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Atentado Ambiental no Parque Florestal de Monsanto: realização da Semana Académica de Lisboa terá impactes negativos

Conforme foi tornado público, está prevista a realização da Semana Académica de Lisboa, entre os dias 13 e 18 de Maio, nos terrenos adjacentes ao Parque Florestal de Monsanto no Alto da Ajuda. Este evento prevê a participação de cerca de 20000 pessoas com consequências altamente nefastas para a flora, fauna e ambiente em geral.

O terreno para onde está anunciado o evento tem sido alvo de uma requalificação contínua efectuada por técnicos da CML com a participação de milhares de voluntários e associações que, num acto de cidadania têm, com o seu esforço e boa vontade, contribuído para a reflorestação do local ou para a construção de linhas de água naquela que é a maior bacia hidrográfica do Parque Florestal de Monsanto.

A realização deste evento irá destruir todo o trabalho feito por voluntários e associações durante 2 anos, em coordenação com técnicos da CML, – que deram pareceres negativos para a realização do festival – e demonstra enorme falta de coerência por parte da CML que, ao mesmo tempo que promove a participação dos cidadãos na requalificação do espaço público, é depois – por acção ou omissão – o agente responsável pela sua destruição.

A realização do evento irá destruir, para além de todo o trabalho voluntário e da própria CML realizado no local, o coberto vegetal numa altura em que esta vegetação é extremamente importante para a fauna local.

Esta é uma zona de excelência para a nidificação da Perdiz Vermelha, espécie endémica, que existe apenas na Península Ibérica e que tem naquela zona do Parque Florestal de Monsanto, nesta altura do ano, um “oásis” para a sua reprodução. A realização do evento irá colocar em causa a população desta importante espécie que escolheu o Parque Florestal de Monsanto para nidificar.

A realização desta iniciativa irá ainda produzir resíduos em grande escala, contribuir para a contaminação e compactação dos solos e diminuir a capacidade dos terrenos para absorver águas, o que poderá ter consequências gravíssimas nos bairros de habitação que se situam em redor.

O Parque Florestal de Monsanto é um património de extrema importância para toda a área Metropolitana de Lisboa e deveria ser um exemplo de conservação e protecção da natureza. Regularmente ouvimos os responsáveis enaltecer Monsanto e falar da protecção a que está sujeito mas infelizmente, com não menos regularidade, se constatam atentados contra o parque perpetrados ou tolerados por quem tem a responsabilidade de o preservar.

A Plataforma por Monsanto vem por este meio solidarizar-se com todos os que dão o seu contributo para a valorização e preservação do Parque Florestal de Monsanto e vêm agora o seu esforço destruído com a realização deste festival que tantas alternativas tem para se realizar dentro da cidade de Lisboa.

A Plataforma por Monsanto vem solidarizar-se também com os técnicos que, no cumprimento do seu dever e com conhecimento de causa, deram parecer negativo e fundamentado à realização deste evento

A Plataforma por Monsanto vem por este meio apelar á revogação da autorização concedida pela CML e exigir que de uma vez por todas o Parque Florestal de Monsanto seja alvo da protecção que merece ter.

Lisboa 6 de Maio de 2013

plataforma monsanto

Entidades que fazem parte da Plataforma por Monsanto:

Associação dos Amigos e utilizadores do PF de Monsanto; Associação de Moradores do Alto da Ajuda; AMBEX, Associação de Moradores do Bairro do Calhau; QUERCUS; LPN; Grupo Ecológico de Cascais; Clube de Actividades de Ar Livre; Fórum Cidadania Lx; Associação Lisboa Verde; ASPEA; Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, GAIA, Clube Caminheiros de Monsanto, Liga dos Amigos do Jardim Botânico.