Este ano a quantidade de incêndios devastadores atingiu proporções inexplicáveis. Desde o Continente às Ilhas, assistiu-se a cenários verdadeiramente assustadores.
Atualmente estima-se que existam apenas 317 guardas (SEPNA) integrados na defesa da floresta. Além disso, desde 2006, cerca de 1100 casas de guardas florestais existentes nas matas nacionais e áreas protegidas se encontram abandonadas.
Cada vez mais fustigadas pelos incêndios, as nossas florestas e paisagens naturais, estão a ser menosprezadas. Estas estruturas podem ser facilmente recuperadas e utilizadas para albergarem vigilantes (pelo menos durante o dia) que são um factor dissuasor da actividade de incendiários e de caçadores furtivos.
A Quercus considera que este Património edificado do Estado seria uma mais-valia para a manutenção e salvaguarda das florestas e por isso lançou a “Petição em favor das florestas e da restituição das casas abandonadas aos guardas florestais!”.
É urgente que seja feita uma análise séria ao que acontece atualmente uma vez que os valores monetários de combate são astronómicos e a prevenção continua a não ser tomada como principal opção. Nos últimos anos, e de acordo com os cerca de 99 milhões disponibilizados anualmente, sabe-se que os valores registados no combate foram de 80% e apenas 20% investidos na prevenção.
A Quercus defende que o posto de Guarda Florestal é fundamental na prevenção e apela ao Governo a reposição das funções dos serviços florestais públicos e a reabilitação das casas dos guardas florestais.
Lisboa, 25 de novembro de 2016
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
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Petição disponível em: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT83736