+351 217 788 474

Login

Sign Up

After creating an account, you'll be able to track your payment status, track the confirmation.
Username*
Password*
Confirm Password*
First Name*
Last Name*
Email*
Phone*
Contact Address
Country*
* Creating an account means you're okay with our Terms of Service and Privacy Statement.
Please agree to all the terms and conditions before proceeding to the next step

Already a member?

Login

Marcha Ibérica em Comboio contra a Mina de Urânio de Retortillo

Dias 5 e 6 de maio – Pocinho-Régua-Porto

 

stop uranio QUER azu Com o apoio: mia

 

É já neste fim-de-semana, dias 5 e 6 de maio, que se vai realizar a Marcha Ibérica em Comboio contra a Mina de Urânio projetada para a zona de Retortillo, Salamanca. Esta marcha é organizada conjuntamente pela Plataforma Stop Uranio de Salamanca e as associações portuguesas QUERCUS e AZU, decorrendo ao longo da linha de comboio que percorre o Vale do Douro, desde o Pocinho até ao Porto, e com paragem na Régua (ver programa em baixo).

 

Agora que 20 anos se passam desde o desastre de Aznalcóllar, é importante recordar que o desenvolvimento de projetos de mineração de urânio a céu aberto do outro lado da fronteira pode representar um tremendo risco para a vida do rio Douro e dos seus habitantes. Apenas com o funcionamento normal das instalações projetadas para Retortillo, Salamanca (mina de urânio e fábrica de concentrados), o rio Yeltes, afluente do rio Douro, ficará extremamente contaminado segundo um estudo encomendado pela WWF a dois cientistas da Universidade de Castilla La Mancha.

 

No caso deste projeto avançar, Portugal também deverá ser impactado com a poeira radioativa e o gás radão que serão emitidos pelas minas de urânio que a Berkeley Minera planeia abrir em Retortilo, Salamanca. Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, o projeto de exploração mineira de urânio em Retortillo é “suscetível de ter efeitos ambientais significativos em Portugal”, pela proximidade com a fronteira, e tendo em “atenção a direção dos ventos” de Este e Nordeste. E se esse perigo é potencial no caso de Retortillo, para a mina projetada para Alameda de Gardón, município limítrofe com Portugal, a perturbação do território português é mais do que evidente. No estudo preliminar sobre a Avaliação do Impacte Ambiental da mina de Alameda, assinala-se a necessidade de contar com relatórios sobre os efeitos transfronteiriços do projeto, mas o governo espanhol não quer dar informações, apesar de estas terem sido solicitadas pelo senador Carles Mulet.

 

Mais uma vez, e apesar de ser óbvio que Portugal sofrerá as consequências de uma potencial exploração mineira de urânio em Salamanca, as administrações espanholas não consultaram o país vizinho, nem submeteram a consulta pública transfronteiriça os distintos projetos de mineração de urânio em Salamanca, ignorando assim os tratados assinados entre os dois países. Já no passado dia 16 de março, teve lugar um debate na Assembleia da República Portuguesa sobre a mina de Retortillo, em que todos os grupos parlamentares foram unânimes ao exigir firmeza por parte do Governo português, na defesa do território e das suas populações, face à ameaça que pende sobre Portugal, e em especial sobre toda a zona do Douro.

 

A organização conjunta desta Marcha Ibérica pretende, por isso, dar a conhecer à opinião pública portuguesa a problemática e os perigos que implica para Portugal a instalação de uma mina de urânio e uma fábrica de concentrado no Campo Charro de Salamanca, de modo a sensibilizar toda a sociedade para esta questão. As três Associações defendem que é necessário que o processo da mina de urânio de Retortillo seja suspenso de imediato e se realize uma avaliação de impacte ambiental transfronteiriça, conforme a legislação em vigor. Defendem também que no final do processo, e de modo a defender a saúde e o bem-estar dos cidadãos de Portugal e de Espanha, assim como os importantes valores naturais em presença, o Governo Espanhol não autorize a exploração de urânio em Retortillo.

 

 

O programa da iniciativa

 

A comitiva da Stop Uranio, formada por cerca de 60 pessoas, partirá de Salamanca em autocarro, passando pela Fuente de San Esteban, onde integrará os populares na marcha, chegando ao Pocinho, onde se tomará o comboio e as comitivas portuguesas se juntarão para iniciar a marcha conjunta. Ao longo desta iniciativa, as três associações divulgarão os perigos que ameaçam Portugal, no caso de se confirmar a abertura das instalações radioativas em Salamanca, e serão distribuídos folhetos informativos em todas as estações de comboio desta linha. Como momentos altos da iniciativa, será realizada uma Conferência de Imprensa na localidade da Régua e um debate na cidade do Porto.

 

 

Dia 5 de Maio

 

11.11h – Saída de comboio da Estação Ferroviária do Pocinho

12.38h – Chegada à Estação Ferroviária da Régua

12.45h – Conferência de Imprensa STOP URÂNIO, QUERCUS e AZU – Largo da Estação Ferroviária

13.30h – Almoço livre

14.48h – Saída de comboio da Estação Ferroviária da Régua

16.35h – Chegada ao Porto (Estação Ferroviária da Campanhã)

18.00h – Debate sobre os impactes ambientais, sociais e económicos do projeto da Mina de Urânio em Retortillo – Seminário de Vilar – Porto

 

 

Dia 6 de Maio

 

15.10h – Saída de comboio da Estação Ferroviária de São Bento

18.46h – Chegada à Estação Ferroviária do Pocinho

 

 

 

A Plataforma Stop Uranio de Salamanca

 

A Direção Nacional da QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 

A Direção da AZU – Associação Ambiente em Zonas Uraníferas