A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza juntou-se a outras organizações, como o World Rainforest Movement – Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, que está a promover o “Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores”, que se comemorou no passado dia 21 de Setembro.
Neste novo Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores, o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais volta a denunciar os graves impactes decorrentes das plantações em grande escala de eucaliptos, pinheiros e outras espécies, para salvaguarda das áreas de florestas tropicais naturais.
Os territórios de inúmeros povos da África, Ásia e América Latina vêm sendo invadidos e apropriados por grandes empresas – nacionais e estrangeiras – para serem destinados à plantação de monoculturas de árvores em grande escala, com o intuito de produzir matéria-prima abundante e barata para diversas indústrias (celulose, madeira, energia, borracha), bem como para servir como “sumidouros” negociáveis no mercado de carbono.
À destruição dos recursos de flora e fauna soma-se a degradação dos recursos hídricos locais, como resultado da acção combinada do uso massivo de agroquímicos, do consumo excesivo de água por parte das monoculturas, de obras de drenagem e de processos de erosão do solo.
A nível nacional
Em Portugal a principal espécie de árvore utilizada para plantações em monocultura é o eucalipto, cultivado para produção de pasta de papel. Segundo o novo Inventário Florestal Nacional (2005-06) o eucalipto ocupa já mais de 749 mil hectares em Portugal, tendo aumentado mais dez por cento em relação a 1995, onde apresentava cerca de 672 mil hectares.
A Quercus considera negativa a expansão das monoculturas de eucaliptos, devido aos impactes sobre o ecossistema, como a afectação da biodiversidade, sendo um factor crítico na propagação dos grandes incêndios, pelo que devem estar sempre associadas a áreas com outras espécies de folhosas mais resistentes ao fogo.
Mais informações: www.wrm.org.uy
A Direcção Nacional da Quercus – ANCN