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Coligação C6 envia Carta aberta ao Governo Regional da Madeira sobre o projeto de introdução de coelhos na ilha do Porto Santo

coelhoLisboa, 31 de Março de 2017 – A Coligação C6,coligação portuguesa de Organizações Não Governamentais de Ambiente formada pelo GEOTA, FAPAS, LPN, Quercus, SPEA e WWF em Portugal,enviou hoje uma carta ao Governo Regional da Madeira – Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza da Região Autónoma da Madeira, solicitando esclarecimentos e fundamentação sobre o projeto de introdução de coelhos na ilha do Porto Santo.

 

 

Estas Organizações consideram que:

 

  1. A Ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira apresenta sinais de degradação ambiental devida à sobre-exploração histórica dos seus ecossistemas.
  2. Nunca tendo sido completamente erradicados, uma sobrepopulação de coelhos persistiu na ilha até ao final do século XX, contribuindo fortemente para o declínio constante dos ecossistemas naturais e seminaturais do Porto Santo.
  3. Por outro lado, a importância do Porto Santo para a conservação da biodiversidade é elevada, pois alberga cerca de 1500 espécies, de entre as quais 250 são endémicas; relativamente aos habitats naturais, a Lista Vermelha dos Habitats da Europa, recentemente publicada pela Comissão Europeia, refere que o habitat EUNIS F8.2. ‘Matagal xerofítico madeirense’, cuja proporção dominante se acha no Porto Santo, possui o estatuto de ‘ameaçado’.
  4. No início do século XXI, os habitats tinham começado a recuperar devido ao alívio da pressão de consumo de alimento por parte dos coelhossobre os ecossistemas, à incidência da mixomatose e da chamada «virose hemorrágica»; a este contexto acresceram ações conscientes de tentativa de erradicação das populações de coelhos por parte do Governo Regional em funções na altura (tal como a erradicação das cabras das Ilhas Desertas), através de projetos LIFE financiados pela UE.

 

Para além destas notas, a C6 exprime ainda um claro sinal de apreensão com o anúncio da intençãodo Governo Regional, em promover novamente a população de coelhos na ilha do Porto Santo, através do recém-criado Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) com o argumento da procura de coelhos para satisfazer necessidades sociais associadas à atividade cinegética.

 

Tal medida, sem um estudo profundo do seu impacto, irá contra todo o esforço de combate à erosão do solo e degradação dos ecossistemas desenvolvido até agora.

 

 

Considerando que a caça é uma atividade socialmente relevante que resulta melhor em equilíbrio com a saúde dos ecossistemas, pede a C6 às autoridades regionais que promovam um estudo que avalie os prós (benefícios sociais e ambientais) e contras (perda de solo e biodiversidade, degradação da paisagem e outros) nestes ecossistemas insulares, apontando soluções equilibradasque enfrentem os grandes riscos ecológicos desta decisão.

 

A gestão da caça em áreas insulares deverá basear-se em pressupostos distintos e seguir regras diferentes das seguidas no continente, dadas as fragilidades dos ecossistemas insulares.

 

Poderá tratar-se de uma oportunidade única de recuperação dos ecossistemas – habitats, espécies e erosão do solo – em equilíbrio com uma gestão cinegética equilibrada e socialmente importante.Será um erro desperdiçar uma oportunidade histórica de aplicar uma gestão ecológica ativa