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sapal vrsaPor ocasião do 39º aniversário da criação da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (RNSCMVRSA), e a Quercus, à semelhança do que tem vindo a fazer para as outras Áreas Protegidas, faz uma retrospectiva do que de positivo e negativo foi feito e identifica as ameaças e as oportunidades. Em 1975, o Estado Português tomou a iniciativa de criar a segunda área protegida do País, tendo por base um inquérito/estudo efetuado no Sapal de Castro Marim-Vila Real de Santo António, no qual se verificou a existência de um fenómeno de degradação do meio ambiente. É de salientar a preocupação demonstrada pelo poder político da altura em preservar os interesses biológicos da zona, os valores arquitetónicos pré-históricos e a importância dada aos setores económicos tradicionais, como a pesca, a exploração de salinas e o turismo. Desde a sua criação, foi possível manter os interesses ecológicos, ictiológicos e ornitológicos do sapal, que é reconhecido pela sua importância para a reprodução de várias espécies, funcionando como uma área de criação natural (nursery). A Reserva possui uma fauna muito diversificada, onde se destacam espécies estuarinas e migradoras, como a dourada e o robalo que apresentam elevado valor comercial, e espécies dulciaquícolas e migradoras, como o Sável, a Savelha e a Lampreia-marinha que atualmente se encontram ameaçadas. É ainda local de passagem, invernada e nidificação de várias espécies da avifauna, com registos de ocorrência de 169 espécies regulares e 17 espécies que ocorrem de forma ocasional, na sua maioria aves aquáticas com elevado valor de conservação, como o Pernilongo, o Colhereiro, o Flamingo, o Alfaiate, o Alcaravão, a Andorinha-do-mar-anã e a Calhandrinha-das-marismas. No que respeita à flora, na área da Reserva Natural encontram-se registadas 462 espécies de plantas, das quais se destacam Picris algarbiensis — um endemismo lusitânico, Limonium diffusum, Beta macrocarpa e Spartina maritima. Desde a criação da Reserva Natural, foram executadas medidas que contribuíram para aumentar os valores de conservação do património natural desta área, como a interdição do exercício da caça, a inserção na Lista de Sítios da Convenção de Ramsar, que inclui todas as zonas húmidas de importância internacional, a integração de grande parte da área da RNSCMVRSA na Rede Natura 2000 (é Sitio de Importância Comunitária Ria Formosa/Castro Marim e Zona de Proteção Especial “Sapais de Castro Marim”). Foram, também, incrementadas medidas para valorar a economia local apostando na certificação de produtos tradicionais da região, como é caso do sal marinho e flor de sal de Castro Marim. Contudo, esta área protegida tem sido afetada por vários promotores de alterações que perturbam o seu ciclo natural, como é exemplo a invasão das margens do rio Guadiana por plantas exóticas, nomeadamente a Spartina densiflora, a predação de espécies autóctones por cães vadios e a elevada taxa de mortalidade da avifauna, provocada pelo embate em linhas de transporte de energia. A Quercus vem assim exigir a implementação de um programa de controlo e monitorização de espécies exóticas e uma maior vigilância e verificação da conduta dos visitantes na área da Reserva Natural, de modo a reduzir os ataques à fauna ameaçada. Visto que se trata de uma zona de passagem e nidificação da avifauna, a Quercus alerta para a necessidade de uma melhor sinalização das linhas de transporte de energia e, se possível, a sua relocalização. A RNSCMVRSA é ainda confrontada com outros fatores de ameaça, como o abandono de práticas tradicionais de agricultura e de salicultura, agora substituída por técnicas industriais, a conversão de salinas em tanques para aquacultura, a extração ilegal de inertes que provoca a destruição das zonas de reprodução e a crescente pressão urbanística, aliada à pressão turística balnear, para a construção da segunda habitação. Por sua vez, a Reserva Natural ostenta enormes potencialidades associadas aos setores económicos do turismo, da aquacultura, da salicultura e da agricultura, recuperando técnicas tradicionais. Exemplos disto mesmo seria incentivar a aposta na promoção ativa do turismo de natureza, com a contratualização da gestão de estruturas de visitação, na agricultura biológica, na valorização da pesca artesanal e da produção de peixe em regime extensivo (sem alterar a morfologia das antigas salinas e com financiamento da baixa produtividade para produção de peixe de qualidade), bem como na certificação de produtos regionais. Neste contexto, para avaliar a Área Protegida foi elaborado um quadro, em baixo, com base numa análise que apresenta o diagnóstico (Forças e Fraquezas) e o prognóstico (Oportunidades e Ameaças). A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza tabela sapal vrsa Artigos relacionados: Paisagem Protegida da Serra do Açor: Quercus quer ampliação da Área Protegida Quercus faz avaliação da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto e identifica forças, fraquezas, ameaças e oportunidades Quercus faz uma retrospectiva do que de positivo e negativo foi feito e identifica as ameaças e as oportunidades -Parque Natural de Sintra – Cascais Quercus avalia Áreas Protegidas: Paisagem Protegida da Serra do Açor será primeira, já a 3 de Março

No próximo dia 28 de Março, a Quercus irá apresentar em Manteigas o projeto “LIFE TAXUS – Restaurar bosquetes de teixo [9580* Florestas Mediterrânicas de Taxus baccata]”, iniciativa que conta com o co-financiamento do Programa LIFE+ da União Europeia. O projeto teve início em Julho de 2013 e termina em Dezembro de 2016, estando a ser implementado nos únicos dois Sítios de importância Comunitária onde ainda existe o habitat em Portugal: Peneda-Gerês e Serra da Estrela. A intervenção na Serra da Estrela incide sobre baldios comunitários distribuídos pelos concelhos de Manteigas, Covilhã e Seia, e na Peneda-Gerês em terrenos do Estado sob gestão do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O projeto LIFE TAXUS tem como objetivo central contribuir para a recuperação deste habitat prioritário, de forma a manter a diversidade do mosaico florestal, melhorando as áreas existentes e incrementando a área de ocupação na Rede Natura 2000. De forma a alcançar este objetivo, pretende-se promover ações que favoreçam a regeneração natural e/ou reduzam os riscos de incêndio, com a limpeza de caminhos e das orlas dos bosquetes, promover a conexão entre as várias áreas onde o habitat ocorre, e incremento da área de ocupação com a plantação de espécies características do habitat onde o Teixo domina ou co-domina, em conjunto com espécies como o azevinho (Ilex aquifolium), a tramazeira (Sorbus aucuparia) ou o bidoeiro (Betula celtiberica). As plantas a utilizar estão a ser produzidas ex situ nos viveiros florestais do Sabugal, geridos pelo ICNF.

Também se pretende sensibilizar os cidadãos para a necessidade de preservar um habitat florestal muito raro e extremamente vulnerável aos efeitos das alterações climáticas através de uma ampla campanha de divulgação do projeto, onde se inclui um programa de sensibilização para a comunidade escolar.

O projeto também envolve diversas entidades

O projeto coordenado pela Quercus conta localmente com o apoio de diversas entidades, que de forma direta ou indireta contribuem para alcançar os objetivos definidos no projeto, nomeadamente o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), o Conselho Diretivo dos Baldios da Freguesia de São Pedro, o Conselho Diretivo dos Baldios de Unhais da Serra, a Assembleia de Compartes da Lapa dos Dinheiros e o Conselho Diretivo dos Baldios de Unhais da Serra.

O acompanhamento científico está a cargo do CEG – IGOT (Centro de Estudos Geográficos – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa).

Apresentação do projeto

A apresentação pública do projeto “LIFE TAXUS – Restaurar bosquetes de teixo [9580* Florestas Mediterrânicas de Taxus baccata]”, irá decorrer amanhã, dia 28 de Março, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Manteigas, com o apoio do Município de Manteigas, e terá o seguinte programa:

14:00 – 14:30 Sessão de abertura
Nuno Sequeira – Presidente da Direção Nacional da Quercus – ANCN
José Manuel Custódia Biscaia – Presidente da Câmara Municipal de Manteigas
Rui Melo – Diretor do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro (ICNF) *
Luís Figueiredo – Director-Geral da Valormed – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos*

 

14:30 – 15:00 Apresentação do projeto
Nuno Forner – Coordenador projeto LIFE TAXUS
Estevão Portela-Pereira (CEG – IGOTUL)

15:30 – 16:00 Ação de plantação

 

Lisboa, 27 de março de 2014

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

 


Visite o site em www.lifetaxus.quercus.pt