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31 anos após o acidente nuclear de Chernobil, na ucrânia Quercus volta a alertar para os perigos da energia nuclear e da central de almaraz, em espanha

pripyat 1366159 1920Amanhã, dia 26 de abril, passam 31 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, na Ucrânia, que em 1986 fazia parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS.

 

Já em 1979 tinha existido um acidente grave na Central Nuclear de Three Mile Island, nos Estados Unidos da América, e mais recentemente, em 2011, outro grave acidente ocorreu,desta vez na Central Nuclear de Fukoshima no Japão, tendo este sido também um dos mais severos da história do nuclear. Temos assim os três maiores acidentes nucleares em três dos países mais avançados nas tecnologias da indústria nuclear e é importante pois, reflectir sobre os problemas de segurança inerentes a este tipo de centrais.

 

 

 

A história tem mostrado que é muito difícil de prever o desenrolar de acontecimentos como os ocorridos no grave acidente nuclear de Chernobil e que a gestão das centrais nucleares e dos resíduos aí produzidos, que têm de ser mantidos milhares de anos, é uma herança com futuro incerto legada às gerações vindouras.

 

 

 

 

Central Nuclear de Almaraz – o perigo junto a Portugal

 

Neste dia, a Quercus, Associação portuguesa que mais de perto tem seguido o tema de Almaraz ao longo dos últimos anos, associa-se de novo à exigência de várias organizações ibéricas para que seja encerrada a Central Nuclear de Almaraz. Esta Central, localizada a cerca de 100km da fronteira e junto ao rio Tejo, continua a revelar-se como um potencial perigo para toda a região transfronteiriça dado que já ultrapassou o seu período normal de funcionamento e, não obstante, viu prolongado em 10 anos o seu período de actividade, até 2020. Apesar de todos os incidentes que têm ocorrido nesta Central Nuclear, e da sua já longa vida (já quase 40 anos de idade), o consórcio de empresas que a explora pretende, com a conivência do Governo Espanhol, prolongar ainda mais o seu período de funcionamento, até 2030, pelo menos.

 

De uma forma geral, a Quercus considera que há um risco preocupante com as centrais nucleares espanholas na medida em que nem todos os factores de risco foram considerados nos testes efectuados. Com efeito, não estão contemplados os riscos de agressões externas (atentados, quedas de aeronaves, etc.) nem são considerados os riscos em caso de acidentes naturais (sismos, inundações, etc) e os sistemas externos de gestão de socorro às centrais nucleares (bombeiros, guarda civil, etc).

 

A título de exemplo, o risco sísmico no “stress test” à central de Almaraz efetuado pelas autoridades espanholas está claramente subavaliado e só foi analisada a resistência sísmica para sismos equivalentes aos que ocorreram entre 1970 e a atualidade. Pelo contrário, não foi analisada a possibilidade de ocorrerem sismos com uma grande magnitude, que atinjam com uma intensidade significativa a Central, como foi o caso do sismo de 1755, ou do que teve o epicentro em Espanha em 1954, com magnitude de 7,9.

 

Nuclear – Um ciclo impactante e demasiado arriscado

 

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É fundamental olhar para o nuclear como um todo: os problemas estão no início do ciclo, nas explorações de urânio que causam problemas ambientais e de saúde graves em todo o mundo. Em Portugal várias décadas após o fim da exploração deste minério, sobretudo na zona centro do país, os problemas não foram completamente diagnosticados e por isso estão ainda longe de estar resolvidos. Com efeito, existem ainda várias minas abandonadas que continuam a poluir a água e os solos e a afectar as populações vizinhas.

 

No final do ciclo também ainda não se conhece um destino estável e seguro a dar aos resíduos nucleares, que se mantêm potencialmente nocivos durante muitos anos, sendo que alguns elementos mantêm a sua radioactividade durante milhares de anos. O fabrico de bombas atómicas e de armas contendo urânio está também intimamente associado à energia nuclear e é um perigo que continua a pairar sobre a humanidade e o planeta Terra, sendo urgente a eliminação de todo este tipo de armamento para um mundo de paz.

 

A opção pela fissão nuclear é contrária ao princípio da precaução e põe em causa a norma ética da equidade transgeracional, sendo que à luz dos actuais conhecimentos, esta opção não é uma solução energética aceitável devido aos seus impactes no ambiente e na saúde humana. Neste dia simbólico, em que assinalam os 31 anos sobre o acidente nuclear de Chernobil, é pois importante continuar a alertar para os riscos que esta forma de energia comporta, para que Portugal e o mundo estejam livres do perigo do nuclear.

 

Lisboa, 25 de Abril de 2017 A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza A Direcção do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza