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Orgânico

Decorrentes da preparação de refeições e do consumo dos alimentos, os resíduos orgânicos, também chamados de bio-resíduos, são produzidos em quantidades bastante significativas (veja-se o simples caso da preparação de uma sopa).

Os restos orgânicos têm um peso significativo na quantidade total de resíduos produzidos a nível doméstico, tendo representado 40,5% dos resíduos urbanos produzidos em Portugal Continental em 2011.

Se forem devidamente separados, têm um grande potencial de valorização, passando a ser uma matéria-prima.

organico

Fonte: APA, RESÍDUOS URBANOS – Relatório Anual 2011, Março de 2013

Na existência de uma área ajardinada ou de um terreno, é possível fazer o aproveitamento destes resíduos através do processo de compostagem. Na área de links, poderão ser consultados sites que informam sobre como fazer um compostor e o processo de compostagem.

Para quem não tem um espaço para tirar proveito deste resíduo, o seu desaproveitamento constitui ainda uma falha no processo de reciclagem dos resíduos domésticos, pois a generalidade dos municípios ainda não faz a sua recolha seletiva e respetiva reciclagem.

Em vários municípios, a recolha deste resíduo existe ao nível dos grandes produtores (restaurantes, cantinas, mercados, hotéis, etc.), mas ainda são raras as autarquias a fazer a separação deste resíduo no setor doméstico, desperdiçando uma matéria-prima fundamental para os nossos solos.

Existem contudo alguns municípios servidos por unidades/processos de tratamento de resíduos indiferenciados que permitem o tratamento da fração dos bio-resíduos. Estas unidades são designadas de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) que, através de processos mecânicos, separam as várias componentes existentes no lixo indiferenciado, nomeadamente os bio-resíduos, os recicláveis (ex.: plástico, metais, vidro) e os rejeitados. Depois, os bio-resíduos são tratados por processos biológicos até se obter um composto que, em função da qualidade obtida, pode ter aplicações na agricultura, silvicultura, jardinagem, recuperação paisagística ou de solos.

Existem vários processos de transformação deste resíduo em composto:

– digestão aeróbia: tratamento da matéria orgânica em ambiente aberto ou fechado, com oxigénio, em que se vai produzir composto;

– digestão anaeróbia: tratamento da matéria orgânica em ambiente fechado e sem oxigénio, em que se vai produzir biogás, a partir do qual se gera energia elétrica, e composto;

– vermicompostagem: processo em que as minhocas digerem/transformam os resíduos orgânicos num composto, denominado por vermicomposto. Com este processo podem-se também recuperar outros materiais que não foram separados para reciclagem, como plásticos e metais, que serão ‘limpos’ pela ação das minhocas. A vermicompostagem pode ter uma taxa de recuperação de 80% dos materiais para reciclagem.

A utilização do composto produzido é especialmente recomendada para corrigir a acidez dos solos agrícolas, que existem em abundância em Portugal, assim como para estabilizar solos pobres, preparando-os para poderem receber culturas agrícolas.