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Quercus aplaude maior transparência sobre consumo de combustível de novos veículos no mercado europeu

Acordado novo teste em laboratório a partir de 2018

 

emissões carrosA partir de 2018, os fabricantes de automóveis serão obrigados a fornecer dados mais realistas quanto ao consumo de combustível dos novos veículos que lançarem no mercado europeu, graças à introdução de um novo procedimento de teste em laboratório para emissões de dióxido de carbono (CO2), o WLTP (World Light Duty Test Procedure, em inglês).

 

A Quercus mostra-se satisfeita com a decisão tomada no passado dia 14 de Junho, entre Estados-Membros, Comissão e Parlamento Europeu, uma vez que permitirá reduzir as emissões poluentes associadas e obter poupanças reais de combustível para os consumidores portugueses.

 

O teste atualmente utilizado (NEDC – New European Driving Cycle) apresenta várias lacunas que dão margem aos fabricantes para manipular os procedimentos de teste e produzir, de forma “artificial”, valores oficiais de emissões de CO2 e consumo de combustível. Estas falhas traduziram-se num aumento significativo da distância entre  os resultados dos testes e o desempenho real do veículo, de 8% para mais de 40% [1]. A eficiência dos veículos medida em condições reais na estrada está estagnada há três anos.

 

 

Uma vitória para os consumidores

A Quercus destaca a posição firme da Comissária Bieńkowska e da sua equipa, perante a pressão de alguns Estados-Membros sob influência da sua indústria automóvel. Esta é uma vitória para os consumidores europeus, que terão assim acesso a dados mais transparentes e realistas quanto à eficiência dos veículos, um critério decisivo para que possam fazer uma escolha mais vantajosa.

 

 

Controlo real em estrada continua a ser necessário

 

Embora este novo teste WLTP seja um bom passo em frente, trata-se ainda assim de um teste padrão executado em condições pré-estabelecidas e, portanto, propenso a novas formas de ‘otimização’ dos veículos. Em 2025, espera-se que a diferença de emissões seja superior a 30% [2]. Nesse sentido, a Quercus considera que é necessário complementar o teste em laboratório com controlos aleatórios na estrada.

 

Em Outubro do ano passado, vários países liderados pela Alemanha sucumbiram à pressão dos seus fabricantes de automóveis e foram forçados a “enfraquecer” as normas de emissão para os novos veículos a gasóleo. Com esta decisão agora tomada, voltou-se ao bom caminho. Para a Quercus, é preciso manter o bom senso agora demonstrado também em futuras votações de modo a garantir que a aprovação dos veículos seja rigorosa, independente e com base em testes realizados em condições reais de estrada.

 

Os Estados-Membros e o Parlamento Europeu estão atualmente a negociar uma proposta de revisão do sistema de aprovação de novos veículos para venda na UE [3]. A Comissão Europeia está a preparar uma proposta de novos limites de emissão de CO2 no período pós-2020, esperada para o primeiro trimestre de 2017.

 

 

Lisboa, 22 de Junho de 2016

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

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Notas para os editores:

 

[1] Estudo “Mind the Gap” 2015, elaborado pela T&E (Set. 2015):

https://www.transportenvironment.org/sites/te/files/publications/TE_Mind_the_Gap_2015_FINAL.pdf

 

[2] Artigo ICCT sobre o presente e o futuro dos testes de emissões na UE (Set. 2015): http://www.theicct.org/blogs/staff/vehicle-co2-testing-eu-still-struggling

 

[3] Recomendações das ONGs sobre a revisão dos sistemas de aprovação de veículos na UE: https://www.transportenvironment.org/sites/te/files/publications/2016_05_TAFR_briefing_FINAL.PDF