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Quercus aproveita evento promovido por Al Gore à escala mundial para fazer alerta relativo a Portugal

“The Climate Reality Project”: é este o nome do novo desafio que Al Gore lançou no passado dia 14 de Setembro a todo o mundo, com o objectivo de criar “24 horas de realidade”, alertando os cidadãos para uma simples verdade: a crise climática é real e nós sabemos como resolvê-la. A Quercus aproveitou o evento para evidenciar os impactos já visíveis das alterações climáticas a nível nacional e as medidas necessárias para combater estes efeitos.

 

O Projecto “Realidade Climática”

 

“The Climate Reality Project” é o nome do novo desafio que Al Gore, ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos e autor do documentário Uma Verdade Inconveniente, lançou todo o mundo no passado dia 14 de Setembro, com o objectivo de criar “24 horas de realidade”, alertando os cidadãos para uma simples verdade: a crise climática é real e nós sabemos como resolvê-la.

 

Em oposição às indústrias do petróleo e do carvão que investem milhões a negar o impacto da crise climática, Al Gore pretende divulgar um vídeo de 30 minutos à escala global, emitindo-o uma vez por hora durante 24 horas, envolvendo 24 apresentadores e abrangendo 24 fusos horários diferentes. Apresentar os factos inegáveis (as mais recentes ocorrências climáticas extremas – como inundações, secas e tempestades – e a poluição feita pelo homem), é a arma que Al Gore afirma ter contra os cépticos das alterações climáticas. Serão 24 horas de consciencialização colectiva, cuja emissão será feita online e em directo em climaterealityproject.org.

 

Aproveitando este evento à escala mundial, a Quercus caracteriza o panorama nacional no que respeita ao impactos já visíveis das alterações climáticas e às medidas necessárias para combater estes efeitos, desde a política climática nacional até ao que cada cidadão pode fazer no seu dia-a-dia.

 

Os sintomas de mudança climática em Portugal

 

De acordo com informação do Instituto de Meteorologia, a nível mundial, o ano de 2010, foi o mais quente de sempre, juntamente com os anos de 2005 e 1998, sendo que a temperatura média da superfície do globo no ano passado foi 0,53ºC acima da normal de referência mundial de 1961-1990. Confirma-se a tendência a longo prazo de aquecimento da superfície da Terra e que os 10 anos mais quentes ocorreram todos depois de 1998.

 

Em 2011 verificou-se em Portugal Continental, a 2ª Primavera mais quente desde 1931 (mais quente foi 1997) (com três ondas de calor, uma em Abril e duas em Maio); o mês de Maio foi o mais quente desde 1931; porém, Março foi mais frio e chuvoso que o normal. Por outro lado, nos Açores, Maio foi o mês mais frio desde 2000 com muito pouca precipitação e no Funchal não choveu no mês de Junho.

 

O Inverno de 2010/11 (Dezembro, Janeiro e Fevereiro) foi caracterizado pela ocorrência de fenómenos extremos: um tornado que atingiu os concelhos de Torres Novas, Tomar, Ferreira do Zêzere e Sertã, em Dezembro; episódios de neve, nas regiões do Norte e Centro; duas ondas de frio (em Janeiro e Fevereiro); chuva forte com ocorrência de queda de granizo, em Dezembro e Fevereiro; e vento forte, em Fevereiro.

 

Na erosão costeira, nas pescas, nas culturas agrícolas como a vinha, os efeitos das alterações climáticas fazem-se sentir também no nosso país.

 

Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas

 

A Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (aprovada em Resolução de Conselho de Ministros n.º 24/2010, de 1 de Abril de 2010) é o documento que pretende dotar o país  de um instrumento que promova a identificação de um conjunto de linhas de acção e de medidas de adaptação a aplicar. Esta Estratégia é apenas o primeiro passo para uma política activa de adaptação às Alterações Climáticas, pois cabe aos grupos de trabalho sectoriais, também criados por esta Estratégia, traduzir em acções concretas as linhas de acção e passá-las à prática. Estes grupos de trabalho em sectores como Ordenamento do Território, Recursos Hídricos, Saúde, Energia e Indústria, Biodiversidade, entre outros, ainda não estão na fase conclusiva dos seus trabalhos.

 

As 5 medidas de redução mais importantes para os portugueses

 

– Utilizar o transporte colectivo em detrimento do automóvel particular;

– Desligar a iluminação e os equipamentos quando não estão a ser necessários e anular os consumos standby, desligando os equipamentos no botão. Desligar os equipamentos numa tomada com interruptor de corte de corrente, para anular possíveis consumos off-mode;

– Adquirir equipamentos e iluminação mais eficientes, tirando proveito da informação disponibilizada pela etiqueta energética.

– Reduzir o consumo de água quente, poupando este recurso e também a energia necessária para o seu aquecimento. Se possível, instalar um sistema solar térmico para esta função.

– Investir num correcto isolamento térmico e sombreamento exterior das habitações, reduzindo a necessidade de aquecimento no Inverno e de arrefecimento no Verão.

 

Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2020

 

O Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2020 pretende ser um instrumento orientador para a definição das políticas a prosseguir e as metas nacionais a alcançar em termos de controlo de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), até 2020, com base numa previsão global dos cenários de evolução das emissões nacionais de gases com efeito de estufa para os horizontes de 2030 e 2050. Este Roteiro deve ser elaborado e aprovado até 31 de Dezembro de 2011. No entender da Quercus, a discussão pública deve ser alargada a todos os sectores de actividade e à sociedade civil, tendo a associação receios que a mesma possa não vir a concretizar-se com o fim do ano tão próximo.

 

A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza