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Quercus pede esclarecimentos ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética sobre antiga fábrica em Canas de Senhorim

Evidências de abandono ilegal de resíduos, com suspeitas de contaminação por mercúrio e chumbo, na antiga Companhia Portuguesa de Fornos Elétricos, exibidas ontem numa reportagem de televisão que mostra a realidade dramática desta situação, levam a Quercus a pedir esclarecimentos ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética.

 

Devido à situação da fábrica em Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, que passou na última década para um passivo ambiental de resíduos com toxicidade como o mercúrio e o chumbo, a Quercus pede esclarecimentos ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética sobre a atuação para solucionar este caso grave de poluição ambiental nestas instalações.

 

A Quercus lamenta o tempo que esta situação está a demorar para ser resolvida e surpreende-se com o facto da CCDR Centro (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro), tendo conhecimento da existência de resíduos potencialmente contaminados com metais pesados como mercúrio e chumbo no interior destas instalações, só em maio deste ano ter aplicado multas ao detentor dos resíduos – Caixa Geral de Depósitos.

 

O chumbo e o mercúrio são metais pesados que apresentam toxicidade para os seres humanos e seres vivos, podendo causar anemia, degeneração das hemácias e interferir no sistema nervoso as partículas de chumbo são inaladas como material particulado e vão se depositando nos pulmões, apesar de também poderem ser adquiridas pela via digestiva. A contaminação por chumbo no ambiente prejudica a natureza e o ser humano, pois estamos no topo da cadeia e, ao ingerirmos alimentos contaminados, o chumbo pode ir se acumulando no nosso organismo.

 

Os efeitos tóxicos decorrentes da inalação de mercúrio compreendem aumento da frequência respiratória, fadiga, garganta dolorida, sabor metálico na boca, tosse, tremores, dores de cabeça e alterações comportamentais. Ambos são extremamente tóxicos para as espécies aquáticas.

 

A Quercus teme os prováveis impactes ambientais associados a uma potencial contaminação com metais pesados como chumbo e mercúrio que poderão ter consequências para a fauna local, qualidade da água e dos leçóis freáticos e suas utilizações, contaminação do solo e exposição humana.

 

Esta situação ontem tornada pública levanta-nos diversas questões sobre a probabilidade da existência de outras instalações ou estaleiros de empresas, que se encontrem nas mesmas condições em outras áreas geográficas, dado o nível de abandono em que se encontram antigas indústrias deste país.

 

 

Lisboa, 18 de Junho de 2019

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza