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Quercus apela à suspensão e reversão da decisão do corte raso do pinhal-bravo nos talhões do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar

A Quercus tem recebido diversas queixas relativas ao corte raso de pinhal-bravo no litoral do concelho de Ovar em que as populações manifestam apreensão pela intensidade da intervenção efetuada numa zona sensível. Foi também criada uma petição pública “Salvem o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar!” que apela à reversão da decisão do abate massivo de árvores naquele perímetro florestal.

Créditos: noticiasdeaveiro.pt

O problema está relacionado com o corte de 250 hectares de pinheiro-bravo do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar, numa intervenção prevista até 2026 entre as praias de Esmoriz e do Torrão do Lameiro, no concelho de Ovar.

Os terrenos do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar estão submetidos ao regime florestal e tem atualmente três núcleos que pertencem às Juntas de Freguesia de Esmoriz, de Cortegaça, de Maceda, à União de Freguesias de Ovar, Arada, São João e São Vicente de Pereira (terrenos da ex-Junta de Freguesia de Arada) e à Câmara Municipal de Ovar (na área da ex-Junta de Freguesia de Ovar), estando sob a gestão direta do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), diretamente sob a tutela do Departamento da Conservação da Natureza e das Florestas do Centro, à exceção da área ocupada pelo atualmente denominado Aeródromo de Manobra nº 1 (AM1).

A Quercus solicitou esclarecimentos à Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Centro do ICNF, para clarificação sobre a intervenção efetuada, no sentido da mesma ser alterada, estando ainda a aguardar resposta.

O Plano de Gestão Florestal (PGF) do Perímetro Florestal das Dunas 2016 – 2026, foi elaborado pelo ICNF e CM de Ovar, foi aprovado pelo ICNF e prevê o planeamento dos cortes do pinhal neste período.

Previamente ao corte final do pinhal é tradicional efetuar nos anos anteriores a resinagem à morte, contudo, deve ser promovida a resinagem à vida, que compatibilizava a manutenção do pinhal com a atividade económica da resinagem.

O rendimento da resinagem é a 100% para as autarquias e o da madeira é de 60% para a autarquia e 40% para o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.

Com os cenários das alterações climáticas, não se compreende que se pretenda abater 250 hectares de pinheiro-bravo numa floresta litoral, bem como se estranha o anúncio de que a reflorestação de uma zona invadida pelas acácias será espontânea, sem intervenção humana.

Considerando também o grave problema do recuo da linha de costa no concelho de Ovar, a manutenção da floresta de proteção no litoral é importante para contenção da erosão costeira, pelo que deve ser avaliada a suspensão e alteração dos cortes previstos no PGF.

A Quercus apela ao ICNF e às autarquias locais, destacando a Câmara Municipal de Ovar no sentido de deliberar a suspensão para reversão da decisão do corte raso do pinhal-bravo nos talhões do Perímetro Florestal das Dunas de Ovar.

A Quercus é solidária com os cidadãos na subscrição da petição pública “Salvem o Perímetro Florestal das Dunas de Ovar!” (https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=SalveflorestaOvar), a qual já conta com 16.777 assinaturas:

 

Aveiro, 4 de fevereiro de 2022

A Direção Regional de Aveiro da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza