalagens e medicamentos fora de uso (Valormed) fez um apelo para que o mais breve possível se inicie a reciclagem dos resíduos que estão a ser recolhidos nas farmácias e que só se envie para incineração os poucos que não puderem ser reciclados.
Esse processo pode avançar de imediato, uma vez que já existem em Portugal operadores de tratamento de resíduos com meios para proceder à triagem e encaminhamento para reciclagem de mais de 50% destes resíduos.
A taxa de reciclagem de 50% é perfeitamente atingível, uma vez que a maioria das embalagens de medicamentos pode ser reciclada dado serem constituídas por papel e cartão, vidro, plástico e embalagens de plástico e alumínio para comprimidos (blisters).
Os rejeitados deste processo seriam essencialmente os comprimidos e resíduos colocados por engano no sistema da Valormed, alguns deles igualmente recicláveis.
De referir que a Valormed está obrigada pela legislação a reciclar, dentro de cerca de 3 anos (31 de Dezembro de 2011), pelo menos 55% dos resíduos de embalagem.
Em termos de custos, o processo representaria apenas cerca de 5% do orçamento anual da Valormed, pelo que a questão económica não é um factor limitante para o avanço da reciclagem das embalagens e medicamentos fora de uso em Portugal.
A Quercus espera agora que a Valormed inicie rapidamente uma consulta ao mercado de forma a poder escolher um operador para proceder à triagem e reciclagem das embalagens e medicamentos fora de uso separados pelos consumidores portugueses.
A Quercus também informou o Ministério do Ambiente das novas possibilidades de reciclagem de embalagens de medicamentos fora de uso já disponíveis no nosso país, tendo solicitado uma intervenção dessa entidade de forma a acelerar este processo.
Lisboa, 28 de Outubro de 2008
Quercus – ANCN