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Tipos de agricultura sustentável

Tal como agricultura sustentável tem muitas definições, existem também várias correntes dentro da agricultura sustentável, focando em aspectos teóricos e práticos um pouco distintos. Aqui explica-se o que caracteriza as correntes principais.

Agricultura Biológica/Orgânica

Surge na forma de um movimento contrário à agricultura industrializada, que pretende reintegrar as actividades humanas na capacidade de carga dos ecossistemas e é a corrente mais amplamente (re)conhecida de agricultura sustentável. A agricultura biológica não usa produtos de síntese química nas explorações, como os fertilizantes e pesticidas sintéticos, e dá especial importância à manutenção da fertilidade do solo. O movimento da Agricultura Biológica desenvolveu e recuperou uma alternativa à agricultura convencional, conseguindo promover a agricultura biológica de ideia revolucionária e excêntrica a modo de produção apoiado oficialmente pelas políticas agrícolas da maioria dos países ditos desenvolvidos. Na União Europeia, é o Regulamento 2092/91 modificado que define o que é considerado ser agricultura biológica. A definição da agricultura biológica pelo não-uso de certos factores de produção é considerada limitativa por muitos defensores da agricultura sustentável, que, por isso, preferem apoiar e desenvolver outras correntes de agricultura sustentável, como a agricultura biodinâmica e a permacultura.

Agricultura Biodinâmica

Surge com um curso sobre agricultura desenvolvido pelo vidente austríaco Rudolf Steiner em 1924. As explorações agrícolas são encaradas como organismos, em que uma parte depende da outra, sendo necessário aplicar uma gestão holística que visa alcançar a integridade da exploração. Com isso a reciclagem e reutilização dos recursos da exploração tornam-se especialmente relevantes, motivo pelo qual geralmente a produção vegetal e animal estão associadas. A agricultura biodinâmica enfatiza o poder de preparações (à base de plantas, minerais e excrementos) e da coordenação de certas actividades de acordo com a disposição dos astros (principalmente sol e lua) para melhorar a saúde, a produtividade e o valor nutricional dos cultivares. Hoje em dia existem empresas de certificação de agricultura biodinâmica, embora em menor número que de agricultura biológica, e a agricultura biodinâmica começa a ser aceite nos circulos académicos e científicos.

Agricultura Natural

Surge nos anos 70 como resultado de 30 anos de experiências do microbiologista japonês Masanobu Fukuoka. A agricultura natural centra-se numa atitude oposta à da agricultura industrializada. A ideia é reduzir o controlo e a manipulação do sistema agrícola para um mínimo necessário para ter colheitas, em vez de controlar e manipular todo o sistema. Deixa trabalhar a natureza e descansa à sombra da laranjeira! Fukuoka defende práticas como a sementeira directa, a não-monda e, tal como todos os tipos de agricultura sustentável, o não-uso de agroquímicos. A agricultura natural inspira muitos agricultores e deu origem a diversas práticas sustentáveis, estando também na origem da permacultura.

Permacultura

O termo permacultura foi cunhado pelo australiano Bill Mollison, querendo significar “agricultura permanente”. A permacultura corresponde a uma engenharia ecológica de sistemas agrícolas, com o objectivo de criar sistemas agrícolas que se “auto-perpetuam”, por serem ecologicamente estáveis com uma intervenção humana reduzida. A Permacultura é essencialmente uma estratégia de planeamento da produção (e cada vez mais também de outras actividades humanas), aproveitando as condições e os recursos naturais locais da melhor maneira possível.

 


 

Bibliografia:

Fukuoka, M. (2001). A Revolução de uma palha. Introdução à agricultura Selvagem. Via Optima, Porto.

Mollison, B e Holmgreen, D. (1978). Permaculture One: A Perennial Agriculture for Human Settlements. Trasworld Publishers.

Steiner, R. (2005). Geisteswissenhscftilche Grundlagen zum Gedeihen der Landwirtschaft. Landwirtschaftlicher Kurs. Rudolf Steiner Taschenbuch, Dornach.