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Intervenções da Estradas de Portugal SA no Arvoredo de Sintra

Dada a iminente intervenção em centenas de árvores no Concelho de Sintra (em Colares, Galamares e vila de Sintra ) a desencadear pela ESTRADAS DE PORTUGAL SA, de acordo com comunicado por esta difundido em sessão havida no passado dia 06, vêm as Associações e cidadãos signatários, exigir esclarecimentos públicos da EP relativos às seguintes questões:

 

– A empresa EP apresenta como “ suporte “ das intervenções que se propõe levar a cabo um relatório do Instituto de Agronomia (ISA) denominado “ Diagnóstico da solidez dos troncos em árvores do Concelho de Sintra “, da autoria do Prof. A. Fabião. Porque motivo só agora, escassos dias antes do inicio previsto das intervenções, disponibilizaram as EP tal relatório, estando o mesmo datado de 31/03/10, e tendo sido pedida a sua difusão publica em comunicado subscrito e divulgado pelas Associações Quercus e Árvores de Portugal há mais de 06 meses?

 

– O referido relatório incidiu sobre um total de 38 árvores (em Colares, Galamares e Sintra), no entanto, o comunicado EP refere a intenção de proceder a podas de limpeza em 150 árvores, podas de correcção noutras 150 árvores e, ainda, o abate de 4. Que outros estudos técnicos de diagnóstico fitossanitário e análise da estabilidade biomecânica de cada árvore existem que justifiquem ou recomendem intervenções/abates em 341 árvores no Concelho de Sintra?

 

– Porque motivo pretende a EP abater 41 árvores, entre elas 7 plátanos de porte muito grande? Em que parte do relatório do ISA é recomendado o abate de tão grande número de árvores? A serem abatidas 41, porque motivo são substituídas por apenas metade desse número (22)?

 

– Porque motivo não esclarece a EP outras questões relevantes, já anteriormente colocadas pelas duas Associações acima referidas, no comunicado conjunto de Junho, como sejam:

– qual o tipo de formação que possuem, na área da arboricultura urbana, os funcionários da empresa contratada para executar a referida intervenção?

– quem assegurará o acompanhamento dos trabalhos no terreno, durante a execução?

 

– No caso particular da alameda de plátanos existente junto à adega de Colares, verdadeiro ex-líbris da freguesia, cuja classificação como Interesse Publico foi requerida `a Autoridade Florestal Nacional ainda em 2009 por um conjunto de cidadãos, qual a justificação para a intenção de abate de alguns exemplares agora divulgada, pondo em causa o pedido de classificação ainda pendente na AFN?

 

As Associações e cidadãos signatários consideram que o estado fitossanitário e a estabilidade biomecânica das árvores existentes no espaço público urbano devem ser periodicamente avaliados. A existência de danos nas copas, nos troncos ou nas raízes deve ser tratada com técnicas de arboricultura que restabeleçam a vitalidade das árvores afectadas ou minimizem os danos a elas causados, promovendo a segurança de pessoas e bens e prolongando o período de vida dos exemplares. A decisão de abate de uma árvore, enquanto bem público e elemento fundamental do ambiente urbano que é, deverá ser sempre um último recurso, a ponderar de forma fundamentada e criteriosa.

 

Os signatários consideram que é urgente melhorar as práticas de gestão das árvores no espaço público e, sempre que o abate de uma árvore seja inevitável, deve ser efectuada a sua substituição e implementadas medidas de compensação adequadas. Qualquer substituição deverá seguir sempre critérios rigorosos, na escolha da espécie mais adequada ao local onde irá ser plantada. É este o perfil de actuação que se espera da Estradas de Portugal e de entidades públicas com atribuições na conservação do património arbóreo público como é o caso das Autarquias Locais.

 

As Associações e cidadãos signatários relembram a ocorrência de situações de clamoroso desrespeito pelo património arbóreo de Sintra, algumas das quais também da responsabilidade das Estradas de Portugal SA como foi o caso do abate de dezenas de plátanos centenários em Azeitão, ao longo da EN10, verificado já este ano; e apelam ao esclarecimento publico das questões colocadas, antes de iniciar a projectada intervenção, a qual não deverá ter lugar sem que as interrogações e apreensões da população sejam cabalmente clarificadas.

 

As Associações signatárias e a população em geral exigem que qualquer intervenção da EP no arvoredo público de Sintra seja tecnicamente justificada e ambientalmente sustentada..

 

Porque o património arbóreo de Sintra é, também ele, Património da Humanidade !