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Banir os aquecedores a combustíveis fósseis dentro de 5 anos é essencial para atingir a neutralidade climática na Europa em 2050

Aquecer a casa sem aquecer o Planeta

A descontinuação das caldeiras a combustíveis fósseis até 2025 pode evitar a emissão anual de cerca de 110 milhões de toneladas de CO2 até 2050, de acordo com um estudo da aliança Coolproducts, que a Quercus integra. Este valor representa 2/3 das emissões que é necessário reduzir ao nível dos edifícios públicos e residenciais para alcançar a neutralidade climática até 2050. Esta redução equivale a cerca de 1,5 vezes o total de emissões anuais de Portugal em 2018.

Descarbonizar o setor do aquecimento é essencial para se atingir a neutralidade climática até 2050, como apregoam os líderes europeus. O aquecimento ambiente e de água representa 28% da energia total consumida pelo setor residencial na União Europeia (UE) e, 75% dessa energia é produzida com recurso a combustíveis fósseis. Apenas 17,3% dos aparelhos de aquecimento instalados na UE recorrem a fontes de energia limpa.

O estudo da Coolproducts mostra que descontinuar a instalação de novas caldeiras a combustíveis fósseis (diesel, carvão e gás natural), a partir de 2025, pouparia a emissão anual de 30 milhões de toneladas até 2030, 90 milhões de toneladas até 2040 e 110 milhões de toneladas de CO2 até 2050 – o equivalente a cerca de 1,5 vezes o total de emissões anuais de Portugal em 2018.

Os regulamentos de conceção ecológica e etiquetagem energética destes aparelhos foram introduzidos em 2013, ao fim de sete longos anos de negociações. Os novos requisitos impulsionaram mudanças no mercado, orientadas para soluções mais eficientes que se foram tornando populares. Só em 2020, estas permitiram evitar a emissão de 20 Mt de CO2. Contudo, esta redução não chega: só banindo as caldeiras a combustíveis fósseis no máximo até 2025, será possível obter as poupanças pretendidas até 2050.

A Quercus apela, assim, à UE que recorra às ferramentas de que dispõe – regulamentos de conceção ecológica e etiquetagem energética – para banir gradualmente as caldeiras a combustíveis fósseis, classificando-as com as piores classes energéticas (F e G) e, de seguida, eliminando-as do mercado de forma faseada.

 

As ambições climáticas da Europa e dos seus líderes para 2050 não são compatíveis com a manutenção de vantagens às tecnologias baseadas nos combustíveis fósseis presentes nas propostas de regulamentos da UE, considerando que as caldeiras a gás têm uma vida útil média de 22 a 25 anos.

É possível aquecer as habitações sem aquecer o Planeta, graças a tecnologias como as bombas de calor (os aparelhos mais eficientes no mercado português podem ser consultados em www.topten.pt), a energia solar térmica ou as caldeiras híbridas e é nestas tecnologias que devem ser aplicadas os investimentos prometidos pela UE para a renovação de edifícios.

Lisboa, 10 de dezembro de 2020

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 



Notas:
[1] Aceder ao relatório “Five years left – how ecodesign and energy labels can decarbonise heating
[2] No âmbito do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis do Fundo Ambiental, as bombas de calor, de classe A+ ou superior, para aquecimento e/ou arrefecimento de ambiente e produção de águas quentes sanitárias estão entre as seis tipologias de intervenção que podem receber incentivos até ao final do próximo ano, ou até esgotar o orçamento previsto. Estas podem ser comparticipadas a 70% até um limite de 2500€. Consulte os modelos mais eficientes em Topten/Hacks
[3] Mais informações aqui
[4] Coolproducts é uma aliança de ONGs europeias que desenvolvem esforços para garantir que os regulamentos de conceção ecológica e etiquetagem energética ajudam verdadeiramente os cidadãos e o ambiente