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Sines em 27º lugar do Top30 das centrais a carvão mais poluentes, liderado pela Alemanha e Reino Unido

poluiçãoAs emissões de dióxido de carbono (CO2) das centrais a carvão na União Europeia (UE) estão a destruir os esforços da política climática, revela o relatório “Europe’sDirty 30”, divulgado hoje pela Rede Europeia de Ação Climática, WWF, EuropeanEnvironmental Bureau (EEB), HealthandEnvironmentAlliance (HEAL) e Aliança Climática Alemã[1].

 

O relatório “Europe’sDirty 30” expõe o top 30 das centrais termoelétricas na UE com base nas suas emissões de CO2, com a Alemanha e o Reino Unido a ficarem com os primeiros lugares, com nove centrais a carvão cada,entre as mais poluentes[2]. Se a UE tem um compromisso sério com as suas metas climáticas e quer proteger a saúde dos seus cidadãos, deve agir contra a sua dependência do carvão.

 

O relatório “Europe’sDirty 30” revela que muitas das centrais a carvão existentes estão a funcionar em plena capacidade, ou perto, devido ao preço relativamente baixo do carvão em relação ao gásnatural. Isto levou a um aumento das emissões de CO2, apesar da rápida expansão das energias renováveis e deuma redução global nas emissões de gases com efeito de estufa na UE.

De acordo com este relatório, o elevado usodo carvão em alguns dos Estados-Membros da União Europeia com as maiores populações, como o Reino Unido ea Alemanha, coloca a UE em grave perigo de não reduzir gradualmente as emissões associadas à combustão do carvão com a rapidez necessária, destruindoas ambições climáticas da UE [3]. A eliminação rápida das emissões de CO2 a partir do carvão tem de se tornar uma prioridade na UE.

A queima do carvão também é responsável por outros poluentesque estão associados a um conjunto de problemas na saúde humana, incluindo asma e cancro [4]. A Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou recentemente a poluição do ar como uma causa ambiental de morte por cancro [5].

O relatório mostra que, ainda é possível evitar as alterações climáticas catastróficas, mas para tal é necessário um rápido e sustentado corte nas emissões de carbono.

Neste estudo, a Central Termoelétrica de Sines (a de maior potência das duas existentes no país) é apontada no relatório como uma das mais poluidoras na Europa. A Quercus tem vindo a alertar para o facto de Portugal nos últimos anos ter vindo a aumentar a utilização das centrais a carvão, devido ao preço deste combustível fóssil no mercado internacional, conjugado com o reduzido preço das licenças de emissão de carbono. Devido a este uso de carvão, as emissões no setor elétrico não caíram tanto quanto poderiam na sequência do enorme investimento em energias renováveis. A Quercus considera que Portugal não deve prolongar a vida desta central cujo fim está previsto para o início da próxima década e deve proporcionar um equilíbrio de condições para completar a produção de eletricidade renovável com as centrais de ciclo combinado a gás natural, com melhor desempenho ambiental e que têm estado praticamente paradas.

A CAN Europa reafirma que “as centrais termoelétricas a carvão são a maior fonte global de emissões de gases de efeito estufa. As emissões de CO2 a partir do carvão na UE ainda são muito elevadas, como mostra o relatório‘Europe’sDirty 30’. A UE tem de enfrentar o problema da utilização excessiva do carvão, se quiser cumprir com êxito as suas próprias metas climáticas de longo prazo.”

A WWF considera que “O quadro da política da UE em vigor em matéria de clima, energia e poluição do ar que regula o setor de energia não é forte o suficiente para alcançar a transformação necessária no setor, afastando o carvão e promovendo a redução de consumos energéticos e as energias renováveis.O que a UE necessita para acabar com a sua dependência do carvão são três metas ambiciosas para1) reduzir as emissões de gases com efeito estufa,2) aumentar a eficiência energética e 3) aumentar o recurso a energias renováveis.A reforma estrutural do enfraquecido Comércio Europeu das Licenças de Emissão (ETS, na sigla em inglês), bem como a introdução de umanorma de desempenho em matéria de emissões para as emissões de CO2 do setor de energia também são essenciais, a fim de evitar o bloqueio ao desaparecimento das infraestruturas de energia mais poluente.

O EEB considera que “a dependência de carvão da Europa é nefasta para a saúde das pessoas e para o ambiente e não tem lugar no nosso futuro energético sustentável. Quantidades significativas de emissões poderiam ser evitadas e reduzidas se os operadores se guiassem pelo estado da arte das técnicas disponíveis, em vez de argumentarem por isenções.As normas ambientais das centrais devem, em primeiro servir para proteger as pessoas eo ambiente na Europa e devem ser implementadas com celeridade para o conseguir.”

A HEAL considera que “as maiores centrais a carvão na Europa são responsáveis por centenas de milhões de euros em custos de saúde. A enorme quantidade de poluentes libertada, para além das emissões de CO2, contribui para níveis mais elevados de partículas, que é um importante poluente com consequências graves na saúde humana. A reforçar, apenas 30 centrais causam 20 por cento dos custos de saúde do setor de energia europeu. A eliminação de carvão na Europa será uma vitória, porque vai ajudar a conseguir um ar limpo para mais pessoas, e evitar mais danos à saúde devido àsalterações climáticas.”

Por último, a Aliança Climática Alemã, afirma que “a próxima fase da‘Energiewende’(transição energética alemã) deve concentrar os esforços em como fazer a transição para longe do carvão. Se a Alemanha ea UE têm um compromisso sério com as suas metas climáticas e na transformação do setor de energia, é fundamental a eliminação do carvão das centrais alemãs. O facto de 9 das 30 centrais maiores emissoras de CO2 estarem localizadas na Alemanha, a maioria dos quais queimar lenhite, é um caso em questão.”

Lisboa, 22 de julho de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza


Notas para os editores:

[1] Relatório “Europe’s Dirty 30: How the EU’s coal-fired power plants are undermining its climate efforts”
http://awsassets.panda.org/downloads/dirty_30_report_finale.pdf

Mapa do Top30 das centrais as carvão mais poluentes:
http://awsassets.panda.org/downloads/dirty_30_report_eu_map.pdf

Infografia: “Europe’s Dirty 30: How the EU’s coal-fired power plants are undermining its climate efforts”:
http://awsassets.panda.org/downloads/dirty_30_report_infographics.pdf

[2] A Alemanha e o Reino Unido, que se declaram como campeões da política climática na UE, têm nove centrais termelétricas a carvão, cada uma, neste Top30. A Alemanha é o país da UE que utiliza mais carvão para a produção de energia elétrica, enquanto o Reino Unido aparece em terceiro lugar no consumo de carvão, a seguir à Polónia.

Mapa do Top das centrais termelétricas CO2-poluidoras da Alemanha:
http://awsassets.panda.org/downloads/dirty_30_report_germany_map.pdf

Mapa do Top das centrais termelétricas CO2-poluidoras do Reino Unido:
http://awsassets.panda.org/downloads/dirty_30_report_uk_map.pdf

[3] De acordo com os cenários climáticos da Agência Internacional de Energia, a proporção de carvão na produção de eletricidade na UE devia ser abaixo de 4% em 2035. Para tal, será necessário uma redução drástica na utilização de carvão, que se situava nos 26% em 2011.

[4] Health and Environment Alliance, 2013. The Unpaid Health Bill – How Coal Power Plants Make Us Sick.

[5] http://www.iarc.fr/en/media-centre/iarcnews/pdf/pr221_E.pdf