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Declaração do presidente da câmara de Lamego complica situação do aterro

As recentes declarações do Presidente da Câmara Municipal de Lamego, no sentido de avançar para a construção do aterro em Bigorne, estão em total contradição com o acordo que a Associação de Municípios do Vale Douro Sul fez com a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza no passado dia 20 de Janeiro, o qual previa o estudo imediato de alternativas a Bigorne, nomeadamente na zona de Rabo de Cadela no concelho de Lamego, local proposto pela Junta de Freguesia de Lazarim.

Este acordo foi alcançado após a Quercus ter demonstrado que Bigorne não é um local adequado para a construção do aterro e que existem alternativas bastante mais vantajosas sob o ponto de vista ambiental.

Com efeito, desde que iniciou o acompanhamento deste processo em Outubro de 1999, a Quercus, através do seu Centro de Informação de Resíduos, efectuou diversas visitas ao local e a locais alternativos, complementadas com a consulta de todos os estudos disponíveis sobre o assunto, tendo chegado às seguintes conclusões:

– O local de Bigorne apresenta graves problemas, nomeadamente a proximidade de uma linha de água (a cerca de 100 metros) muito importante para as povoações situadas a jusante, para além de apresentar um teor elevado de água no solo;

– A ETAR prevista para este aterro não garante um tratamento completo dos efluentes pelo que a empresa responsável pelo projecto propôs a aquisição de um camião cisterna para transportar todas as águas residuais para uma ETAR de esgotos domésticos que ainda não existe nem está projectada; 

– Existe uma melhor alternativa – o local de Covas de Estanho no concelho de Tarouca – que, ao contrário de Bigorne, não tem linhas de água permanentes, está afastado de povoações, não tem qualquer tipo de uso e não tem tanto valor ecológico;

– Este local foi preterido por se suspeitar que pudesse ser uma reserva mineira dada a proximidade de antigas minas de estanho, no entanto, a Quercus obteve junto do Instituto Geológico e Mineiro um documento em que é referido taxativamente que “não há qualquer inconveniente na instalação de um aterro naquele local”. 

Face a estes dados e considerando que existia da parte da Associação de Municípios e da Junta de Freguesia de Lazarim abertura para resolver este problema, a Quercus considera que as declarações do Sr. Presidente da Câmara de Lamego são irresponsáveis porque estão a pôr em causa o clima de serenidade necessário para resolver esta situação.

É importante referir que a Quercus sempre evitou mediatizar ainda mais este assunto, de forma a manter um espaço para o diálogo com todas as partes interessadas, o que a partir de agora se torna muito mais difícil.

Lisboa, em 27 de Janeiro de 2000

Quercus- Associação Nacional de Conservação da Natureza

CIR- Centro de Informação de Resíduos