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No ano em que o CERAS comemora 15 anos a Quercus divulga as 15 principais ameaças à biodiversidade e 15 medidas de proteção

O Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS) é um projecto do núcleo regional de Castelo Branco da Quercus, com o apoio da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESA) e de outros mecenas particulares. O CERAS tem como principal objectivo recuperar animais selvagens debilitados e devolvê-los ao meio natural.

 

No ano em que celebra 15 anos, o CERAS vai promover a iniciativa 15-15-15, ao longo dos próximos meses um conjunto de iniciativas de divulgação de quinze ameaças e quinze medidas de conservação para a fauna selvagem da região. As iniciativas serão de diversa índole, como campanhas de informação, reuniões e encontros com municípios, entidades públicas, empresas e particulares, no sentido de agilizar e solicitar algumas medidas e actuações concretas. Para cada uma destas ameaças a Quercus ira divulgar alguns pequenos gestos e comportamentos que todos nós poderemos realizar no sentido de evitar algumas das principais ameaças à nossa fauna autóctone.

 

Ameaça – Atropelamento

Ao longo dos últimos quinze anos recolhemos informação sobre centenas de casos de atropelamento de fauna selvagem no CERAS. Também recolhemos informação no âmbito dos projectos que são desenvolvidos na região. Os grupos de fauna mais afectados que deram entrada no CERAS foram os mamíferos e as aves nocturnas. Contudo outros grupos como répteis e anfíbios são também muito afectados. São atropelados anualmente milhares de animais de espécies tão diferentes como lontras, veados, texugos, fuinhas, gatos-bravos, corujas-das-torres, cagados, salamandras e sapos. O atropelamento é uma das principais causas de mortalidade de espécies em perigo de extinção como o lobo e o lince-ibérico. Num estudo realizado no Alentejo pela Universidade de Évora (MOVE) foi quantificado que morrem anualmente em média 120 animais por Km por ano. Em alguns países em que existe monitorização dos atropelamentos os números apontam para mortalidades muito significativas de 365 milhões de atropelamentos anuais nos EUA ou 14 milhões atropelamentos no Brasil.

 

Pontos negros identificados

Na região mais a sul do distrito de Castelo Branco nos concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova identificamos 4 pontos negros nas estradas que registam grande número de acidentes. Os pontos negros identificados foram: troço perto da Barragem de Santa Águeda EM1230, na EN18 para Malpica do Tejo perto do vale do Rio Ponsul, troço na EN240 Castelo Branco para o Ladoeiro e outro entre Monforte da Beira   e Cegonhas na EM 351.

 

Vão ser solicitadas reuniões com os Municípios e outras entidades, de forma a poderem ser aplicadas algumas medidas de minimização, como sinalética, colocação de lombas para redução de velocidade ou passagens para fauna.

Os atropelamentos de fauna representam uma ameaça à biodiversidade, mas também para a segurança rodoviária, pois nos últimos anos têm aumentado as colisões e os acidentes graves com espécies de grandes dimensões como veados e javalis. Nesse sentido urge adoptar medidas para minimizar esta problemática, corrigindo os pontos negros identificados e promover mais estudos.

 

O que todos podemos fazer?

No que diz respeito a medidas que todos nós podemos fazer deixamos algumas recomendações como reduzir a velocidade ao atravessar zonas com possibilidade de passagem de fauna (parques naturais, zonas florestais, etc. ).Se encontrar uma animal selvagem ferido pode ligar para a Linha SOS ambiente (808200520). Caso encontre animais selvagens mortos também pode registar o local e a espécie em causa e fazer chegar essa informação à Quercus ou aos projectos de monitorização desta problemática.

 

 

Castelo Branco, 1 de Agosto de 2014

 

A Direção do Núcleo Regional de Castelo Branco da Quercus-Associação Nacional de Conservação da Natureza.