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Centro de Recuperação de Santo André da Quercus devolveu quatro grifos à natureza, em Beja

No passado domingo, dia 12 de Fevereiro, a Quercus procedeu à libertação de quatro exemplares de grifo (Gyps fulvus), uma das espécies de abutres existentes no nosso país. A libertação teve lugar numa área a sul do concelho de Beja junto à ribeira de Terges e Cobres por volta das 12 horas. Os quatro animais estiveram em recuperação no Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA), no Litoral Alentejano, um dos três centros de recuperação de fauna selvagem geridos pela Quercus.

 

As aves foram mantidas em recuperação durante cerca de quatro meses, tendo todas elas sido encontradas debilitadas por falta de alimento, nos concelhos do Litoral Alentejano entre Odemira e Grândola.

Em Portugal, ocorrem naturalmente três espécies de abutres – o Grifo (Gyps fulvus), o Abutre-negro (Aegypius monachus) e o Abutre do Egipto (Neophron percnopterus), bem como outras aves com hábitos necrófagos. À medida que as actividades agro-pecuárias foram alterando os ecossistemas naturais, reduzindo a abundância das suas presas naturais (na sua maioria o Veado e o Javali), estas espécies adaptaram-se às disponibilidades alimentares criadas pelo homem, sendo que os animais domésticos associados à silvo pastorícia representam, em algumas zonas do país, uma parte significativa da dieta alimentar dos grifos.

Nas últimas décadas, as regras sanitárias têm sido cada vez mais restritivas, obrigando a que as carcaças dos animais mortos sejam retiradas dos campos e eliminadas, o que está a levar à diminuição dos recursos alimentares disponíveis. Com as directivas comunitárias decorrentes da crise da encefalopatia espongiforme (a chamada “doença das vacas loucas”), foram criados sistemas de recolha de animais mortos, retirando assim dos campos centenas de toneladas de carcaças e diminuindo ainda mais as disponibilidades alimentares das referidas aves.

O vale do Guadiana, onde estas aves serão libertadas, é uma área de ocorrência regular desta espécie e foi local de nidificação até há algumas dezenas de anos.

Beja, 12 de Fevereiro de 2012

O Núcleo de Beja/Évora da Quercus
O Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André da Quercus