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Dia Mundial da Vida Selvagem

3 de Março de 2018

 

 

aggression 1822537 960 720Existem 24.307 espécies ameaçadas, das quais 5.210 estão classificadas como “Criticamente Ameaçadas”, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

 

A Quercus relembra que o comércio ilegal e a ação humanas são fatores que podem, e devem, ser intervencionados com urgência e requer que seja dada a devida atenção aos problemas que a biodiversidade enfrenta.

 

A 20 de dezembro de 2013, na sua 68ª sessão, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 3 de Março, o dia da assinatura da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas (CITES), como Dia Mundial da Vida Selvagem para celebrar os animais e plantas selvagens de todo o mundo.

 

O Dia Mundial da Vida Selvagem tornou-se o evento anual mundial mais importante dedicado à vida selvagem.

 

 

PERDA DE HABITAT

 

Os alertas já foram lançados e se não mudarmos o rumo da história a Vida Selvagem mundial pode sofrer uma redução de 67%, num período de apenas 50 anos, que termina no final desta década, devido às atividades humanas.

 

A produção de matérias-primas agrícolas e florestais e a produção de energia são as principais causas da destruição e fragmentação dos habitats naturais provocando a diminuição das populações de animais selvagens, sua erosão genética e muitas vezes, extinção da espécie.

 

Hoje em dia, a agricultura ocupa cerca de um terço da área total da Terra sendo responsável por cerca de 70 % do uso da água. É cada vez maior a extensão de terreno agrícola utilizado para culturas industriais intensivas e para culturas não alimentares.

 

Além disso, o tráfico animal representa uma das maiores ameaças à vida selvagem e à biodiversidade, estando referenciado como umas das maiores atividades transfronteiriças de crime organizado.

 

A Quercus relembra que o comércio ilegal e a ação humanas são fatores que podem, e devem, ser intervencionados com urgência e requer que seja dada a devida atenção aos problemas que a biodiversidade enfrenta.

 

Este ano, o Dia Mundial da Vida Selvagem é dedicado ao tema GRANDES FELINOS – PREDADORES AMEAÇADOS, e pretende realçar os problemas que os felinos (Chita, Jaguar, Leopardo, Leão, Puma, Tigre e o Leopardo-da-Neve) enfrentam na atualidade, como consequência da perda de habitat, escassez de presas, conflitos com a população, caça ilegal e ainda comércio ilegal.

 

A nível mundial temos recebido dados alarmantes sobre os felinos que merecem toda a nossa atenção, sendo absolutamente prioritário criar regras mais claras e eficazes para parar com esta tendência negativa de extinção.

 

 

FELINOS DA LISTA VERMELHA DA UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza)

 

 

CHITA

 

Em África esta espécie apresentou um declínio de 90% na sua população desde que há registos. Estima-se que apenas 7.100 exemplares vivam em ambiente selvagem, permanecendo o seu futuro muito incerto.

 

As Chitas estão classificadas, na sua generalidade, como “Vulneráveis”. Na Ásia existe apenas uma pequena população isolada com aproximadamente 50 indivíduos. No Norte de África e Ásia, são considerados “Criticamente em Perigo”.

 

 

JAGUAR

 

Os Jaguares estão presentes em 18 países na América, do México à Argentina, tendo sido extintos em 2 países: El Salvador e Uruguai.

 

Durante as décadas de 1960 e 1970 esta espécie foi perseguida pela sua pele, tendo sido mortos cerca de 18 mil exemplares a cada ano até 1973, Hoje, os jaguares continuam a ser caçados, principalmente devido a conflitos com humanos, havendo a uma queda da população em cerca de 40%.

 

O jaguar está classificado como “Quase Ameaçado” pela UICN, embora o seu estado esteja em revisão e possa ser elevado para o estado de conservação “Vulnerável”.

 

 

LEOPARDO

 

Os leopardos estão extintos em cinco países entre eles o Kuwait, Líbia, Singapura, Síria e Tunísia. Tiverem um decréscimo populacional de pelo menos 40% na África e mais de 50% na Ásia.

 

Provavelmente o felino mais perseguido, os leopardos estão classificados como “Quase Ameaçados” pela UICN. O leopardo está ainda classificado como “Em Perigo” na Ásia Central e Sri Lanka e ” Criticamente em Perigo ” no Oriente Médio, na Rússia e na ilha de Java.

 

 

LEÕES

 

Cerca de 80% dos leões desapareceram nos últimos 100 anos, deixando de existir em 26 países africanos.

 

Há mais de um século viviam em África cerca de 200 mil leões selvagens. Pesquisas mais recentes estimam que, nas últimas duas décadas, o número de leões diminuiu de 30.000 para cerca de 20.000.

 

Atualmente os Leões estão qualificados como “Vulneráveis” na Lista Vermelha da IUCN, embora na África Ocidental esteja classificada como “Criticamente em Perigo”.

 

 

PUMA

 

Os Pumas foram eliminados de toda a metade leste da América do Norte, com exceção de uma pequena população na Flórida. Hoje habitam em 28 países no continente americano.

 

O Puma está classificado como uma espécie “Pouco Preocupante” pela Lista IUCN, mas o estado das populações desta espécie na América Central e do Sul é desconhecido e há suspeitas de que muitas populações possam estar em declínio.

 

 

LEOPARDO-DA-NEVE

 

Acredita-se que existam entre 3.920 e 7.500 leopardos da neve a viver hoje na natureza. O número exato é desconhecido, pois eles são extremamente difíceis de observar.

 

60% do habitat do Leopardo-da-Neve situa-se na China, estando esta espécie presente em 12 países.

 

O Leopardo-da-Neve está classificado como “Vulnerável” na Lista Vermelha da UICN.

 

 

TIGRES:

 

A população de tigre sofreu uma das maiores quedas da vida selvagem com valores que atingem os 96%, tendo esta espécie desaparecido em 10 países. Grande parte deste declínio ocorreu na última década. Há pouco mais de um século atrás, existiam 100 mil tigres selvagens a viver na Ásia. Hoje, sobrevivem, menos de 3.900 exemplares.

 

O Tigre apresenta nove subespécies, três das quais (Javan, Caspian e Bali) estão extintas. As subespécies existentes são Bengala, Indochinesa, Sumatra, Siberiana e Malaia. No que diz respeito á subespécie do Sul da China não existem dados fidedignos, mas o mais certo é que tenha desaparecido da Natureza.

 

Os Tigres estão classificados, em geral, como “Em Perigo” na Lista Vermelha de IUCN, embora as subespécies Malaias e de Sumatra se encontrem “Criticamente em Perigo”.

 

 

ESPÉCIES AMEAÇADAS EM PORTUGAL

 

Também em Portugal a conservação das espécies necessita de um plano de ação e de um grande esforço para impedir que se extingam mais espécies.

 

Em Portugal, existem cerca de 282 espécies ameaçadas entre elas 13 mamíferos, 14 aves, répteis, 1 anfíbio, 63 peixes, 76 moluscos, 27 outros invertebrados e ainda 82 plantas e 2 fungos. (Lista Vermelha, 2016)

 

O caso mais preocupante é o do LINCE IBÉRICO.

 

 

LINCE IBÉRICO

 

Está classificado como o carnívoro mais ameaçado na Europa e o felino mais ameaçado no Mundo, tendo sido recentemente classificado pela UICN como “Criticamente em Perigo”.

 

Estima-se que existam apenas cerca de 500 indivíduos em toda a Península Ibérica.

 

Em meados do século XIX haveria cerca cem indivíduos mil espalhados por toda a Península Ibérica. O colapso das populações de coelho-bravo, a sua principal presa, a caça indiscriminada e a perda de habitat explicam o declínio da espécie.

 

 

Outras da espécies ameaçadas existentes em Portugal são:

 

•A Salamandra Lusitânica

 

•A Tartaruga-Marinha-Comum

 

•O Lobo-Ibérico

 

•A Foca Monge

 

•O Saramugo

 

 

Nota:

 

Para as espécies em risco de extinção, a IUCN considera três categorias:

 

•Criticamente em perigo: a espécie corre risco extremamente alto de extinção a curto prazo.

 

•Em perigo: a espécie corre alto risco de extinção a curto prazo.

 

•Vulnerável: a espécie corre alto risco de extinção a médio prazo.

 

 

 

Lisboa,3 de março de 2018

Direção Nacional da Quercus – ANCN