A Quercus tem recebido diversas denúncias relativas à poluição provocada pela laboração de uma unidade fabril da empresa Tubogriz, no Vale Trajinha em Alburitel, no concelho de Ourém. A empresa está a fazer reciclagem de plástico sem sistema de tratamento, vertendo efluentes que desaguam na Ribeira de Seiça, afetando o ecossistema ribeirinho onde ainda existe rara Lampreia do Nabão.
Já foram alertadas as entidades competentes para o problema da poluição provocada pela nova unidade da Tubogriz, Lda – Fábrica de Tubos para Industrias Eléctricas. O SEPNA da GNR já levantou vários Autos de Notícia por Contra-Ordenação devido à descarga de águas residuais para domínio hídrico sem licença da ARH do Tejo/Agência Portuguesa do Ambiente (APA), à falta de licença da Câmara Municipal de Ourém para operações urbanísticas e ainda à falta de Alvará da APA para proceder a operações de gestão de resíduos, devido ao abandono e aterro ilegal das lamas contaminadas.
A Quercus considera inaceitável manter a operação da fábrica da Tubogriz enquanto não forem resolvidos estes problemas, nomeadamente a descarga de efluentes sem o devido tratamento e consequente poluição da ribeira e o abandono de resíduos que afetam o ambiente e a qualidade de vida das pessoas.
Dada a falta de atuação do Ministério do Ambiente para cessar as infrações, a Quercus apelou à IGAMAOT para interditar o funcionamento das operações ilegais da fábrica da Tubogriz.
Ourém, 21 de agosto de 2013
A Direção do Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura e a Direção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza