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Movimento Ibérico Antinuclear reuniu em Assembleia e exige a antecipação em quatro anos do encerramento da Central Nuclear de Almaraz

A Comissão Coordenadora do Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) de Portugal esteve presente no Domingo passado na Assembleia anual do MIA, que reuniu as várias organizações pertencentes a este Movimento. Nesta Assembleia foram definidas as estratégias do Movimento para os próximos meses, e articuladas as ações e iniciativas antinucleares a decorrer dos dois lados da fronteira ao longo do próximo ano, salientando-se uma Concentração Ibérica Antinuclear que irá decorrer no início do ano, junto à fronteira luso-espanhola.

Foram também discutidos nesta Assembleia vários assuntos que dizem diretamente respeito a Portugal, tais como o Plano Espanhol de Armazenamento de Resíduos Nucleares, o prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz até 2027 e o projeto de exploração de urânio na região Salamanca, todos eles com implicações diretas em território português.

Na sequência das conclusões desta Assembleia, a Comissão Coordenadora do MIA em Portugal vem exigir que o Governo Espanhol antecipe em quatro anos o encerramento previsto para a Central Nuclear de Almaraz, uma vez que não existe razão válida alguma para que os seus dois reatores (Almaraz 1 e Almaraz 2) encerrem, respetivamente, em 2027 e 2028. Esta exigência está em linha com a declaração assinada por Portugal na COP 26, que exclui a energia nuclear das fontes energéticas consideradas sustentáveis e defende que esta não possa receber financiamento europeu.

O MIA recorda que a Central de Almaraz, localizada a cerca de 100 km da fronteira portuguesa, tem tido incidentes com regularidade, existindo situações em que já foram medidos níveis de radioatividade superiores ao permitido. Portugal pode vir a ser afetado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a Central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente. Para além disto, Portugal não revela estar minimamente preparado para lidar com um cenário deste género, pelo que a acontecer um acidente nuclear grave, cujo risco é agravado pela idade avançada da Central, isso traria certamente sérios impactes imediatos para toda a zona fronteiriça, em especial para os distritos de Castelo Branco e Portalegre.

A Comissão Coordenadora do MIA em Portugal está neste momento também a analisar outros assuntos com implicações diretas na gestão energética e ambiental do dossier do nuclear, nomeadamente os caudais do rio Tejo, o encerramento das Centrais Termoelétricas de Sines e do Pego e a recuperação das antigas minas de urânio na zona centro do país.

 

Lisboa, 18 de Novembro de 2021

A Comissão Coordenadora do MIA em Portugal

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