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Quercus alerta para o mais extenso e dramático relatório sobre alterações climáticas

planetaA última parte do Quinto Relatório de Avaliação, elaborado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), será lançada no próximo domingo, dia 2 de novembro, em Copenhaga(1), na Dinamarca, numa conferência de imprensa que terá início às 10h (hora de Portugal), após uma semana de negociações entre representantes dos governos para acordar um Sumário para Decisores Políticos.

Após a publicação dos relatórios de três Grupos de Trabalho (GT) ao longo dos últimos 12 meses –  sobre a ciência das alterações climáticas (GT1)(2), a vulnerabilidade a impactes climáticos e adaptação (GT2)(3) e as estratégias de mitigação para combater as alterações climáticas (GT3)(4) – o último a ser agora publicado é o Relatório-Síntese, o qual combina e agrega o trabalho realizado pelos três GT num único documento. É o culminar de 5 anos de trabalho científico elaborado por 830 autores, 1.200 outros contributos e 3.700 revisões por especialistas e que resultaram na compilação de mais de 30.000 trabalhos de investigação e de 143.000 comentários para produzir um relatório sem precedentes, baseado nas últimas evidências científicas.

Analisando os relatórios anteriores publicados pelos GT, o IPCC tem demonstrado de forma inequívoca que as alterações climáticas estão de facto a acontecer, causadas pela ação humana e com consequências graves em todos os continentes e oceanos. O relatório deixa claro que o aquecimento global ainda pode ser limitado abaixo dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, de forma a garantir um futuro climático mais seguro e sem prejuízo para o planeta.

Lançado pelo Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a 2 de novembro, o Relatório-Síntese terá em conta esses resultados cruciais. Espera-se que confirme a necessidade de uma transição rápida para uma economia global baseada em energias limpas onde a sociedade possa usufruir de benefícios económicos e adaptar-se às alterações climáticas, ou seguir um caminho onde o aumento das emissões de carbono ao nível global possa agravar ainda mais as alterações climáticas e ameaçar a sociedade e economia global.

Na realidade, o Relatório-Síntese vai apresentar aos governos que se comprometeram com este documento uma escolha decisiva para o futuro: investir em energias limpas para as próximas décadas ou continuar a manter uma economia baseada no consumo de combustíveis fósseis. Os cientistas do IPCC enviam esta mensagem importante num momento particularmente crítico para as negociações climáticas a decorrer no âmbito das Nações Unidas, onde os governos se comprometeram a negociar um novo acordo global até 2015. Na sequência da recente Cimeira para o Clima, em Nova Iorque(5) e da maior mobilização de sempre de cidadãos na defesa de maior ação climática(6), este Relatório-Síntese é a última palavra da comunidade científica antes da próxima reunião da Conferência das Partes (COP21) que irá decorrer em Paris em 2015, providenciando toda a informação necessária para os líderes mundiais assumirem, nesta reunião, compromissos importantes sobre a ação climática.

Quercus irá pronunciar-se sobre conclusões principais

Um mês depois da mobilização recorde de 700 mil pessoas em várias cidades por todo o mundo numa chamada sem precedentes para a ação climática(7) – incluindo várias cidades portuguesas – os especialistas irão certamente reiterar duas conclusões fundamentais: que as alterações climáticas são uma ameaça real causada pela ação humana e que a resolução da crise climática requer reduções urgentes e drásticas nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE). A Quercus acompanhará atentamente o anúncio deste último relatório e irá efetuar uma análise, a ser divulgada após a conferência de imprensa de domingo, dia 2 de novembro.

Lisboa, 31 de outubro de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza