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Quercus apela ao fim dos biocombustíveis de 1ª geração na Europa até 2030

Óleo de palma está a condenar as florestas tropicais do planeta

 

 

UsoOleoPalma 01Lisboa, 24 novembro 2016 –  Apesar das claras evidências de que o biodiesel produzido a partir de óleo de palma é três vezes mais poluente do que o gasóleo, os automóveis e camiões que circulam nas estradas europeias continuam a queimar cada vez mais este biocombustível de primeira geração. De acordo com dados da OILWORLD de 2015 (1), registou-se um aumento de 3% no uso de óleo de palma para a produção de biodiesel.

 

O biodiesel europeu é, atualmente, o principal produto final resultante do óleo do palma, atingindo a fatia inédita de 46%. Isto significa que os condutores são, apesar de inconscientemente, os maiores consumidores de óleo de palma na Europa.

No último ano, o biodiesel à base de óleo de palma foi responsável por 32% de todo o biodiesel e por 2% de todo o gasóleo queimado na Europa, algo que poucos condutores sabem quando enchem o depósito dos seus veículos.

 

O biodiesel produzido a partir de óleo vegetal virgem é o biocombustível mais utilizado no mercado europeu, com uma quota de 80% em 2015. De todos os biocombustíveis, o óleo de palma é o mais barato, sendo também o mais poluente. As suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) são três vezes mais elevadas do que as do gasóleo. Isto porque a expansão das plantações de palmeiras tem como consequência a desflorestação e a drenagem de zonas húmidas em áreas de floresta tropical do Sudeste Asiático, da América Latina e de África, de enorme valor ecológico.

 

 

Para João Branco, Presidente da Direção Nacional da Quercus:

 

Enquanto que em áreas como a alimentação ou a cosmética, os consumidores podem facilmente evitar produtos à base de óleo de palma, no que toca aos combustíveis é diferenteA legislação europeia sobre biocombustíveis não lhes deixa grande escolha e, praticamente sem o seu conhecimento, ‘força-os’ a queimar óleo de palma quando conduzem. Além dos óbvios prejuízos ambientais, a atual legislação tem levado a Comissão Europeia a enganar os consumidores que tentam dar o seu melhor pelo planeta”.

 

Se a intensiva utilização de óleo de palma na Europa fosse replicada pelo resto do mundo, seriam necessários 4.300.000 hectares de terreno nas regiões tropicais do planeta para alimentar essa procura (3), uma área equivalente às florestas tropicais que ainda restam nas zonas húmidas do Borneo, Sumatra (Indonésia) e na península da Malásia.

 

A Comissão Europeia irá apresentar brevemente uma nova proposta da Diretiva de Energias Renováveis (RED, na sigla em inglês), que será determinante para perceber se os biocombustíveis irão continuar a receber apoios públicos a partir de 2020.

 

De acordo com a versão preliminar desta proposta, a CE planeia continuar a apoiar os biocombustíveis produzidos a partir de culturas alimentares, com uma meta para 2030 de 3,8% do total dos combustíveis no setor dos transportes – uma muito pequena redução face à quota dos biocombustíveis (4,9%) alcançada já em 2014. Estas previsões contradizem completamente a Estratégia da própria Comissão Europeia para uma Mobilidade com Baixas Emissões, publicada em julho, onde se prometia uma descontinuação dos biocombustíveis à base de culturas alimentares.

 

É urgente e prioritário pôr termo a esta situação que pode acabar de vez com as florestas tropicais do planeta. E o melhor local para o fazer é onde o problema começou: na Europa.

 

A Quercus, enquanto membro da Rede Europeia de Transportes e Ambiente, apela veementemente para que a Comissão Europeia se comprometa a eliminar a produção de biodiesel de produção agrícola até 2025 e de todos os biocombustíveis de primeira geração até 2030.

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza