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Quercus alerta para perigo de extinção a curto prazo do lobo-ibérico no Parque Natural do Alvão

A Quercus vem alertar para possibilidade de virmos a assistir, a muito curto prazo, à extinção da população de lobos no Sítio de Importância Comunitária Alvão-Marão e no Parque Natural do Alvão, dado que a espécie está em iminente risco de desaparecer nestas duas áreas.

 

Neste momento, as alcateias sobreviventes no SIC Alvão-Marão e no PN do Alvão estão isoladas e o seu sucesso reprodutivo tem sido praticamente nulo. Esta situação teve como principal causa a proliferação de infraestruturas, como vias de comunicação, parques eólicos e seus acessos, as quais provocaram a fragmentação do habitat da espécie e a sua perturbação, através do aumento da presença humana e de veículos automóveis nos seus territórios de caça e de reprodução.

 

Nova estrada no Parque Natural do Alvão agravará ainda mais a situação

 

A construção de mais uma nova estrada no Parque Natural do Alvão, promovida pelo Município de Vila Real, é mais uma infraestrutura que trará efeitos negativos nas já ameaçadas alcateias, com a previsível passagem de milhares de carros por ano em locais que atualmente têm uma intensidade quase nula de tráfego automóvel.

 

Apesar da Lei de Proteção do lobo-ibérico referir que cabe ao Estado “adotar uma política de ordenamento que não desfigure os habitats da espécie e possibilite a recuperação onde ela for possível…” e proibir “a destruição ou deterioração do respectivo habitat” e mesmo a sua “perturbação“, a verdade é que a existência de legislação em nada impede que o Estado Português continue a promover a construção de novas estradas dentro de áreas protegidas, neste caso através de um Município que se apresenta publicamente como grande defensor da conservação da biodiversidade no Alvão-Marão, nomeadamente da acarinhada borboleta-azul.

 

Talvez por ironia do destino, esta estrada atravessará também uma área de ocorrência da borboleta-azul (Phengaris alcon), pelo que poderá afetar significativamente uma população destas raras borboletas.

 

Esta estrada acabará ainda com o último percurso pedestre entre Lamas de Olo e Fisgas do Ermelo, o qual é possível fazer atualmente sem a presença significativa de trânsito automóvel. Por outro lado, passará praticamente por cima de um local muito apreciado para a prática balnear, junto à ponte de pedra sobre o Rio Olo.

 

Deste modo, a Quercus apela ao Município de Vila Real que escolha a proteção da Biodiversidade e que anuncie publicamente o cancelamento do projeto de construção da nova estrada em questão.

 

Lisboa, 19 de Março de 2013

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza