A juntar aos compromissos políticos dos Chefes de Estado e de Governo ou dos Ministros presentes, outro indicador importante a retirar desta Cimeira será a apresentação de iniciativas de transição para as energias limpas e de redução das emissões de carbono, levadas a cabo por um número crescente de países e setores de atividade. Têm-se registado, recentemente, em alguns dos países-chave como os Estados Unidos da América (EUA), a Índia e a China, progressos consideráveis na contenção das emissões de carbono e no investimento em energias limpas.
Esta transição mostra o desejo e a oportunidade dos países em intensificarem os seus esforços nesta matéria e integrá-los num acordo internacional. Esta Cimeira será, assim, uma oportunidade para avaliar a amplitude e profundidade desta nova dinâmica, em particular as mudanças no setor energético. É também um evento onde se poderá avaliar a capacidade da Europa, cujo protagonismo e ambição tem vindo a enfraquecer nos últimos anos.
Ao nível político, e a par dos compromissos políticos globais, a expectativa é que muitos líderes anunciem o seu compromisso relativamente à posição e contribuição dos respetivos países para este acordo global muito antes da Conferência de Paris, agendada para Dezembro de 2015. Mais ainda, espera-se que as tais contribuições incluam a definição de limites nacionais às emissões de carbono, de modo a fazer a ligação ao acordo internacional.
Quercus e intervenção do Ministro do Ambiente de Portugal
Ao longo da Cimeira de amanhã, a Quercus analisará e comentará o decorrer dos trabalhos em http://climaticas.blogs.sapo.pt, em linha com a avaliação da Rede Internacional de Ação Climática. Ao mesmo tempo, a Quercus aguarda com expectativa o discurso do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de Portugal, em princípio programado para a parte da tarde.
Ao longo do dia, a Quercus prevê a emissão de um/dois comunicados sobre o evento.
Nova Iorque, 22 de setembro de 2014