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Nova Espécie de Lampreia nas Ribeiras do Concelho de Ourém

lampreia quercusFoi recentemente divulgado que foram identificadas três novas espécies de lampreia em Portugal, por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em colaboração com a Universidade. de Évora e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, as quais ocorrem nas bacias hidrográficas do Vouga, Nabão e Sado, sendo que uma das espécies, a Lampreia do Nabão [(Lampetra auremensis) de Auren = Ourém em latim], é exclusiva desta sub-bacia afluente da margem direita do Rio Tejo.

De salientar que, já em 1989, no “Estudo Ecológico da Ribeira de Seiça” realizado pelo Eng.º Pedro Cortes, com a ajuda do Professor Carlos Almaça da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, se referia que havia sido identificada uma pequena lampreia. “A descoberta provável duma nova espécie para a península Ibérica foi talvez a maior descoberta deste trabalho”, regozijava-se o autor. Porém, na altura esta lampreia acabou por ser classificada como Lampetra planeri (Lampreia-de-riacho), pensando-se que seria uma população isolada de outras existentes em Espanha e em outros países do norte da Europa. Constata-se hoje que a dedução do Eng. Pedro Cortes estava correcta e estamos na presença de uma nova espécie.

Também foi este “Estudo Ecológico da Ribeira de Seiça”, que esteve na origem da criação do actual Núcleo da Quercus, sugerindo-se no mesmo que fosse criada uma Associação de Estudo e Protecção da Ribeira de Seiça. Com o decorrer do tempo e posta de lado a possibilidade de se criar o Grupo Ecológico de Ourém, em Janeiro de 1990 foi fundado o Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus, com sede regional em Ourém.

No início dos anos 90 do século passado, durante o período de desova das lampreias, o qual ocorre na primavera, era habitual dinamizarem-se acções do denominado “Projecto Lampreia”, visando inventariar as populações de lampreias e efectuar uma monitorização que permitisse ter mais informação sobre a biologia e a ecologia da espécie e contribuir para a conservação dos bosques ribeirinhos e do leito das ribeiras.

Esta espécie agora identificada apresenta uma áreas de distribuição “muito restritas e fragmentadas” e com populações diminutas na sub-bacia do Nabão, nas ribeiras do Norte do Concelho de Ourém, devendo como tal ser classificadas como “Criticamente em Perigo” de extinção.

Agora que se reconheceu que esta lampreia é exclusiva do Norte do Concelho de Ourém, situação que traz acrescidas responsabilidades a todos os cidadãos do Concelho e demais entidades para a sua conservação para o futuro, a Quercus apela à necessidade de se conservarem as florestas ribeirinhas e os leitos dos curso de água em toda a bacia hidrográfica, para que não subsistam ameaças que coloquem a espécie no limiar da extinção.

Ourém, 11 de Dezembro de 2012

A Direcção do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus