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Quercus alerta para fragilidades do nosso sistema alimentar e apresenta dicas para uma alimentação mais sustentável

alimentacaoCelebra-se no dia 16 de outubro o Dia Mundial da Alimentação e são vários os motivos de preocupação quanto à capacidade da natureza em continuar a alimentar a espécie humana no futuro.

 

Excesso de consumo de carne, sobrepesca, uso de pesticidas de síntese, consumo excessivo de água, erosão do solo, cultivo de transgénicos, perda de biodiversidade, incluindo agrobiodiversidade são alguns motivos que preocupam a Quercus.

 

Assumimos como garantido a disponibilidade de alimentos, mas há um risco sério quanto à capacidade da Natureza em alimentar a espécie humana, como aliás alertou a ONU no seu relatório “O Futuro da Alimentação e da Agricultura: Tendências e Desafios” divulgado no início deste ano1.

 

 

Uma boa alimentação é fundamental para a nossa saúde e do planeta! Veja as nossas dicas e sugestões:

 

1-     Coma menos carne. A pecuária é a principal causa de alterações climáticas e consome atualmente cerca de 50% de toda a produção agrícola mundial. Em alternativa coma leguminosas variadas (grão, feijão, lentilhas, chícharo, ervilhas, favas) em abundantes sopas, saladas ou em pratos principais, e aindaoutras fontes proteicas vegetais como as algas e frutos secos. Comece por não comer carne nem peixe uma vez por semana e gradualmente aumente o número de refeições sem estes ingredientes.

 

2-     Introduza o consumo de algas. As algas marinhas possuem todos os aminoácidos essenciais e contêm cerca de 10 vezes mais minerais do que qualquer planta terrestre, para além de outras propriedades nutricionais e funcionais. É um autêntico super-alimento que infelizmente não há tradição de consumo no nosso país, mas podemos mudar essa realidade até porque já se encontram com relativa facilidade algas do atlântico no mercado de produtos biológicos e dietéticas.

 

3-     Aprenda a reconhecer e a consumir alimentos silvestres (ervas, bolota e outros frutos, algas, cogumelos). Embora quase extinta, o certo é que a recoleção persiste desde a pré-história. Pelo seu superior valor nutricional, os alimentos silvestres são ainda mais importantes para corrigir carências alimentares da atual dieta ocidental. Por outro lado a sua reintrodução permitirá um melhor ajuste entre o que comemos e o nosso território, o que por sua vez permitirá a recuperação e valorização do nosso bosque e com isso os recursos e serviços ecológicos que permitirão a produção de mais e melhores alimentos no futuro. Se não tem possibilidade para recolher de forma gratuita estes alimentos saiba que há um mercado emergente, com destaque para a bolota. Se quer saber mais, a Quercus tem à disposição dois guias práticos sobre “Ervas Silvestres Comestíveis” e “Frutos Silvestres Comestíveis”4 e ainda uma série de vídeos “Natureza Comestível”5.

 

4-     Prefira alimentos biológicos de produção local. Consumindo menos carne e peixe terá poupanças na alimentação que lhe permitem gastar um pouco mais em alimentos biológicos, os quais são cada vez mais acessíveis, com preços mais económicos através de mercados de rua de produtores e da entrega de cabazes ao domicílio.

 

Afinal é a Natureza que sempre nos tem alimentado. Saibamos preservá-la através das nossas opções alimentares.

 

 

Referências:

 

1-     FAO – Organização para a Alimentação e Agricultura, 2017, O Futuro da Alimentação e da Agricultura: Tendências e Desafios, relatório, http://www.fao.org/3/a-i6583e.pdf

2-     World Watch Institute, 2009, Livestock and Climate Change, https://www.worldwatch.org/files/pdf/Livestock%20and%20Climate%20Change.pdf

3-     FAO, 2006, Livestock’s Log Shadow – environmental issues and options, Relatório, http://www.fao.org/docrep/010/a0701e/a0701e00.HTM

4-     Loja Quercus, http://loja.quercus.pt/

Quercus TV, http://www.quercustv.pt/tematicas/natureza-comestivel

 

Lisboa, 14 de outubro de 2017

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza