No seguimento de informações recebidas pela Quercus que nos alertaram para o facto de que parte da informação veiculada no Minuto Verde de 4 de Novembro não estava correcta, nomeadamente no que concerne à forma como é efectuada a pesca de peixe-espada preto em Portugal, a Quercus considera importante esclarecer os seguintes aspectos:
– A informação veiculada teve por base uma campanha da Greenpeace relacionada com a protecção dos fundos marinhos, desenvolvida em Portugal, com a qual a Quercus concorda na generalidade e onde foram focados, essencialmente dois aspectos:
1. As técnicas de arrasto e o seu impacto na biodiversidade dos fundos marinhos
2. A identificação de algumas espécies mais vulneráveis e habitualmente sujeitas a este tipo de pesca
– A Quercus reconhece a relevância da mensagem desta campanha da Greenpeace no que concerne ao peixe espada preto, particularmente noutros contextos internacionais. No que diz respeito a Portugal, as práticas de pesca desta espécie são de cariz artesanal e em algumas partes do país, nomeadamente no Continente, já procuram integrar algumas preocupações de sustentabilidade que não existem ainda em muitas outras partes do Planeta onde esta espécie é capturada.
– Não obstante o desempenho mais positivo de Portugal em termos das técnicas de pesca utilizadas, também é importante frisar que existem poucos dados sobre o estado de conservação da espécie, pelo que é fundamental que seja feito um esforço no sentido de serem coligidos e disponibilizados dados que permitam garantir a adequação do esforço de pesca, ainda que assente em técnicas artesanais, à capacidade de manutenção dos stocks da espécie.
– A Quercus lamenta a associação feita entre a pesca de peixe espada preto em Portugal e as técnicas de arrasto e irá em breve preparar um Minuto Verde onde será abordado o tema, sublinhando as especificidades do caso português.
Lisboa, 16 de Novembro de 2009
A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza