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Dia 21 de Maio – Dia Mundial da Migração dos peixes

Quercus exige medidas mais firmes que permitam a recuperação das populações de peixes migradores nacionais

 

21 de maio Migracao dos peixes 2O Dia Mundial da Migração dos peixes comemora-se globalmente a 21 de Maio e tem como objectivo sensibilizar as populações para a importância de rios livres de barreiras que possibilitem a migração dos peixes.

 

Os rios oferecem-nos diversos serviços como o abastecimento de água, navegação, rega, energia eléctrica, pesca, entre muitos outros. No entanto, estas actividades são frequentemente realizadas acarretando um elevado custo ambiental, provocando a degradação dos rios.

 

A sobrepesca, a utilização de meios de captura ilegais, a construção de açudes e barragens, a extração de inertes, a deterioração da qualidade da água, a regularização dos sistemas hídricos e a destruição da vegetação ripícola, são os factores que mais contribuem para o declínio das espécies.

 

Hoje é reconhecida a nível mundial a importância da existência de rios sem grandes obstáculos no seu curso, sem poluição e com a vegetação ribeirinha bem conservada, que permitam a livre circulação dos peixes, possibilitando a manutenção de elevados níveis de biodiversidade e populações piscícolas viáveis e saudáveis.

 

Quer as espécies migradoras que no período de reprodução percorrem longas distâncias entre o mar e o rio como a Lampreia-marinha ou o Sável, quer as que percorrem curtas distâncias no rio, como os Barbos e as Bogas, encontram-se depauperadas, em grande medida, devido à construção de barragens e açudes que interrompem a migração, alteram o regime de caudais e o transporte de sedimentos para o litoral e promovem a conversão de sistemas lóticos (águas correntes) em lênticos (águas paradas). Juntam-se a isto a extração de materiais inertes, a introdução e translocação de espécies, a sobre-exploração dos recursos hídricos (captações de água e transvases), a poluição, a regularização dos sistemas hídricos, a destruição da vegetação ripícola e a sobrepesca.

 

Todos estes fatores afetam fortemente as espécies migradoras a nível nacional, em particular algumas de elevado valor comercial, como a Lampreia-marinha (Petromyzon marinus), o Sável (Alosa alosa) e a Savelha (Alosa fallax), a Enguia-europeia (Anguilla anguilla).

 

A Quercus considera que tendo em conta a importância dos ecossistemas ribeirinhos no fornecimento de serviços, as mais das vezes pouco valorizados ou pensados apenas para suprir as necessidades de produção de energia, torna-se urgente a adoção de políticas que se preocupem com a resolução dos problemas que ainda persistem. Entre estes contam-se os diversos focos de poluição existentes, a recuperação da conectividade longitudinal dos rios e a reabilitação das margens e da vegetação ripícola e com a implementação de uma fiscalização eficaz das actividades económicas, que permitam a recuperação das populações de peixes migradores, as quais são um importante suporte económico e de manutenção da coesão social em diversas regiões do país.

 

Lisboa, 21 de Maio 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza