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Em 2023, Centros de Recuperação de Animais Selvagens da Quercus receberam 1261 animais e recuperaram 497

Quercus apresenta dados estatísticos referentes aos 3 Centros de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS): CERAS, CRASM e CRASSA

A Quercus gere três Centros de Recuperação de Animais Selvagens: o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens (CERAS) em Castelo Branco, o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM) no Cadaval e o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) no Litoral Alentejano. Os Centros estão integrados na Rede Nacional de Centros de Recuperação para a Fauna (RNCRF) gerida pelo ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta), com o principal objetivo de receber, tratar e devolver ao seu habitat, animais selvagens debilitados, feridos ou órfãos, de espécies da nossa fauna autóctone.

No ano de 2023, registaram-se 1349 entradas de animais nestes três Centros, dos quais 1261 ingressaram vivos. Graças à dedicação das nossas equipas e voluntários 497 destes animais tiveram uma história com final feliz, sendo devolvidos ao seu habitat natural. A maior afluência deu-se no mês de junho, com a entrada de 315 novos animais (23%). Esta é uma tendência normal nos CRAS portugueses, visto verificar-se um aumento da presença de aves migratórias que vêm reproduzir-se no nosso país, incluindo também o nascimento e a dispersão de crias. Esta é uma época crucial para o Programa de Voluntariado dos CRAS da Quercus, que aceita pessoas de qualquer área de formação, com disponibilidade para ajudar na recuperação destas espécies. Em 2023, a Quercus acolheu cerca de 169 voluntários nos três Centros.

A maioria dos animais que deu entrada nos CRAS foi entregue pelo Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR) (38%) e pelo ICNF (28%), através de Vigilantes da Natureza ou outros técnicos. A estreita relação com as autoridades, garantindo a sua formação e sensibilização, é essencial para o bom funcionamento da RNCRF, promovendo o resgate de forma correta e atempada, melhorando as hipóteses de sobrevivência dos animais.

A classe das Aves representou cerca de 87% das entradas, seguida pelos Mamíferos (12%) e, por fim, pelos Anfíbios e Répteis (1%). Dentro da classe Aves, destacam-se as ordens Passeriformes, Strigiformes e Charadriiformes, com 24%, 13% e 11% de entradas, respetivamente. Nos Mamíferos, destaca-se a ordem Eulipotyphla, que engloba, por exemplo, os Ouriços-europeus (Erinaceus europaeus), com o ingresso de 57 animais (4%). Ao longo do ano, as espécies que ingressaram nos Centros com maior frequência foram Gaivotas (Larus sp.) com 124 entradas (9,2%), Cegonhas-brancas (Ciconia ciconia) com 97 entradas (7,2%), Andorinhas-dos-beirais (Delichon urbicum) com 92 entradas (6,8%) e Mochos-galegos (Athene noctua) com 85 entradas (6,3%). Os ingressos de espécies de herpetofauna (anfíbios e répteis) continuam a ingressar em menores números. No entanto, importa realçar a importância destes animais nos nossos ecossistemas, e a igual necessidade de os resgatar e cuidar.

No que diz respeito a espécies com estatuto de conservação elevado, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal deram entrada 18 espécies como o Abutre-preto (Aegypius Monachus), a Coruja-do-nabal (Asio flameus), a Abetarda (Otis tarda) e o Milhafre-real (Milvus milvus).

As causas de entrada mais frequentes foram queda do ninho ou órfão (n=408; 30%) e traumatismo de origem desconhecida (n=288; 21%). Complementarmente, é importante salientar as entradas por origem antropogénica. A perseguição direta seja por tiro (2%; n=25), envenenamento (0,2%; n=3) ou cativeiro (5%; n=63), apesar de ilegais, continuam a ocorrer recorrentemente. Ainda em maior expressão, verificam-se causas por interações antropogénicas indiretas, associadas a interações com infraestruturas humanas (estradas, linhas elétricas, vedações/arame farpado) e até poluição (por exemplo, anzóis). Importa também referir que das entradas causadas por ataque de animal, algumas foram por ataque de animais domésticos (na sua maioria gatos, mas também por cães), um fator também associado à atividade humana.

No final do ano, ainda se encontravam em recuperação 58 indivíduos.

Ao longo dos últimos anos, a tendência verificada tem sido do aumento do número de ingressos. O aumento tendencial anual pode explicar-se devido a uma maior sensibilidade da população e das autoridades para este tema; ao aumento da visibilidade dos CRAS a nível nacional através da aposta na divulgação online, além de um horário de receção de animais mais alargado e maior consistência no trabalho realizado. O objetivo da Quercus é manter este desenvolvimento positivo, aumentando anualmente a capacidade de resposta e acolhimento dos seus CRAS, contribuindo ativamente para a conservação da nossa biodiversidade e dos ecossistemas.

A Quercus expressa um sincero agradecimento ao Fundo Ambiental, a todos os voluntários, estagiários, parceiros, empresas entidades publicas e privadas e membros da comunidade pela dedicação e apoio contínuo. Juntos continuaremos a trabalhar em prol da conservação da vida selvagem.

Caso encontre algum animal selvagem debilitado, ferido ou órfão, contacte as entidades oficiais para procederem à recolha do animal e o encaminharem para os Centros de Recuperação de Animais Selvagens, através da Linha SOS Ambiente 808200520 ou dos respetivos contactos de cada centro:

CRASSA: 925 403 833, Moinho Novo, Galiza

CERAS: 963 957 669, Quinta da Senhora de Mércules, Castelo Branco

CRASM: 910 024 789 R. 1º de Maio, 10, Tojeira – Vilar (Cadaval)

 

Relatórios completos aqui: https://quercus.pt/centros-recuperacao-animais-selvagens/