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Vespa-asiática revela tendência para colonizar áreas urbanas e está sem controlo em Portugal

As Espécies Exóticas Invasoras são um dos maiores problemas para a biodiversidade e a Quercus estima que em Portugal provoquem um prejuízo anual superior a 250 milhões de euros

 

TR6A3203 CópiaA vespa-asiática foi pela primeira vez detetada em Portugal em 2011. Em 2014 tinham sido detetados no nosso país apenas 280 ninhos desta espécie de vespa e nesse mesmo ano, a Quercus alertou as autoridades para a necessidade de um combate urgente à vespa asiática por ameaças à apicultura e à biodiversidade.

 

Hoje, já se perdeu a conta aos ninhos de vespa-asiática encontrados em Portugal, mas este número atinge já os muitos milhares. A espécie, cuja distribuição nacional se encontrava inicialmente restrita ao Noroeste do país, tem progressivamente alargado a sua área para sul e já se encontra confirmada a sua presença com ninhos em vários distritos como Coimbra, Leiria, Santarem, Castelo Branco, Guarda e em alguns casos pontuais no Alentejo e Algarve.

 

Apesar de existir desde Janeiro de 2015 um “Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal”, coordenado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pela “Direção Geral de Alimentação e Veterinária” (DGAV), os resultados deste plano foram dececionantes e podemos dizer que o plano falhou em toda a linha. De referir que neste plano não foram incluídas as Associações de Defesa do Ambiente, como foi sugerido à data pela Quercus. A Quercus está preocupada com a expansão acelerada da vespa-asiática em ambiente urbano, o que já é evidente nas cidades do litoral do norte do país, inclusive no Porto e apela a um novo e enérgico plano de monitorização e combate desta espécie invasora e que, desta vez, inclua como parceiros as Associações de Defesa do Ambiente.

 

A vespa-asiática (Vespa velutina nigrithorax) é uma das 37 espécies que consta da “Lista de Espécies Exóticas Invasoras que Suscitam Preocupação na União” do Regulamento da União Europeia sobre espécie invasoras. (Reg. 2016/1141 da Comissão Europeia).

 

Estimativas apontam que a vespa-asiática possa provocar uma diminuição da produção de mel, a nível nacional, no valor de 5 milhões de euros. Infelizmente, outros insetos exóticos invasores ameaçam a economia e a biodiversidade de Portugal, tais como a mosca Drosophilla susukii, que ataca mirtilos, morangos, amoras, framboesas e cerejas e a vespa-do-castanheiro, que está já a atacar grande parte das culturas de castanheiro em Trás-os-Montes e nas Beiras.

 

Estimativas europeias apontam para que os impactes económicos anuais das espécies exóticas invasoras ascendam a 12 mil milhões de euros em toda a União Europeia, sendo que para Portugal este valor será superior a 250 milhões de euros.

 

 

Quercus alerta para a necessidade de proteção das espécies de vespas autóctones

 

Devido à falta de informação às populações e ao alarmismo que se criou, está a verificar-se uma destruição em massa de todo o tipo de vespeiros em Portugal. Esta prática coloca em risco a biodiversidade e as vespas autóctones de Portugal, podendo causar desequilíbrios ecológicos que vão favorecer a expansão da vespa-asiática. Assim, é muito importante que antes de se proceder a qualquer destruição dos ninhos, se tenha a certeza de que os ninhos a destruir são efetivamente de vespa asiática. Importa, sobretudo, e antes de se tomar quaisquer ações que levem à destruição de ninhos de vespa, recordar as indicações constantes no site do ICNF, relativas à forma correta de atuação, e que passam sempre por um contacto com as autoridades competentes:

 

A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de Vespa velutina nigrithorax deverá ser comunicada através de um dos seguintes meios:

 

  • inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento online de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível no portal www.sosvespa.pt, acessível a partir dos portais da Direção Geral de Veterinária e Alimentação, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, das Direções Regionais de Agricultura e Pescas, do SEPNA/Guarda Nacional Republicana e das Câmaras Municipais respetivas;

 

  • preenchimento de um formulário – Anexo 4 – e envio para a Câmara Municipal da área onde ocorreu a observação;

 

 

  • contactar a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita;

 

  • poderá também solicitar a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita, para o preenchimento do formulário – Anexo 4 [PDF 123 KB] .

A Quercus salienta mais uma vez que os ninhos de vespas autóctones de Portugal devem ser preservados e apela à população que siga as recomendações das entidades oficiais, evitando assim erros na identificação das espécies. De modo a auxiliar a população nesta tarefa, e no âmbito do projeto que desenvolve há vários anos “SOS Polinizadores”, a Quercus publicou diverso material informativo para ajudar os apicultores, e a população em geral, a distinguir cabalmente a vespa-asiática das vespas autóctones.

 

A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza