Apesar de aparentemente controlada a situação provocada pelo acidente registado na Ilha do Pico, a Quercus relembra que é necessário o país continuar a preparar-se para lidar com este tipo de situações.
As matérias contaminantes libertadas em acidentes com navios são normalmente muito poluentes, representando um grande perigo para os ecossistemas, mas também para as populações humanas e atividades económicas desenvolvidas.
Todos os dias, além de inúmeros barcos de pesca e de transporte de pessoas, aproximadamente 110 navios de carga, 30 navios- tanque ou petroleiros e dois grandes navios de cruzeiro cruzam a Zona Económica Exclusiva de Portugal Continental, tendo estes números tendência em aumentar e consequentemente o número de acidentes.
Dados de 2016 mostram que foram reportados 141 incidentes de poluição à autoridade Marítima Portuguesa sendo que destes 13 foram intervencionados pelas autoridades.
É preciso pois que o país leve muito a sério esta ameaça referente à poluição decorrente de acidentes de navios e se dote de mais e melhores meios.
Já em 2014 a Quercus tinha questionado o Ministério da Defesa sobre o assunto e depois da resposta obtida, não ficou tranquilizada sobre os meios de que Portugal dispõe.
A Quercus irá agora de novo questionar o Min. Da defesa para perceber se desde 2014 para cá existiram reforços em termos destes meios de combate à poluição marítima e irá certamente voltar a exigir o reforço dos mesmos, de modo a que a segurança ambiental e das populações fique assegurada.
Lisboa, 7 de janeiro de 2018
Foto: Lusa